Ela é um rosto conhecidíssimo em nossa tevê, pois além dos
personagens que interpretou em diversas novelas, também fez inúmeras
participações em muitos outros programas, incluindo os da linha de shows e
humor. Atriz e artesã de mão cheia, mas também apaixonada por Matemática, NICA BOMFIM é o tipo de atriz que enriquece qualquer obra, pois consegue
transitar com muita desenvoltura pelos mais diversos personagens, cômicos ou
dramáticos.
Nessa entrevista, que é mais um bate-papo entre amigos, além de
rememorar seus personagens mais marcantes, Nica também fala um pouco de Irene,
personagem da peça “Mãe”, deste autor que vos
fala, em que ela irá fazer uma leitura dramática ao lado dos talentosos Bel Kutner, Kika Kalache e André de
Angelis, com direção brilhante de meu querido parceiro “astral” Tarcísio Lara Puiati. A leitura será
nessa segunda, dia 18/03, às 21 horas na Casa da Gávea. Esperamos todos vocês lá.
Por hora fiquemos com o talento, alegria e simpatia de nossa
querida NICA BOMFIM:
Quando
você se descobriu atriz? Conte-nos como tudo começou.
Nica - Sempre gostei de “brincar de teatrinho”, desde criança. Mas me encaminhei a infância e adolescência inteiras na direção da Matemática – uma grande paixão, até hoje! Justamente no ano do vestibular, comecei a ir ao Tablado e acompanhar ensaios de amigos, e o bichinho do teatro começou a me morder. Entrei para Escola de Teatro Martins Pena ao mesmo tempo em que para a Faculdade de Matemática... e a Arte falou mais alto! Deixei a Matemática de lado (mas o amor, não!) e mergulhei de cabeça na carreira de atriz. Tinha 18 anos.
Nica - Sempre gostei de “brincar de teatrinho”, desde criança. Mas me encaminhei a infância e adolescência inteiras na direção da Matemática – uma grande paixão, até hoje! Justamente no ano do vestibular, comecei a ir ao Tablado e acompanhar ensaios de amigos, e o bichinho do teatro começou a me morder. Entrei para Escola de Teatro Martins Pena ao mesmo tempo em que para a Faculdade de Matemática... e a Arte falou mais alto! Deixei a Matemática de lado (mas o amor, não!) e mergulhei de cabeça na carreira de atriz. Tinha 18 anos.
Antes de
ganhar personagens fixos, você já era um rosto familiar na tevê pelas diversas
participações em inúmeras produções, seja em novelas, séries e humorísticos.
Você destacaria alguma dessas participações?
Nica - Foram tantos, nesses 35 anos! Sabe aquele joguinho do “Onde está Wally”? Dá pra brincar de “Onde está a Nica” nas produções da Tv Globo! E adorei cada minuto! Mas tenho muito orgulho de ter contracenado com Fernanda Montenegro e Paulo Autran na primeira versão de “Guerra dos Sexos”.
Nica - Foram tantos, nesses 35 anos! Sabe aquele joguinho do “Onde está Wally”? Dá pra brincar de “Onde está a Nica” nas produções da Tv Globo! E adorei cada minuto! Mas tenho muito orgulho de ter contracenado com Fernanda Montenegro e Paulo Autran na primeira versão de “Guerra dos Sexos”.
Em
“História de amor” (1995), você deu vida à prestimosa Rosely, braço-direito de
Helena (Regina Duarte). Como foi essa experiência de trabalhar com um autor que
escreve tão bem para o universo feminino como Manoel Carlos?
Nica - Muito
legal a experiência! A personagem servia de contraponto à Helena, suas
histórias tinham pontos em comum, embora em realidades sociais bem diferentes.
O Maneco é muito bom nisso!
Nica Bomfim e Eduardo Mancini em cena de "Eterna Magia" |
Você está
sempre presente nas novelas de Elizabeth Jhin desde a estreia dela como autora
titular em “Eterna Magia” (2007), sempre com ótimos personagens. A que você
atribui o sucesso dessa parceria?
Nica - Não
quero nem parar pra pensar nas razões, apenas agradecer ao Universo por ter-me
permitido cruzar com essa pessoa maravilhosa que é a Beth! Tenho um carinho
todo especial por ela, sempre tão afetuosa comigo. E suas histórias me comovem
tanto! Ela escreve lindamente, com muita sensibilidade. Quero que essa
parceria, como você diz, dure para sempre!
Nica com José Rubens Chachá em "Escrito nas estrelas" |
Você é uma
atriz que transita com facilidade entre o drama e o humor e mostrou isso muito bem
com a Magaly de “Escrito nas estrelas” (2010), personagem adorável, mãe do
vilão Gilmar (Alexandre Nero). Acredita que essa novela foi um divisor de águas
em sua carreira?
Nica - Acho
que o divisor de águas foi mesmo a primeira novela da Beth Jhin, “Eterna
Magia”, quando tive a oportunidade de fazer a Sofia, justamente quando eu
estava me aposentando e tendo mais tempo para me dedicar à carreira de atriz. A
Magali, assim como a Deolinda de “Amor Eterno Amor” sedimentaram ainda mais
essa caminhada.
Em seu
trabalho mais recente na tevê, “Amor Eterno amor” (2012), você também
transitava pelos dois polos da novela: o dramático da trama central e o cômico
do edifício São Jorge. O que destacaria desse trabalho?
Nica - É
uma grande oportunidade de mostrar a versatilidade do nosso trabalho, e isso é
muito gratificante. Destaco sobretudo o contato com esse elenco maravilhoso,
tanto as feras consagradas quanto a juventude cheia de energia – aprendo muito
com todos eles!
Já no
primeiro ensaio da leitura de meu texto “Mãe”, na qual você vai interpretar a
personagem-título, já pude perceber a delicadeza e a sutileza com as quais você
constrói a personagem. Diria que o trabalho de artesã ajuda nessa composição e
nessa capacidade de perceber os detalhes?
Nica - Sou
filha, sou mãe, sou irmã... a peça fala de um universo de emoções com o qual
tenho muita intimidade. Não sei se é o artesanato que me ajuda a atentar para
os detalhes ou se minha já natural atenção aos detalhes é que me levou ao
artesanato e ao teatro. De qualquer forma, fico lisonjeada com seus elogios!
Ainda
sobre “Mãe”, você está se inspirando em algum fato de sua vida para compor a
Irene ou se detém apenas no texto?
Nica - Como
disse, sou mãe, sou filha, sou irmã... Quase todas as emoções contidas na peça já
fizeram parte da minha história um dia. E o temperamento da Irene, a maneira
amorosa em que ela acredita, como forma de educar seus filhos, se parece
bastante comigo. Amor, acima de tudo!
Você é
noveleira? Se sim, quais suas favoritas?
Nica - Já
fui mais noveleira, mas ainda assisto bastante, embora menos “viciada” que
antigamente. As novelas que nunca esqueci são as bem mais antigas, que marcaram
fortemente, como “Beto Rockefeller”, “O Rebu”, “O sheik de Agadir”... (risos)
Eu sou “de época”, meu filho!!!
Nica com a filha também atriz Bebel Mesquita: mãe e filha vão atuar juntas no cinema |
Já tem
previsão de voltar à tevê? Quais são seus projetos futuros?
Nica - Previsão
ainda não, a gente depende de convites. Espero que seja em breve, porque adoro
aquela função de gravações! Em 2013 estou retomando algo de que gosto demais
também, mas que estava afastada há muitos anos: o cinema! Já fiz uma
participação em “Boa Sorte”, da Carolina Jabor e mês que vem estarei em
Juazeiro (BA) filmando “Nêgo d’Água”, do Flávio Henrique Fonseca, dirigido pelo
Roque Araujo. Eu e a minha filha Bebel estaremos no elenco. Espero, até o final
do ano, fazer ainda mais!
Nica,
querida, obrigadíssimo pela entrevista. Agradeço ainda mais pela generosidade de
emprestar seu talento nessa minha primeira empreitada pelos palcos cariocas.
Espero que possamos trabalhar muitas outras vezes e desejo a você cada vez mais
sucesso em sua brilhante carreira. Beijos!
Nica - Obrigada,
meu querido! O prazer e a honra são todos meus! Sucesso para nós! Beijos!
Eu e Nica na noite de lançamento do livro do melão |
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2 comentários:
Como imaginei...Saborosa=) Bem saborosa a entrevista, se pudesse ia pro Rio pra ver essa Mãe tbm,hehehe.
que entrevista linda e que mulher bacana! espero q a leitura de Mãe se transforme em uma montagem de sucesso!
parabéns a todos! M
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