quarta-feira, 11 de setembro de 2013
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Nós sempre teremos melão...
Queridos, neste
último dia de julho de 2013, mês em que o blog completou 4 anos de uma trajetória tanto surpreendente quanto vitoriosa, e com
total sensação de missão cumprida, que anuncio que este é o último post do melão. Mas nada de
tristeza ou melancolia! É tempo de comemorar, celebrar, valorizar as conquistas
e olhar para frente! Nós sempre teremos
melão!
Sim, o melão só me
deu alegrias, desde seu nascimento, completamente descompromissado e com a
pretensão apenas de dividir minhas memórias televisivas com outros noveleiros
que, assim como eu, amam teledramaturgia até o vulto gigante que ele tomou,
sempre com grande repercussão e elogios. Mas é preciso fechar ciclos para que
outros possam vir. Nós sempre teremos
melão!
Nesses quatro anos,
vividos tão intensamente que mais parecem dez, tive a honra e o grande privilégio
de contar com a participação de blogueiros
convidados, queridíssimos amigos que tanto abrilhantaram e abasteceram o
melão com suas análises e lembranças de valor inestimável; também preciso
agradecer muitíssimo a todos os profissionais que concederam brilhantes entrevistas e dividiram suas
histórias e sua trajetória artística com nossos leitores. O melão, acima de
tudo, foi um espaço de generosidade, de compartilhar ideias, lembranças e
memórias. Também não posso deixar de agradecer a Felipe Ribeiro, por todos os lindos banners e pelo belo layout que deu identidade ao melão! A TODOS VOCÊS, o meu muito
obrigado. Nós sempre teremos melão!
Gostaria de deixar
bem claro que o blog não será apagado,
portanto todo o seu conteúdo, todos os artigos, todas as sessões, tudo será
preservado e estará disponível para consulta a qualquer tempo. Não posso deixar
de agradecer a todos os leitores. Não importa se vocês
acompanharam o melão todo esse tempo em silêncio ou se sempre me prestigiavam
com comentários. Vocês fizeram o sucesso
do melão! E exatamente por respeito a vocês é que tomei essa decisão. O
melão conquistou muita coisa e não seria justo mantê-lo apenas por uma questão
de vaidade ou capricho. O fato é que a vida nos leva para novos caminhos e
novas conquistas e nem sempre tenho tido tempo ou disponibilidade para me
dedicar ao blog da maneira ele merece. Por isso, prefiro que as pessoas se lembrem
do blog como o espaço dinâmico, pulsante e movimentado como sempre foi e que
serviu de inspiração para tantos outros blogs que vieram depois. Nós sempre teremos melão!
Por fim, quero informar
que apenas as atividades do melão
nesse formato atual é que estão sendo encerradas hoje. Mas como ser inquieto
que sou, já penso em um novo projeto a caminho e, é CLARO que, onde quer que esteja, o melão
sempre estará presente. Aguardem!!!
Além disso, o melão de papel continua à venda e a todo
vapor. Vocês podem adquirir um exemplar e obter informações sobre outros sites
de venda através do site da Navilouca Livros, onde o melão também está disponível na versão e-book. Não falei? Sim, nós sempre teremos melão!
Um beijo carinhoso a
todos vocês, meu muito obrigado e minha eterna gratidão a cada um que acessou
esse blog.
Segue abaixo um
presente carinhoso que recebi de meu amigo Gilberto
Zangrande: um caprichado vídeo-montagem das fotos do lançamento do melão.
Obrigado, querido, por juntar as lembranças desse dia inesquecível!
E como presente final,
segue abaixo o luxuosíssimo prefácio do livro do melão, escrito pelo Alcides Nogueira,
muso absoluto do melão! Tide,
querido, não posso deixar de te agradecer por tudo, pela sua parceria
constante, pela generosidade ímpar e pela imensa capacidade de dizer SIM! Claro que a palavra final do melão
não poderia pertencer a ninguém melhor que você!
Com a palavra, Tide!
Beijos e até breve!!!
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UM SUCULENTO MELÃO
Entre as muitas conquistas que a internet nos proporcionou, desde que
passou a fazer parte do nosso quotidiano, está o de ter se tornado um campo de
debate e exposição de ideias com uma (quase)total liberdade de expressão.
Com isso, jornais e revistas, até então os principais detentores (e
manipuladores) das opiniões, hoje são obrigados a conviver com sítios e blogs que repercutem os fatos de maneira
muito mais avassaladora, e em velocidade infinitamente maior que suas
manchetes, reportagens, editoriais etc.
“A voz do dono e o dono da voz” é um bordão que já não tem o peso de
antes. Os publishers sabem que,
nestes dias, os debates acontecem no cyber
space. Como um ser totêmico, a internet possui muitas faces e vozes e
nenhum dono.
Discussões fundamentais para o avanço e/ou solidificação das conquistas
da sociedade civil são dissecadas e discutidas por pessoas de todo o mundo e em
tempo real, com maior liberdade e sem a tesoura dos editores.
Claro que, mesmo assim ou por causa disso, a internet não é nenhum mar
de rosas! Se, por um lado, não há (quase) mordaças, por outro ela é um canteiro
fértil para qualquer veiculação de pensamentos. Ao lado de blogs que tratam com seriedade a política, a economia, a cultura,
os direitos humanos... a rede serve também como esgoto para os péssimos
humores, frustrações, idiotices, e pregações perigosas de muitos internautas.
Eu nem imagino como é que isso será administrado no futuro. Só espero que,
jamais, o caráter libertário e informativo da internet seja prejudicado ou abalado.
Há um outro dado importante: exatamente por ser tão veloz e aberta, a
internet acaba se tornando fugaz. Quantas vezes eu procurei um artigo ou um
comentário postado em um blog e não
encontrei mais. Sei que há os arquivos... mas eles se tornam um labirinto tão
grande, que o cansaço da pesquisa acaba vencendo. Ou, então, muita coisa some
mesmo!
Conjugar o suporte físico de um livro, por exemplo, com o conteúdo dos blogs é uma excelente maneira para que o
registro se torne mais duradouro.
Até há pouquíssimo tempo, o interesse pela teledramaturgia estava
restrito a publicações mais interessadas na vida das celebridades e fofocas de
corredores ou aos sérios trabalhos acadêmicos, raramente acessíveis. Hoje, a
produção televisiva desperta o interesse de muita gente. Principalmente da
geração mais nova, crítica e menos benevolente do que a que viu a televisão
surgir no Brasil. A teledramaturgia não é mais “uma produção intelectual
menor”, como foi considerada durante muito tempo. Ainda mais no Brasil, onde a
produção para a telinha é, quase sempre, de alta qualidade. Fora ser o
principal entretenimento do brasileiro.
Em consonância com a própria rede, há todo tipo de blogs teledramatúrgicos: os que não passam de uma repaginação das
revistas de fuxicos; os que postam gratuitos e infundados comentários ferinos e
irônicos; os que não expressam nada de novo, servindo apenas para lustrar o ego
de seus blogueiros e amigos... e os realmente interessantes. Um deles é o “Eu
Prefiro Melão”, de Vitor de Oliveira.
Vitor, jovem e talentoso autor começando uma promissora carreira, tem
um profundo conhecimento da história da teledramaturgia brasileira, uma memória
incrível, faz questão de pesquisar e “desenterrar” pérolas... e posta
comentários certeiros, críticos, argutos, além de entrevistas com autores,
atores e atrizes, diretores. A seriedade do seu blog não tira, em momento algum, a sensação agradabilíssima de se
comer um melão suculento (o título, muito sugestivo, vem do bordão usado por
uma personagem criada pelo mestre Cassiano Gabus Mendes). É um puro deleite
acessar o “Eu Prefiro Melão” e conhecer muito da história da nossa sessentona
(e cada vez mais jovem) teledramaturgia.
Juntando os alhos com os bugalhos, temos agora um registro em livro dos
comentários de Vitor de Oliveira, para que o conteúdo de seu blog não se perca no virtual. Bela
iniciativa! Se Chacrinha ainda estivesse comandando o seu cassino, ou a sua
discoteca, com certeza deixaria o bacalhau de lado e berraria, acompanhado de
cornetadas: “Quem quer melão?” “Quem quer melão?”
Eu quero. E aposto que vocês também!
ALCIDES NOGUEIRA
São Paulo, 2011
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LEIA TAMBÉM:
Tide, só tinha de ser com você!!! - Entrevista especial com ALCIDES NOGUEIRA!!!
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Alô, capixabas! Melão está chegando por aí...
Queridos, essa semana vou participar de um evento muito
bacana em Vitória, que vai abrir o FECIM- Festival de Cinema Independente de Muqui. Fui convidado para ser
mediador de uma mesa muito especial sobre telenovela, que contará com os
experts Mauro Alencar e Lucia Abreu.
E é claro que vou levar alguns exemplares do melão para uma
mini tarde de autógrafos. Terei muito prazer em autografar livros e trocar um
dedinho de prosa com quem estiver por lá!
Segue abaixo a programação do evento! Imperdível!
PROGRAMAÇÃO:
18 de
Julho de 2013
Cine-metrópolis
– Universidade Federal do Espírito Santo
GENTE EM CENA apresenta:
“Teledramaturgia Brasileira – Balanços, perspectivas e a relação com as
histórias do povo”.
Às 15h00 – Exibição do filme “A Arte
de interpretar – A saga da novela Roque Santeiro” – Documentário de Lúcia
Abreu. Duração: 85 minutos.
Às 16h30 - Participação de: Mesa de
bate-papo “Teledramaturgia brasileira – balanços, perspectivas e a relação com
as histórias do povo”. Mauro Alencar (TV Globo), Lúcia Abreu e mediação de
Vitor de Oliveira.
Obs: O FECIM oferecerá certificados
de participação para todos os estudantes cadastrados. Participação gratuita,
sujeito a lotação.
APRESENTAÇÃO
OFICIAL DO FESTIVAL DE MUQUI:
Às 18h00 – Mesa de bate-papo
inaugural do Festival de Cinema de Muqui 2013: “Imagem, sensibilidade, produção
e interiorização do cinema no Espírito Santo”. Participação de: Erly Vieira
Jr., Sáskia Sá, Diego Scarparo e mediação de Léo Alves.
19h00 – Apresentação do clipe oficial
da 2ª edição do FECIM e apresentação da temática, por Jussan Silva e Silva.
Abertura para entrevistas e trocas de
conhecimento.
____________
GENTE EM CENA - Como e por que a novela está cada vez mais
próxima da realidade?
Este projeto tem como principal objetivo a análise do processo
de produção do gênero “telenovela” para verificação de como essa construção
retrata os recortes de atividades e acontecimentos cotidianos por meio da
narrativa ficcional.
MESA TELENOVELA:
No
intuito de proporcionar maior abrangência do tema da telenovela no Brasil o
FECIM propõe a mesa de bate-papo “Telenovela – Representações do povo, balanços
e perspectivas” em parceria com o projeto “Gente em cena”. O foco da mesa é a
discussão em torno da representatividade do povo na tela/identificação, bem
como abordagem e reflexão em torno dos grandes sucessos que já despontaram na
área, envolvendo o público de forma efetiva, com desdobramentos na vida das
pessoas e no cotidiano.
PARTICIPANTES:
Convidados:
Lúcia Abreu
Lúcia Abreu é jornalista, produtora, roteirista e diretora.
Trabalhou na Europa e no Brasil, onde atuou na TV Globo, passando por programas
como Fantástico, Jornal Nacional, Globo Repórter, TV Pirata dentre outros
programas e novelas. Seu último trabalho é o documentário “A Arte de
Interpretar – A saga da novela Roque Santeiro”.
Mauro Alencar
Mauro Alencar é mestre e doutor em Teledramaturgia Brasileira e
Latino-Americana pela USP, autor dos livros “A Hollywood Brasileira –
Panorama da Telenovela no Brasil” e das adaptações para
romances das novelas Selva de Pedra, O Bem- Amado, Pecado Capital, Roque
Santeiro e Vale Tudo. É considerado por jornais, rádios e revistas como um dos
maiores especialistas sobre telenovelas no mundo.
Mediador convidado:
Vitor de Oliveira
Vitor de Oliveira é professor, escritor, roteirista e
dramaturgo, formado em Letras pela UFRJ. Criador do blog “Eu prefiro melão”, um
dos pioneiros a publicar textos de conteúdo próprio voltado para o universo da
teledramaturgia, que deu origem ao seu primeiro livro “Eu prefiro melão –
melhores momentos de um blog televisivo”. Foi colaborador da nova versão da
novela “O astro” (2011) da TV Globo, premiada com o “Emmy Internacional”.
LANÇAMENTO
OFICIAL DO FESTIVAL DE MUQUI (ES):
Como forma de apresentação do
Festival de Muqui na capital do Espírito Santo, os coordenadores propõem a
discussão do cinema no interior do Estado, refletindo sobre o potencial
criativo e imagético presente na tradição e nas expressões do povo capixaba na
mesa "Imagem, sensibilidade e interiorização do cinema no Espírito
Santo".
PARTICIPANTES:
Sáskia Sá
Sáskia Sá é mestre em Educação pela
UFES, Cine Educadora com prática em educação de nível superior e oficinas de
realização em roteiro, direção e produção, além de formação cineclubista.
Erly Vieira Jr.
Erly Vieira Jr é cineasta e escritor. Doutor em Comunicação e
Cultura pela UFRJ, é professor do Departamento de Comunicação Social da Ufes.
Escreveu e dirigiu nove curtas-metragens. Produz e apresenta o programa Outra
Escuta, na Universitária FM.
Diego Scarparo
Diego Scarparo é graduado em Artes Visuais - UFES e atua na área
de marketing e produção cultural desde 2004. Já participou de produções
nacionais como Rio De Jano - HyBrazil Filmes e Viagem Capixaba - TV Cultura.
Assina direção d filmes como "Sangue & Rosa" - Petrobras
Cultural, O Que Bererico Vai Pensar? - SECULT, O Canarinho Mudo - SECULT.
Mediador convidado:
Léo Alves
Léo Alves é graduando em Jornalismo pela UFOP (MG), escritor,
roteirista, cineasta e coordenador de projetos culturais no Espírito Santo. É
autor de livros, documentários e filmes de ficção. Atualmente coordena o FECIM,
Festival de TV e Cinema de Muqui (ES).
__________
Para maiores informações, acesse: http://www.fecim.com/novo/festival-de-muqui-es-sera-apresentado-em-vitoria/
Esperamos vocês! Até mais...
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segunda-feira, 1 de julho de 2013
Blogueiro convidado: Marcelo Rissato relembra “Locomotivas”, marco da independência feminina nas telenovelas.
Mais um convidado pra lá de especial, que nos brinda com um
texto INCRÍVEL sobre uma novela, que
representa um marco da emancipação feminina: “Locomotivas”, de Cassiano Gabus Mendes. Marcelo Rissato, jornalista, roteirista, fã nº 1 de
Norma Blum e enciclopédia viva da teledramaturgia brasileira, não se limita a
falar apenas da novela e nos brinda com todo um panorama da história das
conquistas da mulher até culminar no ano de 1977, ano em que a novela estreou e
não por coincidência, mesmo ano em que a Lei do Divórcio no Brasil foi
aprovada. Vale lembrar que, no ano anterior, Janete Clair já tinha escrito uma novela chamada “Duas Vidas”, na qual a protagonista
Leda (Betty Faria), já era separada e criava o filho sozinha. Mas a partir da
trama de Cassiano Gabus Mendes é que a mulher deixou definitivamente a posição
de mocinha que precisava ser salva e foi, definitivamente, à luta através da
empreendedora Kiki Blanche, estreia
de Eva Todor na tevê em grande
estilo como a dona de um salão de beleza que era o principal cenário da novela.
Marcelo, querido, obrigadíssimo pelo seu incrível texto, que não é apenas uma
deliciosa viagem pelo universo da novela. É, praticamente, um tratado sobre o
panorama da mulher em nossas telenovelas. Parabéns! Sem mais delongas, vamos ao
texto:
MULHER, A LOCOMOTIVA MODERNA
Por Marcelo Rissato
Quando
ainda estava no ar a novela “Estupido Cupido”, uma linda e divertida trama de
Mário Prata em preto e branco, que teve apenas o penúltimo e último capitulo em
cores, “Locomotivas”,
de Cassiano Gabus Mendes, era
anunciada como a nova novela das sete, “totalmente em cores”.
Assim era o primeiro anuncio da novela no dia 11 de fevereiro de 1977: Estúpido
Cupido, últimos capítulos e vem ai: Loco-Motivas.
Com: Aracy Balabanian, Walmor Chagas e a participação especial de Lucélia
Santos. Loco-Motivas, a nova novela das sete da noite. A CORES.
Uma
trama envolvente e deliciosa que conquistava os telespectadores da época. A
história girava em torno dos salões de beleza e os núcleos se encontravam nesse
universo. Não era uma novela com grandes acontecimentos, porém colocava as
mulheres, não só como as protagonistas da história, mas também na posição de
independência e empreendedorismo, através do salão de beleza de Kiki Blanche
(Eva Todor). Além disso, a novela apresentava um novo visual e uma nova forma
de se expressar. Uma nova era estava começando para a televisão e para o país.
Talvez
esse contexto envolvendo a mulher não tenha sido adotado em vão pelo autor
Cassiano Gabus Mendes. Era uma época de mudança e a mulher estava em evidencia.
Se destacava em vários segmentos da sociedade e o ano de 1977 era o
protagonista para elas.
Mulher – A História
Sabe-se que o mundo sempre
pertenceu aos homens e que a mulher de acordo com a história ficou limitada aos
afazeres do lar, ficando habitualmente excluída de papéis relevantes para a
sociedade. Também é conhecido o fato de homens estarem acostumados a justificar
seu predomínio não somente ressaltando que a sua posição dominadora é a
natural, como também que a sua dominação resulta da inferioridade da mulher.
Contudo, sabe-se hoje que o rótulo de inferioridade teve como causa o contexto
histórico, a falta de acesso à cultura e, como consequência, o confinamento no
lar.
Acredita-se que desde os
primórdios dos tempos, a discriminação feminina acabou exercendo sobre a
sociedade uma conscientização e, a partir daí, surgiram reflexões sobre o que o
assunto pode ajudar na luta em prol da igualdade social, política e liberdade
de expressão das mulheres. No entanto, foi a partir do inicio do século passado
que a situação começou a mudar.
Dia
Internacional da Mulher
Talvez o episódio na Fábrica
de Tecidos Cotton nos Estados Unidos em 8 de Março de 1857, tenha
sido o ponto de partida para que em 8 de março de 1910, na Dinamarca, fosse
finalmente instituída essa data como o “Dia Internacional da Mulher”,
devido às mortes que ocorreram em virtude da greve que resultou no
desaparecimento de aproximadamente 130 tecelãs que foram carbonizadas
propositalmente pelo proprietário da fábrica e pela policia.
Com a eclosão do movimento
feminista e os estudos de gênero, se constituíram nos fatos que forçosamente
provocaram na sociedade uma mudança de atitude, diante das reivindicações que
se fazia. A luta dos grupos de mulheres contra o preconceito parecia, assim,
tomar forma. Apesar de importantes conquistas, a condição da mulher, ainda na
sua maioria, era de submissão e explorada pelo próprio sistema. Há que se
considerar, também, que na espécie feminina e dentro de cada mulher, ainda
restam as sobras da teimosa crença de que todas as mulheres são inferiores a
qualquer homem; e em cada homem, seja ele liberal ou libertino, uma antiga voz
interior ainda concorda com essa inferioridade.
O
Divórcio e a Locomotiva
Constatou-se que a época
decisiva para que a mulher pudesse conquistar um lugar merecido na sociedade,
se desse nos primórdios do século XX. Muitas foram as batalhas enfrentadas,
contudo a conquista se deu com o que pode-se chamar de “Lei Áurea Feminina”,
ou seja, uma metáfora de sua libertação que ocorreu em 1977. A mulher casava
para se livrar do cativeiro do pai e se tornava cativa do marido. Com a Lei
6515 de 26 de dezembro de 1977, a Lei do Divórcio, ela adquiria
finalmente sua independência, iniciando assim uma nova fase no seu
comportamento, no qual transformou a figura feminina na “locomotiva moderna”,
desempenhando o papel de comandante.
Apesar de tantas dificuldades, as mulheres conquistaram um espaço de
respeito dentro da sociedade, mesmo que as relações entre o gênero feminino e o
masculino ainda não sejam de total igualdade e harmonia.
Entretanto, evoluindo o homem
através dos múltiplos fatores que impulsionaram o gigantesco progresso da
ciência, da arte, da filosofia e da moral, a subordinação feminina foi-se tornando
quase inexistente. Assim, vê-se hoje a mulher, senão ao lado do homem no
desempenho de todas as atividades que a este diz respeito, pelo menos
desfrutando de uma liberdade maior, quer como companheira no lar ou no mercado
de trabalho, com direitos e garantias que lhe foram negados no passado.
Assim, na luta pela legitimação
dos seus direitos, muitas barreiras ainda precisam ser quebradas, muitos
direitos precisam ser conquistados e muitas medidas preventivas e punitivas
precisam ser levadas a cabo, mas enquanto ainda não acontece, a admiração e o
respeito pelas mulheres devem prevalecer.
Anos
“70” - A Mulher Locomotiva
Para a mulher, os anos 70
representaram um marco na sua independência perante a posição masculina no
âmbito social. Isso se refletiu na literatura e automaticamente na televisão.
Em 1977 o saudoso Cassiano Gabus
Mendes trazia para a TV uma novela que retratava exatamente esse
universo feminino. Era o tempo das Locomotivas. Ao som da música “Maria Fumaça”,
interpretada pelo grupo “Black Rio” na abertura, embalada ainda na
trilha pela música de mesmo nome da novela, Locomotivas, por Rita Lee, a
novela encantava homens e mulheres com a saga da ex-vedete Kiki Blanche (Eva
Todor), que tinha apenas uma filha legitima e um filho e as outras eram
adotadas. Com muito charme, uma novela deliciosa e sofisticada que trazia as
cores para o horário das sete. Era o inicio de uma nova era para a televisão e
para as mulheres.
A ex-vedete Kiki Blanche /
Maria Josefina Cabral (Eva Todor) possuía no Rio de Janeiro um salão de
beleza onde muitas das personagens se encontravam. Sua filha legitima Milena (Aracy
Balabanian) e os adotivos Paulo (João Carlos Barroso), Renata (Thais de
Andrade), Fernanda (Lucélia Santos) e a caçula Regininha (Gisela Rocha)
conduziam os encontros e desencontros dessa deliciosa história. O grande
conflito ficou em torno de Fernanda, que se apaixonou por Fábio (Walmor
Chagas), que amava Milena. Essa por sua vez, abria mão do amor em prol da irmã
adotiva, uma vez que sabia que Fernanda, na verdade, era sua filha legitima. A
revelação só veio no último capitulo, quando Fernanda desistiu de vez de Fábio
ao descobrir que sua irmã era a sua verdadeira mãe.
Triângulo amoroso central da novela |
Em outro núcleo, Netinho (Denis
Carvalho) vivia cercado pelo amor possessivo de sua mãe (Miriam Pires), ao som
da música “Filho Único”, interpretada por Erasmo Carlos, o jovem se
apaixonou por Patrícia (Elisângela) e não teve seu amor abençoado pela mãe, sem
perceber que o seu grande amor morava ao lado: era a sua vizinha Celeste (Ilka
Soares). Quando Dona Margarida descobriu, o casal sofreu, lutou por esse amor e
ficou junto no final.
Ainda
tinha o português Machadinho (Tony Corrêa) que namorava com Gracinha (Maria
Cristina Nunes) e sofria com as intrigas de sua falsa amiga Lurdinha (Teresa
Sodré), porém o rapaz acabou se rendendo aos encantos da antagonista da trama,
Fernanda (Lucélia Santos).
Lucélia Santos e Tony Correa em cena |
Cassiano Gabus Mendes foi um mestre na
teledramaturgia brasileira e responsável por grandes sucessos da televisão com
obras memoráveis, como “Anjo Mau, Elas por Elas, Tititi, Brega & Chique,
Que Rei Sou Eu?” e muitas outras. “Locomotivas”
não foi uma novela em vão, muito menos teve um texto banalizado. Ela marcou sua
época trazendo a mulher como comandante de um trem que podemos chamar de “Trem
da vida”, esse que até então tinha como maquinista os homens e com a
novela, Kiki mostrava que as mulheres eram capazes de assumir esse comando com
maestria. Na época, talvez muitas pessoas não entendessem a razão da novela
levar o nome ligado a um trem e o logotipo ser uma mulher com a parte inferior
de um biquíni a mostra, que soava ousado para aqueles tempos. Mas, Cassiano já
tinha os olhos voltados ao futuro, pois com a Lei do Divórcio (6515/77) do
mesmo ano da novela, a mulher adquiria sua liberdade podendo tomar as rédeas de
sua vida, casando-se, separando-se, tendo filhos com pai ou sem e ainda
trabalhando livremente, saindo de um cativeiro em que vivia e sendo a cabeça
desse trem, ou seja, sendo a Locomotiva.
Elenco feminino da novela |
As
Mulheres na Televisão
Não só em Locomotivas
que a mulher estava sendo representada naquela época. A TV Globo trazia a mulher
em muitas de suas obras. Às 18 horas Dona Xepa, que era escrita por
Gilberto Braga e adaptada da obra de Pedro Bloch, mostrava a mulher feirante e
sem o marido que trabalhava para manter a casa e sendo a comandante do seu lar.
Várias outras novelas da época principalmente do horário das 18 horas trazia a
mulher como a protagonista, muitas eram adaptações de obras literárias como Nina,
Sinhazinha Flô, Maria-Maria, Gina, A Sucessora, Cabocla e várias outras.
Era o inicio de uma mudança que não só na dramaturgia estava presente, mas numa
sociedade que durante muito tempo deixou a mulher numa camada neutra e que
naqueles tempos, marcava uma nova era.
Nas séries a mulher também
estava presente. Ciranda Cirandinha mostrava uma juventude em busca de
sonhos e liberdade e em 1979 era a vez de Malu Mulher que representou
muito bem a mulher separada, uma vez que já no episódio piloto era abordado o
processo de separação de Malu (Regina Duarte) e Pedro Henrique (Dennis
Carvalho), intitulado “Acabou-se o que Era Doce”.
Após os anos 80, a mulher vinha
sendo representada com mais ênfase, podendo trabalhar, casar, separar e ir em
busca de seus sonhos como qualquer ser humano na televisão e na sociedade. Mas
isso já é outra história...
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ALGUMAS CURIOSIDADES:
- “LocoMotivas”
foi a primeira novela das sete totalmente em cores;
- Nos
créditos, Eva Todor assinava ainda como Eva Tudor, porém seu nome
verdadeiro é EVA FODOR, que foi alterado logo que chegou ao Brasil devido
à conotação errônea que poderia acontecer.
- Nos
créditos todas as escritas vinham em letra maiúsculas.
- Era
a segunda novela de Lucélia Santos
- Eva
Todor estreava.
- A
televisão exibia as cenas dos próximos capítulos e não do próximo capitulo
como nas novelas dos anos 80.
_____________________
MARCELO
RISSATO é escritor, jornalista, fotógrafo e colunista da Revista “Super Novelas”.
Marcelo Rissato, o melão e eu. |
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LEIA TAMBÉM:
Blogueiro convidado: Raphael Scire e o "gran finale" de "Ti Ti Ti"
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Melão Express – ed. 20: POESIA, SÉRIES E UM TALENTO QUE DESPONTA.
Ø POESIA DE TARCISIO LARA
PUIATI AGITA IPANEMA
Meus queridos, é com
muito prazer que convido a todos vocês a prestigiar na sexta, dia 12/07, na Livraria da Travessa, em Ipanema, o
lançamento de RABIOLA,
nova aventura poética de meu querido amigo e companheiro de escrita em “O astro”, Tarcísio Lara Puiati. O lançamento
vai ser o máximo, com muita poesia, cultura, agitos, gente fina, elegante e
sincera. Tatá arrasa, tanto em prosa, quanto em poesia.
Curta a fan page do
livro e confira as orelhas virtuais de nomes como Antonio Calmon e Alcides
Nogueira e também alguns poemas interpretados por Raphael Vianna, Thiago Mendonça, Pablo
Sanábio, entre outros.
Esperamos todos
vocês!
Ø ÓTIMA SAFRA DE SÉRIES
NO GNT
Depois da excelente “Sessão de Terapia”, o canal GNT, que vem surpreendendo com ótimas
séries desde “Mothern”, vem como uma
ótima e nova safra para todos os gostos, como “Copa Hotel” e “Surtadas na
Yoga”. Mas minhas favoritas dessa leva são “3 Teresas” e “As canalhas”.
“3 Teresas”, produzida pela Bossa Nova Films,
acompanha paralelamente os acontecimentos da vida de avó, mãe e filha, as 3
Teresas do título, vividas pelas ótimas Claudia
Mello, Denise Fraga e Manoela Aliperti. A série é uma criação
de Luiz Villaça, Rafael Gomes, Sérgio Roveri, Leonardo Moreira e Carô Ziskind e
conta sempre com um roteiro esperto, com diálogos espirituosos e trama que foge
dos velhos clichês dos dramas femininos de sempre. Os assuntos recorrentes,
como amor, sexo e conflitos familiares estão presentes, mas há sempre uma
quebra de expectativa nos episódios que surpreende no final. As atrizes estão
ótimas em cena e os personagens são muito bem construídos. Drama e humor na
medida certa.
Já “As canalhas”, produzida pela Migdal Filmes, com
roteiro de Anna Muylaert (que também assina a direção geral) e Carolina Castro
e segue a fórmula de “As cariocas” e “As brasileiras” ao contar, a cada
episódio, as peripécias de uma personagem feminina diferente, mas de uma
maneira deliciosa e politicamente incorreta. São mulheres de idades e classes
sociais diferentes, mas com uma característica em comum: são canalhas. Elas
passam pelo salão de beleza de Marilyn (Zezeh Barbosa) e lá narram sua história
para o público. Tem todo tipo de canalhice: mãe que rouba namorado da filha,
cuidadora que explora idoso, mulher que troca o marido pelo cunhado e por aí
vai... O elenco é ótimo: Monica Martelli, Carla Marins e Mel Lisboa são os
nomes mais conhecidos, mas todas são excelentes. Todos os episódios são ótimos,
repletos de um humor deliciosamente cruel. Impossível não amar e não torcer por
essas adoráveis canalhas.
Ø MELÃO APOSTA EM CLARICE
ALVES: UM TALENTO QUE DESPONTA NO CINEMA.
Ela é uma atriz brasileira, mora em Madri há algum tempo e em menos
de 1 ano, já desponta, com muito futuro, no cenário cinematográfico nacional.
Neste período já fez o média "Entre
Amores"- com roteiro e direção de Bruno Saglia; o curta "Estatísticas"- roteiro de Marcela
Macedo e direção de Giuliano Nandi; será protagonista do longa "Diminuta", de Bruno Saglia- com Deborah
Evelyn, Carlos Vereza e Reynaldo Giannechini e filmará ainda mais um
curta-metragem ainda este ano. Claro que não vai demorar para a tevê descobrir
o talento dessa linda atriz. Melão se antecipa e apresenta CLARICE ALVES! Vamos conhece-la melhor?
Melão - Quando surgiu seu
desejo de ser atriz e como foi sua trajetória até a realização dos primeiros
filmes?
Clarice - Desde pequena eu queria ser atriz. Sempre adorei
ver novelas, ir ao cinema e ao teatro. Sempre me interessei pelo trabalho dos
atores e por tudo o que envolvia a produção dos espetáculos que assistia.
Alugava filmes e depois assistia os making- offs e as entrevistas que podia. Um
dia falei para a minha mãe que queria ser atriz e estudar para isso. Ela
procurou cursos e me matriculou na Companhia de Artes Avancini. Lá, com 12 anos
tive o meu primeiro contato com o palco e com a câmera. Desde então me
apaixonei por essa profissão e tive certeza que era o que queria fazer. Mesmo
estando a 7 anos fora do Brasil não parei de fazer cursos de interpretação e
de estudar. Me formei em assessoria de imagem e comecei a fazer
faculdade de artes cênicas. Ano passado, enquanto estava de férias no Rio,
conheci a Jackeline Barroso da agência Barroso Pires. Ela é agente de um amigo e hoje é
a minha agente também. Ela conseguiu mostrar meu material para o diretor
Bruno Saglia que me convidou para fazer um teste para o filme "Entre
Amores". Passei! Para minha surpresa, após este teste, ele também me
convidou para ser a protagonista (junto com Deborah Evelyn e Reinaldo
Gianecchini) do seu próximo longa "Diminuta". Através da minha agente
também consegui que o produtor Márcio Rosário visse meu material e me chamasse
para participar do filme "Estatísticas".
Melão - Você participou de dois
médias-metragens e ainda este ano filmará um curta, além do longa-metragem
"Diminuta", no qual será protagonista. Como você explica este
sucesso?
Clarice - Gosto muito do que eu faço e por isso sempre
procurei estudar e não deixar de fazer cursos, independente de onde estivesse.
Ano passado participei do meu primeiro media com o diretor Bruno Saglia e foi
uma experiência fantástica. Tive a oportunidade de estar com profissionais
muito experientes, a quem sempre admirei como a Daniela Escobar e a Thaís de
Campos. Procuro aproveitar o máximo meu tempo com todos eles porque cada
trabalho é um grande aprendizado. Aprendo não só gravando como observando todos
os profissionais que estão a minha volta. Enxergo cada trabalho como uma nova
oportunidade de crescer como atriz e tento dar o meu melhor sempre.
Melão - O que te fez morar em
Madri e o que te encanta na cidade? Tem vontade de voltar a morar no Brasil?
Clarice - Fui para Madri com o meu marido pela sua
profissão. Ele é jogador de futebol e foi vendido para o Real Madrid muito
novo, quando tínhamos 17 e 18 anos. Nós mudamos para lá e já levamos quase 7
anos na cidade. Hoje em dia nos sentimos em casa em Madrid e temos um carinho
enorme pela cidade. É um lugar maravilhoso, cheio de vida, com muitas coisas
diferentes para fazer. Lá encontramos de tudo, parques lindos, restaurantes
maravilhosos, espetáculos ótimos de teatro, lugares tranquilos, bairros
alternativos com todo tipo de lojas, bares e pessoas. É uma cidade muito
movimentada com muita energia e diversidade. Mesmo assim, tenho bastante
vontade de voltar a morar no Brasil. Nosso povo e nossa cultura são únicos e é
impossível não sentir saudades. Sempre que podemos vamos ao nosso país, seja de
ferias ou a trabalho e aproveitamos o máximo possível.
Melão - Fale de sua expectativa
para filmar "Diminuta", longa que você irá atuar com nomes conhecidos
como Reynaldo Gianecchini, Daniela Escobar a Carlos Vereza.
Clarice - Esse projeto é muito especial, um filme único. O
roteiro do Bruno é maravilhoso, completamente inspirador e poético e ao mesmo
tempo muito real. É uma historia sobre o mundo do jazz que vai conseguir reunir
diferentes tipos de artistas. Poder estar dentro desta produção é um sonho.
Tenho certeza que todos os profissionais estão muito empolgados de poder fazer
parte deste filme. Eu ainda mais, por ter a chance de estar do lado de atores
que são grandes referências no nosso país, a quem acompanho desde pequena em
novelas e filmes. Sem dúvidas será uma experiência totalmente rica e
inesquecível.
Melão - Como está sendo sua
preparação para compor as personagens de todos estes filmes?
Clarice - Estou vendo filmes indicados pelos diretores para
me aproximar ao máximo da ideia deles e da atmosfera de cada história. Leio o
máximo de livros que posso que me ajudam na construção dos personagens. E estou
aproveitando este mês de férias no Brasil para ter aulas de corpo e aulas mais
específicas com a minha coach, Thais de Campos.
Melão - Você tem planos em
trabalhar na televisão? Tem algum ator ou atriz que lhe sirva de inspiração?
Clarice - Tenho muita
vontade de trabalhar na televisão. Adoro as novelas brasileiras e assisto desde
criança. Será um momento muito especial quando tiver a oportunidade de
participar de alguma. Adoro os trabalhos da Meryl Streep, Angelina Jolie e
Johnny Depp. No Brasil adoro ver a Adriana Esteves e a Claudia Abreu. Todos
eles me inspiram muito.
Melão - Você costuma assistir às
nossas novelas? Que sim, quais suas favoritas?
Clarice - Sim. Tenho Globo internacional e sempre que
posso assisto. Amei “Avenida Brasil”. Comecei a assistir do meio para o final,
mas não conseguia perder nenhum capítulo. Os personagens e a trama eram ótimos
e a Carminha uma vilã pela qual era impossível não ter empatia. Também adoro
minisséries. Entre as minhas preferidas estão "A casa das sete
mulheres" e "Hilda Furacão".
Obrigado
pela entrevista, Clarice. O blog deseja todo sucesso a você e, em breve, venha
nos contar sobre seus primeiros trabalhos televisivos!
Ø ANOS REBELDES: ONTEM,
HOJE E SEMPRE!
Claro que é uma grande coincidência,
mas não deixa de ser simbólico o fato do Canal Viva estar exibindo uma reprise
de “Anos Rebeldes” na mesma época em que acontecem diversas manifestações
populares em todo o país. A mítica minissérie de Gilberto Braga sobre os anos
de chumbo termina essa semana e não deixa de ser uma grande inspiração para
todos que desejam e lutam por um país melhor. Melão apoia totalmente o
movimento #VemPraRua, sem vandalismo e violência! “Caminhando contra o vento,
sem lenço, sem documento... eu vou, por que não?”.
Beijos e até a próxima!
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Tarcísio Lara Puiati
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