quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Melão Entrevista o mestre MARCÍLIO MORAES!




Pra começar o ano em grande estilo, nada melhor do que um entrevistado mais do que especial. Sim, pois esse blog se dá ao luxo de entrevistar apenas os profissionais que admira. E Marcílio Moraes, certamente, é um deles. Da qualidade indiscutível de autor-roteirista, escritor e dramaturgo nem preciso falar, mas também tive o privilégio de ter sido aluno desse grande mestre e de privar de sua companhia, sempre simpática e agradável. De uma forma muito franca e honesta, Marcilio discute a questão da classificação indicativa no audiovisual, bem como a inevitável interferência das emissoras no trabalho autoral, faz um balanço de sua gestão como presidente da Associação dos Roteiristas, aborda a questão da quase inexistência de crítica televisiva em nosso país e do papel dos blogues independentes, nos conta de sua relação com seu grande mestre Dias Gomes e, claro, de seus principais trabalhos na televisão como as novelas “Essas Mulheres”, “Ribeirão do Tempo” e “Vidas Opostas” e as minisséries “Chiquinha Gonzaga” e “As noivas de Copacabana”, entre outras. Delícia de papo. Espero que curtam e feliz 2012 a todos!


Melão - Que avaliação que você faz de seu trabalho à frente da presidência da AR – Associação dos Roteiristas? Quais foram as maiores conquistas de sua gestão e quais são os maiores desafios do novo presidente, Newton Cannito?

Marcílio - Eu já escrevi um relatório da minha participação na presidência da AR, que pode ser visto no meu site pessoal, www.marciliomoraes.com.br . Em termos de avaliação, creio que a razão fundamental pela qual a AR existe foi alcançada ao longo desses dez anos: dar ao autor-roteirista brasileiro uma identidade própria, independente da empresa ou do produtor para o qual trabalhe. Graças à AR, hoje há a consciência profissional de que não basta encher o peito e dizer que é da Globo ou da Record, ou que trabalha com tal ou qual diretor.

Em termos de realizações, temos o nosso Código de Ética, fundamento da associação; a própria estruturação administrativa e legal da entidade; a presença independente e firme no panorama da política audiovisual; o respeito que obtivemos das outras entidades e das burocracias governamentais; a luta pela plena liberdade individual de expressão; a luta pelos direitos autorais, etc.

Melão -  Qual sua posição pessoal sobre a classificação indicativa?

Marcílio - Enquanto artista, enquanto autor, eu não posso admitir que alguém, seja diretor de empresa ou burocrata do governo, conheça melhor o meu público do que eu mesmo. Em função disso, sou, por princípio, contra qualquer interferência na minha obra, e por conseqüência na dos meus colegas.
Assim sendo, não posso aceitar que uma entidade que me represente assuma compromissos, seja em nome do que for, com instâncias que têm o poder real de se imiscuir no que escrevo. No caso, órgãos governamentais ou empresariais.
Na vida profissional, muitas vezes sou obrigado a aceitar interferências. Tudo bem, faz parte do jogo. Mas a entidade que me representa não pode, de nenhuma forma, legitimar essa interferência. Tem que se manter como referência de princípio, não só para os autores-roteiristas como para produtores, diretores, emissoras e governos.

Melão -Independente das limitações criativas impostas pela classificação indicativa, parte do público, surpreendentemente jovem, tem se mostrado bastante conservador com relação a cenas mais sensuais e ousadas, algo que não acontecia com tanta frequência na década passada. Pude perceber isso como colaborador de “O astro” quando lia tais declarações através do twitter. A que você atribui esse fenômeno? Acha que o público “encaretou”?

Marcílio - A televisão aberta atinge muita gente para você tomar algumas manifestações individuais como tendência. Certamente há muita caretice por aí, inclusive de jovens. Na verdade, ser jovem nunca foi sinônimo de mente aberta.
Quem costuma jogar com uma pretensa reação do público a temas e cenas mais ousadas são as direções das emissoras. Se você ler o Código de Ética que a Globo segue, que é o Código da ABERT, verá que ele é tão ou mais rígido que aquele manual de classificação indicativa usado pelo Ministério da Justiça.

Melão - “Essas Mulheres” é uma de minhas novelas favoritas de todos os tempos. Acompanhei do início ao fim e considero um trabalho primoroso, sobretudo pelo texto. Você acredita que o fato dela ter tido apenas 140 capítulos contribuiu para esse bom resultado? Novelas de menor duração possibilitam um trabalho de maior qualidade?


Marcílio - Novelas, pela sua própria natureza, são longas, o que não significa que quanto mais longa melhor é uma novela; nem o contrário, que sendo mais curta adquire mais qualidade. “Essas Mulheres” foi uma excelente novela por várias razões, pela inspiração em José de Alencar, pelo nível das pessoas que escreveram, pela produção bem cuidada, embora simples, pela direção do Colatrello, etc. A duração não determinou esta excelência. Tinha fôlego para chegar aos 180 ou mesmo 200 capítulos, sem perda de qualidade.
Mas concordo que tramas menores são mais confortáveis, não só para o autor como para toda a equipe. Permitem um maior apuro. O problema é que as emissoras faturam muito mais com os prolongamentos. É difícil se contrapor a este argumento.

Melão - Como surgiu a ideia de “Vidas Opostas”? Com o novo seriado “Chapa Quente” você pretende concluir uma trilogia abordando essa temática de violência urbana, que também contou com a série “A lei e o crime” ou ainda tem fôlego para mais histórias do gênero?

Marcílio - Em 2006, a Record me pediu uma novela. Apresentei algumas opções, que iam de uma trama de época a uma bem atual, ousada, abordando corrupção policial, tráfico de drogas, com metade dos personagens vivendo na favela, etc. A direção da emissora, acertadamente, escolheu esta última. E daí surgiu “Vidas Opostas”. O assunto não era novo para mim. Eu tinha escrito poucos anos antes uma peça, “A Demanda”, que nunca consegui montar, só fiz leituras públicas, e o romance “O Crime da Gávea”, que tratam do mesmo universo.
A idéia de que pode ser uma trilogia não tinha me ocorrido. Interessante você ter pensado nisso. Mas não vejo “Chapa Quente” fechando um ciclo. Na nova série vou trabalhar sobre o mesmo universo, mas de uma perspectiva diferente. O gênero policial tem fôlego praticamente infinito. Veja a literatura, o cinema americano e europeu, as séries americanas. É um gênero popular e pode ser muito sofisticado. Ainda tenho fôlego para escrever muitas outras séries sobre o assunto.

Jacson (Heitor Martinez) em "Vidas Opostas"
Melão -  Jacson (Heitor Martinez), antagonista de “Vidas Opostas”, foi aos poucos ganhando a simpatia e torcida de parte do público. A que você atribui esse fato? Como dar dimensão humana ao antagonista fugindo do maniqueísmo, mas ao mesmo tempo manter a torcida do público pelo herói?

Marcílio - Eu sempre procuro evitar que a função dramática dos personagens se sobreponha a sua dimensão humana. Construí o Jacson não como um vilão malvado, mas como alguém que se posiciona na vida de uma forma não acomodada. Ele viveu uma circunstância social perversa e reagiu a isso se revoltando, assumindo a violência como postura de vida. Não parti de um julgamento moral ou político sobre ele, nem sobre nenhum outro personagem. O fato dele ter ganhado a simpatia do público prova que fui bem sucedido. O espectador foi levado, pelo menos em parte, a ver o mundo do ponto de vista dele.
Claro que numa novela, você, em algum momento, tem que decidir a direção para onde quer levar o público. Eu não podia levar a identificação do espectador ao ponto da novela terminar com a vitória do marginal. Daí incluí algumas ações em que o Jacson se mostrou de fato perverso, mau, arrogante. Cortei, por assim dizer, a empatia dele com o público, para não correr o risco de me acusarem de apologia às drogas... rs. Mesmo assim, mantive a ambigüidade até o fim. Quando Jacson morre, ele cai nos braços de Joana, que o ampara ao mesmo tempo em que dá a mão a mão ao namorado mauricinho, que acabou de ser espancado por ele.

Melão - “Ribeirão do Tempo” foi uma novela que inaugurou um novo estilo dentro da Record, uma crônica de costumes repleta de crítica social e política em que uma pequena cidade fictícia serve de metáfora e metonímia do nosso país. Seu trabalho como colaborador em “Roque Santeiro” serviu de inspiração para criar essa história?

Bianca Rinaldi e Jacqueline Laurence em cena de "Ribeirão do Tempo"
Marcílio - “Inspiração” propriamente não. Foi uma influência, claro. O Dias Gomes foi um mestre para mim. Ele criou um plot inigualável e insuperável em “Roque Santeiro”. Eu nem me atreveria a tentar alguma coisa semelhante.
Minha intenção em “Ribeirão do Tempo” era outra. Queria, antes de tudo, brincar com os mitos da geração anos sessenta, a minha geração, especialmente a revolução socialista. Mas a turma, especialmente a imprensa, parece que não curtiu muito, porque ninguém falou no assunto. Daí não ter dado para desenvolver o tema como eu havia imaginado. Pena. Mais uma vez se comprova que questionamentos políticos, no Brasil, são difíceis de emplacar.

Melão - Dias Gomes foi um de seus parceiros mais constantes. Como era trabalhar com ele e que lições aprendeu com esse grande mestre?

Marcílio - Como já disse, o Dias foi meu grande mestre na televisão. Aprendi o que era de fato uma novela, não uma novela qualquer, mas uma novela crítica, naqueles primeiros 50 capítulos iniciais escritos pelo Dias.
Mas o fato de ter sido um mestre e um amigo não significa que não tivéssemos divergências. Em “Mandala” chegamos mesmo a ficar estremecidos, porque eu achei que ele tinha largado uma bomba de cem megatons na minha mão. Eu também era muito arrogante naquela época. E a novela provocou uma celeuma tal que, para qualquer pessoa envolvida, era difícil manter a cabeça fria.  Mas depois fizemos as pazes e voltamos a trabalhar juntos em “Noivas de Copacabana” e outras obras.

Vera Fischer e Nuno Leal Maia em cena de "Mandala"

Melão - “Mico Preto”, novela que escreveu em coautoria com Euclydes Marinho e Leonor Bassères, tinha um texto bastante ousado em que uma relação homossexual era discutida abertamente em pleno horário das 19 horas. Na época vocês sofreram algum tipo de censura ou resistência com relação à abordagem dessa temática?

Marcílio - “Mico Preto” foi a novela mais conflituosa que escrevi, em termos de bastidores. Não quero entrar em detalhes porque isso mexe com muita gente que ainda está por aí e não vale a pena.
A sinopse foi criada por mim. De fato, era bastante ousada, irônica, corrosiva. E engraçada. Entre outras, havia a história de um deputado, gay enrustido, que se casa com uma moça para tentar disfarçar sua condição. Mas não dá certo e ele acaba se juntando a outro gay, que era feito pelo Falabella, que se passa por mulher. Para complicar, um político machão, o Osvaldo Loureiro,  se apaixona pela pretensa mulher. E por ai ia.
A novela foi massacrada, não pelo público, mas internamente na Globo. Alguns figurões tinham forte interesse em derrubar a iniciativa. Naquela época a censura tinha acabado e ainda não havia a tal classificação indicativa, de forma que o governo não meteu o bedelho. O problema foi interno.



Melão - “Chiquinha Gonzaga”, minissérie que escreveu em co-autoria com Lauro César Muniz é, até hoje, um de seus trabalhos mais elogiados e foi a grande responsável por revelar aos mais jovens a vida e obra de uma de nossas figuras históricas mais importantes. Quais os cuidados que se deve ter em contar uma a história de uma personagem que existiu de fato? Qual o limite entre o ficcional e o biográfico?

Regina e Gabriela Duarte em dois momentos de "Chiquinha Gonzaga"

Marcílio - Foi uma honra ter sido convidado pelo Lauro para escrever junto com ele essa minissérie. No entanto, minha participação não foi grande. O mérito do trabalho é do Lauro.
Creio que “Chiquinha Gonzaga” é bem o exemplo de como adaptar a vida de uma personagem real às necessidades de uma obra dramática, sem trair os dados  biográficos e criando os conflitos e desenvolvimentos fictícios necessários para despertar e manter o interesse do telespectador.  O limite entre o ficcional e o biográfico se encontra na fronteira entre a chatice fiel e o interesse do público.

Melão -  Como é a divisão de trabalho entre você e seus colaboradores? Você costuma dar a liberdade a eles para criar dentro da escaleta ou sugerir novos rumos para as tramas?

Marcílio - Eu costumo escrever sozinho a sinopse e os 30 primeiros capítulos, quando se trata de uma novela. A partir daí, aos poucos, vou passando cenas para os colaboradores dialogarem, até que se familiarizem com os personagens, sua maneira de falar, etc.
A partir daí, foi cada vez mais me restringindo a fazer uma escaleta detalhada, deixando para eles a tarefa de dialogar. E faço uma revisão final do capítulo. Também costumo promover reuniões periódicas para discutir as tramas e os rumos da história.
De um modo geral, sou bastante centralizador. Dentro da escaleta, não dou margem para nenhum vôo do colaborador. Nas reuniões, ouço todas as sugestões e críticas e absorvo as que me parecem procedentes.

Melão -  Que conselho daria a alguém que pretende seguir a carreira de roteirista de televisão?

Marcílio - Se ele quer escrever novelas, aconselho a ler os clássicos da literatura, especialmente do século XIX.  

Melão - Você considera o gênero “telenovela” como algo menor se comparado ao cinema ou teatro? Qual o papel da telenovela na vida do brasileiro?

Marcílio - Geralmente não se atribui o status de obra de arte a uma telenovela, enquanto um filme ou uma peça de teatro podem aspirar a essa dignidade. Mas eu creio que também uma telenovela pode se tornar arte, ou pelo menos ter momentos de pura arte.
O que restringe o escritor, neste caso, são as exigências empresariais, comerciais  e da própria audiência.  É difícil escapar do sensacionalismo apelativo e se ater ao desenvolvimento dramático. Mas como disse, é possível.
A audiência brasileira está viciada em telenovelas. Creio que em nenhuma outra parte do mundo se tem todo o horário nobre da TV coberto por telenovelas. Isso só é bom para as empresas, que faturam mais com poucos riscos. Para os artistas e para o público, embora este muitas vezes não perceba, é uma prática muito restritiva. A TV brasileira precisa de novos formatos, novos desafios, mais polêmica. Só assim vamos  ampliar o mercado de trabalho e ter uma programação mais instigante e inteligente.

Melão -  Como você avalia a crítica televisiva em nosso país e qual a importância dos blogs e sites que fazem um trabalho paralelo, mas sem o vínculo institucional que possuem os críticos “oficiais”?

Marcílio - A crítica televisiva praticamente não existe no Brasil. De um modo geral, se confunde com o “colunismo”. A tradição monopolista, que ainda sobrevive, leva a isso. Raramente vejo análises pertinentes e um pouco mais profundas da dramaturgia de televisão. Na universidade surgem, de vez em quando, um ou outro trabalho mais aprofundado, mas que não chega ao público.  Neste sentido, o trabalho dos sites e blogs independentes é muito valioso. Dificilmente, por exemplo,  me pediriam uma entrevista como esta que estou dando num órgão da grande imprensa. É sempre tudo muito ligeiro, os jornalistas de modo geral são mal informados, não sabem o que você já fez, etc.

Melão - Pra terminar, que novela ou série você mais gostou de escrever e qual novela de outro autor que gostaria de ter escrito?

Marcílio - “Vidas Opostas” foi uma novela que gostei muito de escrever, porque rompi com alguns tabus da telenovela, porque falei de uma porção de assuntos e personagens que tinha vontade, etc. “A Lei e o Crime” também foi muito gratificante. Dos tempos da Globo, “Roda de Fogo” foi um desafio muito grande. Ali eu provei que era capaz de escrever uma novela. Também tenho ótimas recordações de “Noivas de Copacabana”.

Patricia Pillar e Miguel Falabella em "As noivas de Copacabana"
Mestre Marcílio, É uma grande honra poder contar com sua participação no melão e um privilégio ter tido você entre meus professores. Obrigado por tudo e sucesso sempre!



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Tide, só tinha de ser com você!!! - Entrevista especial com ALCIDES NOGUEIRA!!!





11 comentários:

FABIO DIAS disse...

Com certeza, começou o ano com chave de ouro. Marcílio dispensa comentários, suas entrevistas são sempre deliciosas de se ler!

Abraço
E Feliz 2012 caro Vítor!

Fábio
www.ocabidefala.com

Diogo C. disse...

Eu não simpatizava muito com o Marcílio Moraes, mas depois dessa entrevista, mudei de opinião sobre ele...

Parabéns, Vitor! Uma boa entrevista pra começar bem 2012 hehe

Pedro Nascimento disse...

Bela entrevista!
Saudades dos tempos de Essas Mulheres. Foi, de fato, um novelaço! Um texto incrível e as três protagonistas simplesmente arrasaram.

Evana R. disse...

Eu [e praticamente todas as minhas amigas] gostávamos bastante de Essas Mulheres e Vidas Opostas. São novelas que eu gostaria de ver novamente. Começou o ano com o pé direito, Vitinho! A entrevista está uma maravilha. :)
Beijos

Eddy Fernandes disse...

Sou fã do Marcílio. Essas Mulheres foi, de fato, uma das melhores novelas da safra recente da Record e Vidas Opostas, então, nem se fala! Parabéns, Vitor, ótima entrevista :)

Walter de Azevedo disse...

Marcílio mostra que é mesmo um mestre. Opiniões contundentes mostradas de forma direta. Excelente entrevista, Vitinho! Melão começou o ano da melhor forma possível.

Flávio disse...

Muito boa a entrevista, Vítor. Tenho pra mim que "Essas Mulheres" é a melhor novela fora da Rede Globo. E algo me seduziu alucinadamente nela: os diálogos. Que perfeição! Só mesmo um mestre feito o Marcílio para revisitar clássicos da Literatura de maneira tão impecável.

Nilson Xavier disse...

Sou um grande admirador do trabalho de Marcílio Moraes. Essas Mulheres e Vidas Opostas, na minha opinião, são as melhores novelas desta fase IURD da Record.
Uma saudade: Roda de Fogo
Um esquecimento: Mandala rs

Parabéns Vitor por mais esta entrevista!

MOVA disse...

Olá! Que maravilha acessar um blog tão bacana escrito por um profissional competente. Sou noveleira assumida, formada em jornalismo, e tenho por objetivo trabalhar nesta área de TV, novelas e cultura. Adorei sua entrevista com Marcilio Moraes. Gosto dele, para mim sua melhor novela é Vidas Opostas. Também amei Essas Mulheres. Gostei das opiniões dele e dicas para quem (assim como eu) pensa em seguir carreira de roterista. Li também alguns posts seus anteriores. Sobre o conservadorismo dos jovens pode me incluir fora desta. Sou uma jovem com menos de trinta anos que simplismente achou de muito bom gosto as cenas de sexo de O Astro. Alias, a obra toda foi de muito bom gosto.
È isso!
Abraços, Luana
http://movimentodaarte.blogspot.com acesse e comente no meu blog!

Anônimo disse...

Entrevista maravilhosa. Adorei conhecer o método do trabalho do Marcílio. Pulou "Sonho meu", mas valeu muito a pena. Parabéns!
Lucas - www.cascudeando.zip.net

Helena Vitória disse...

Sou muito fã do Marcílio e, seus trabalhos são maravilhosos. O cara tem um senso prático incrível e uma escrita super fina. Não dá para inumerar os trabalhos da TV e do teatro que levam sua assinatura, mas, vou falar do romance "O crime da Gávea". Muito bom! Enfim, "That's man". Parabéns pela entrevista.

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