quinta-feira, 29 de novembro de 2012

OS MELHORES PRIMEIROS CAPÍTULOS – Ponto de partida para uma boa novela.



Por Wesley Vieira – Blogueiro convidado


O primeiro capítulo de uma novela, obviamente, é o chamariz para toda a história que irá se desenrolar ao longo dos próximos meses. Quando bem amarrado, fisga o telespectador de imediato. Alguns clichês são necessários para chamar a atenção, como as cenas de ação e os amores à primeira vista. Também é essencial um melhor acabamento estético para impressionar o público. Não necessariamente um bom primeiro capítulo é sinal de novela boa, assim como um primeiro capítulo ruim não é sinal de novela ruim. Aqui no Melão, listei 10 melhores primeiros capítulos na minha humilde opinião. Claro que muitos excelentes ficaram de fora, mas citarei apenas aqueles que eu vi e gostei. 


Celebridade – Primeiro capítulo exibido no dia 13/10/2003




Fama, inveja e vingança eram os temas centrais dessa moderníssima trama de Gilberto Braga. Nesse excelente primeiro capítulo, como sempre, a agilidade na apresentação das tramas e personagens - marca registrada do autor: Considero esse primeiro capítulo como uma espécie de prólogo para mostrar, logo de imediato, o que seria a espinha dorsal da novela: as armações de Laura (Claudia Abreu) para pegar o lugar de Maria Clara (Malu Mader) em um misto de inveja e vingança. Um curioso recurso foi utilizado para “familiarizar” os personagens: na medida em que eles iam aparecendo, a imagem congelava e seus nomes eram grafados na tela. O capítulo, resumidamente, mostra as artimanhas de Laura para conseguir um emprego de secretária na produtora de Maria Clara Diniz, famosa empresária do mundo da música. Humilde, a jovem disputa uma vaga, mas não obtém êxito. Ela, então, parte para o plano B: Marcos (Marcio Garcia) seqüestra Maria Clara e Laura surge para defendê-la. O seqüestro, aliás, vira um acontecimento televisivo, algo tipicamente hollywoodiano, afinal Maria Clara é uma celebridade. Tiros, explosões, muitos flashes... E a promoter consegue escapar do bandido. Em forma de agradecimento, Laura ganha o cargo de secretária. Um brinde! Mas nesse primeiro capítulo, personagens como Darlene (Débora Secco) e o bombeiro Vladimir (Marcelo Farias) também eram apresentados. Ela queria ser famosa. Ele, o namorado, não. Por ironia do destino, é Vladimir quem salva Maria Clara de uma explosão e por esse ato, ele será reconhecido. Outro importante personagem é o arrogante jornalista Renato Mendes (Fábio Assunção) disputando o seu alto ego com Maria Clara. O capítulo fecha com o prenúncio do que viria pelos próximos capítulos: Laura e Maria Clara brindam pela felicidade: “Você vai ter tudo o que sempre mereceu”, dispara a falsa boazinha. Capítulo perfeito!


Tieta – Primeiro capítulo exibido no dia 14/08/1989




Inesquecível novela baseada no livro de Jorge Amado, “Tieta” arrebatou o público ao mostrar as deliciosas histórias criadas pelo grande autor baiano. De forma simples, mas interessante, os autores centralizaram o capítulo em Ascânio (Reginaldo Faria) e seu retorno a Santana do Agreste. Após muitos anos vivendo no Rio, ele está de volta e reencontra todos os amigos que deixara para trás. Seria óbvio iniciar a novela justamente com a protagonista-título, porém o reencontro de Ascânio com os amigos serviu para que eles contassem o que aconteceu com aquela “cabritinha apetitosa”. Entra o flashback mostrando os assanhamentos de Tieta envolta com os homens da cidade. Assim, o público já reconhece que sua irmã, Perpétua, é a grande invejosa da história. É ela a responsável pelo flagrante que o velho Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos) dá em Tieta, no momento de prazer com Lucas (Herson Capri). Quem não se lembra do “ypsilone duplo”? Diante dos moradores da cidade, Zé Esteves dá uma surra na filha e a expulsa da cidade. Ela jura que voltará para se vingar. A ação volta aos dias atuais e com a morte do pai, Ascânio decide ficar de vez na cidade. Ele volta para o Rio e se casa com Helena (Françoise Fourton), que opõe radicalmente à mudança. O capítulo termina em Helena desesperada com a nova vida que Santana do Agreste lhe reservará dali em diante. 


Fera Ferida – Primeiro capítulo exibido no dia 15/11/1993



Vingança, tema recorrente em muitas histórias, também era o pilar principal desta trama baseada em histórias de Lima Barreto e escrita pelo trio Aguinaldo Silva, Ana Maria Morethzon e Ricardo Linhares. Este primeiro capítulo, forte e conciso, iniciava com Raimundo Flamel (Edson Celulari) a caminho de Tubiacanga, sua cidade natal, de onde teve que fugir quando ainda era criança. Gusmão (Ewerton de Castro), seu fiel escudeiro, ouve a sua triste história e entra flashback, revelando a saga do rapaz. Seu pai, Feliciano Mota da Costa (Tarcisio Meira), o prefeito, acredita que a cidade possui minas de ouro e tendo o apoio dos companheiros poderosos, entre eles o Major Emiliano Bentes (Lima Duarte), revela uma grande pepita de ouro para a população que fica alvoroçada com o achado. Logo, ele convence o povo a entregar suas economias para a construção de uma mineradora em Tubiacanga. No entanto, a cidade é invadida por garimpeiros que souberam da notícia e quando Feliciano volta da capital com o dinheiro do povo convertido em dólares, todos descobrem que a pepita era falsa. Clímax. Feliciano é perseguido pelo povo e para piorar, o dinheiro some misteriosamente. Além de mentiroso, todos o chamam de ladrão. Encurralado, ele foge com a esposa e o filho numa canoa, mas é atingido por um pistoleiro. Sua esposa também morre e Feliciano Júnior enterra os pais. Ele jura se vingar de todos. Quase ao final do capítulo, a ação volta para a atualidade e Raimundo Flamel faz mistério de seu retorno à cidade para curiosidade dos poderosos que foram responsáveis pela derrocada de sua família.  


Corpo a Corpo – Primeiro capítulo exibido no dia 26/11/1984

A novela que contava a história da mulher ambiciosa que faz pacto com o diabo para ascender profissionalmente, teve um primeiro capítulo excelente e muito bem amarrado. Em um tom bastante ágil, conhecemos os personagens principais, entre eles, Eloá (Débora Duarte) que trabalha na Fraga Dantas como engenheira e tem aspirações maiores que o marido Osmar (Antonio Fagundes). Por não ter sido escolhida para ir ao Japão, inconscientemente, ela deseja a morte de todos da família e no mesmo dia, descobre que a esposa de Alfredo Fraga Dantas (Hugo Carvana) morreu. Uma sequência de tirar o fôlego é a enchente em Santa Catarina, fato que levará Rafael (Lauro Corona), sua mãe e sua noiva ao Rio. A discreta aparição de Tereza (Glória Menezes) revela que há algum mistério ao redor daquela mulher, que, de forma suspeita, aborda Bia (Malu Mader) após o término da missa de sétimo dia de sua mãe. Quando Cláudio (Marcos Paulo) sofre um espancamento, é Tereza a escolhida para cuidar dele. O capítulo termina com Eloá em uma festa conhecendo o suposto diabo – entrecho que vai permear toda novela.


Vereda Tropical – Primeiro capítulo exibido no dia 23/07/1984


Sem dúvida, a minha novela das sete preferida tinha que entrar nessa lista. Anárquico e movimentado, o capítulo de estreia da primeira novela de Carlos Lombardi com supervisão de Silvio de Abreu, teve todos os bons ingredientes para torná-lo memorável. Cenas rápidas e divertidas deram o tom que seria característica principal do folhetim. A novela começa no ano de 1976, em Belém do Pará, onde mora Silvana (Lucélia Santos), uma simples operária que se apaixona por Vitor (Lauro Corona), rapaz rebelde, filho do poderoso Oliva (Walmor Chagas). Como Vitor gosta de se sentir livre, ele foge enquanto Silvana dá à luz na beira do cais. Nesse momento, uma bonita sonoplastia de Ave Maria sobrepõe aos berros da mocinha (esse recurso foi utilizado porque os censores não gostaram de ouvir os gritos de Silvana. Os autores, então, prometeram inserir a música para que a cena não fosse cortada). Desde então, Silvana vive fugindo do sogro e em 1984 ela está em João Pessoa onde mora com a avó e o filho, Zeca (Jonas Torres). Conhecemos o atrapalhado Oliva e suas três filhas, entre elas, a ambiciosa Catarina (Marieta Severo) e Verônica (Maria Zilda), femme fatale, que está na Espanha aproveitando a vida e, de quebra, seduzindo os homens. Uma das melhores cenas é quando ela provoca uma briga no cassino e consegue se livrar, linda e poderosa, do local. Claro, o capítulo, também, apresenta Luca (Mario Gomes), o jogador de futebol correndo atrás da sorte e se metendo em muitas confusões, principalmente com a feiosa Clô (Regina Casé), filha do diretor do time, que descobre o romance e coloca os capangas para pegá-lo. Ligando todos os núcleos, está a Vila dos Prazeres onde a fábrica de perfumes CPP, de propriedade de Oliva, e a cantina italiana La Tavola de Michele, comandada por Bina (Georgia Gomide), a mãe de Luca, estão instaladas. Oliva consegue raptar o neto e o leva para São Paulo. Em ritmo de muita ação, o capítulo fecha com Luca se livrando dos capangas.


Vale Tudo – Primeiro capítulo exibido no dia 16/05/1988


Gilberto Braga é mestre em excelentes primeiros capítulos. Ele sabe, como ninguém, mexer com todos os recursos folhetinescos para fisgar o telespectador já no início de suas narrativas.  Nessa célebre novela, o capítulo número um não seria diferente. Poucos personagens foram apresentados nesse início. Basicamente, o capítulo mostra Raquel (Regina Duarte) começando uma nova vida ao lado da filha em Foz do Iguaçu, após uma separação traumática. Anos depois, Maria de Fátima (Glória Pires), sua filha, é uma jovem ambiciosa, cansada da vida modesta e com vergonha da mãe que trabalha como guia turística. Sonhando com o Rio de Janeiro, ela conhece o modelo César Ribeiro (Carlos Alberto Ricceli) e vê nele a chance para sair daquela vida. Na base das artimanhas, Maria de Fátima consegue fazer figuração para uma sessão de foto e descobre que César precisa de alguém que arrume um jeito para passar uns produtos pela alfândega. É assim, que entra em pauta um importante debate sobre corrupção que dará o tom à novela inteira. Salvador (Sebastião Vasconcelos) morre e deixa a casa como herança para a neta. Nos minutos finais, Raquel descobre que a filha vendeu o imóvel e levou todo o dinheiro. Um capítulo simples, mas deliciosamente bem amarrado. 


A Gata Comeu – Primeiro capítulo exibido no dia 15/04/1985




Simplesmente Ivani Ribeiro. E isso já diz muito. Ivani, uma das maiores novelistas da televisão brasileira, prezava pela simplicidade e por isso mesmo arrasava. E A Gata Comeu é um clássico do horário das 18 horas. O capítulo começava enquadrando o Pão de Açúcar, localizado na Urca, bairro que centraliza a ação da novela. O professor Fábio (Nuno Leal Maia), em sala de aula, cita o nome de todos os alunos que irão participar de uma excursão com a lancha emprestada pelo importante empresário, Horácio Penteado (Mauro Mendonça). É quando entra em cena, a linda Jô Penteado (Cristiane Torloni) – ao som de “Só Pra o Vento”, música do Ritchie - moça mimada que, por ironia do destino, sugere ao noivo um passeio na mesma lancha no próximo feriado. Nesse ínterim, o impagável casal Gugu (Claudio Correia e Castro) e Tetê (Marilu Bueno) aparece e já arrancam risadas dos telespectadores. Tipos adoráveis que viviam às turras, eles são convidados a participarem da mesma excursão e soltam um “Topo, Gugu!” que adotei pra minha vida. Depois, descobrimos que Paula (Fátima Freire), a noiva de Fábio, trabalha na agência de turismo que pertence a Horácio. Está amarrada a teia. Após uma discussão com Jô, ela é demitida, mas tem a chance de participar da excursão como convidada do noivo. Jô, que se tornou a sua arquiinimiga, a barra na entrada do cais causando tremenda confusão. É nesse momento que Fábio e Jô se conhecem e a antipatia é recíproca. O capítulo termina com o motor da lancha explodindo em alto mar, gancho para os próximos capítulos, quando essa turma ficaria perdida durante muitos capítulos em uma ilha deserta. 

Louco Amor – Primeiro capítulo exibido no dia 11/04/1983

Em uma narrativa bastante ousada para a época (e incrivelmente inovadora, até, para os dias de hoje), Gilberto Braga utilizou o recurso do “flashback dentro do flashback”, fazendo deste, um dos melhores primeiros capítulos já exibidos (em minha opinião, claro). Já em tom de flashback, a trama começa durante a festa de 17 anos de Patrícia (Bruna Lombardi). Ali está o mocinho, Luiz Carlos (Fábio Junior), apaixonado pela aniversariante, mas obrigado pela madrasta da moça a servir os convidados. A partir daí, ele relembra os primeiros momentos de sua chegada à mansão de Edgar Dumont (José Lewgoy), quando ainda era criança, passando para a descoberta do amor até chegar ao primeiro clímax quando a malvada Renata (Teresa Rachel), totalmente contra o relacionamento, pega o casal em flagrante. A ação volta para festa. Luiz Carlos, humilhado, solta os cachorros em Renata e nos convidados. Esta é, em minha opinião, uma das melhores cenas da teledramaturgia brasileira. Impressionante. É esse fato que o separará de Patrícia. Fim do epílogo. Nos “dias atuais”, o mocinho trabalha numa sapataria, vive longe da mãe e está prestes a se formar em jornalismo. Também conhecemos Claudia (Glória Pires), colega de classe de Luiz Carlos. Ela tem uma difícil relação com o Alfredo (Fernando Torres), seu pai, que sensibilizado com a situação de Luiz, o convida para dividir um quarto. Após seis anos longe do Brasil, Patrícia retorna ao Brasil e Luiz Carlos invade a mansão, descobrindo que ela teve um filho.


O Astro – primeiro capítulo exibido no dia 12/07/2011




A ganhadora do Emmy de melhor telenovela em 2012 também teve um capítulo de estréia exemplar. Nessa versão baseada no antigo texto de Janete Clair (Ave Janete!), e escrita por nosso amigo Alcides Nogueira, o Tide, e Geraldo Carneiro, muitas cenas de ação e a apresentação corretíssima de todos os personagens, sobretudo do protagonista Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi). As primeiras cenas, em flashback, o mostram em apuros na pequena cidade de Bom Jesus. Após dar um golpe nos fieis da igreja, Herculano descobre que fora enganado pelo seu companheiro, Neco (Humberto Martins). Sozinho, ele é perseguido por todos. Impressiona a ferocidade dos populares. Muitos takes espetaculares dessa fuga e de repente, a única solução é entrar na delegacia e pedir ajuda. Na cadeia, ele conhece Ferragus (Francisco Cuoco), um homem misterioso, misto de mágico e bruxo, que se torna o seu mentor. Aos poucos Herculano aprende todas as técnicas com ele e após uma passagem de tempo, está livre. Agora ele se tornou o Professor Astro e faz sucesso com shows de ilusionismo na casa de espetáculos Kosmos. É lá que Amanda (Carolina Ferraz), procurando se distrair, o conhece e apesar de negar, fica impressionada com seu desempenho. Conhecemos Marcio Hayalla (Thiago Fragoso) tocando seu flugelhorn pelo metrô e encantado pela beleza de Lili (Aline Moraes). É no universo dessa mocinha que encontramos Neco, o mesmo mau caráter que enganou Herculano no passado e agora está casado com a sua irmã. O empresário Salomão Hayalla (Daniel Filho) está inaugurando um novo supermercado ao lado de sua família, incluindo a esposa Clô (Regina Duarte) e seus irmãos ambiciosos. É quando Márcio surge liderando uma multidão de pessoas pobres que adentram o supermercado numa fúria avassaladora. Salomão fica irado e desconta a sua raiva na esposa. Porém, o maior clímax desse irresistível capítulo acontece no final, quando Marcio fica nu diante de todos os convidados na festa preparada por sua mãe na mansão dos Hayalla. Escândalo!  


Belíssima - Primeiro capítulo exibido no dia 07/11/2005



A primeira cena dessa novela já me chamou a atenção: uma linda modelo no topo de um prédio segurando a bandeira de São Paulo. Tudo não passava de uma ousada e polêmica campanha de marketing pelos principais pontos da grande Sampa para comemorar o jubileu da Belíssima. A ação chamou a atenção da mídia e de grupos de protesto contrários com as “performances indecentes” das modelos praticamente desnudas. O mais interessante foi apresentar os personagens conforme uma sequencia da campanha rolava em locações diferentes. E para dar um charme, um jornalista em off explicava o que estava acontecendo. Conhecemos a protagonista Julia Assunção (Glória Pires) contrária à campanha idealizada por sua avó, Bia Falcão (Fernanda Montenegro). O noticiário na televisão, explicando a confusão pelas ruas de São Paulo, serviu para apresentar os personagens mais a fundo, inclusive com a apresentação do núcleo de Katina (Irene Ravache). Capítulo seguindo e vimos o misterioso André (Marcelo Antony) cruzar o caminho de Cemil (Leopoldo Pacheco). E algumas cenas depois, a trama vai para a Grécia onde Vitória (Claudia Abreu) e Pedro (Henri Castelli) vivem felizes com a filha, longe dos despautérios de Bia, a tirana que fora contra o relacionamento. Eles estão de casamento marcado e temem pela aproximação da vilã. Julia descobre que a avó tem planos para destruir a cerimônia e vai para a Grécia antes. O capítulo termina com Bia Falcão chegando e ficando frente a frente com a neta disposta a tudo para impedir qualquer plano que ela tenha em mente para acabar com a felicidade dos noivos. Um capítulo forte, criativo e com tramas muito bem desenvolvidas.


O Salvador da Pátria – Primeiro capítulo exibido no dia 09/01/1989

Uma das minhas novelas preferidas também teve um primeiro capítulo excelente. Lauro César Muniz e Alcides Nogueira souberam amarrar os núcleos e desenvolvê-los com cuidado de nos apresentar todos os personagens e tramas principais. Primeiro take de um sol nascendo sobre a plantação de laranja e surge o icônico Sassá Mutema (Lima Duarte) acordando e indo para o trabalho com Off do locutor Juca Pirama (Luiz Gustavo) dando bom dia para os trabalhadores do campo em seu programa “Meninos eu vi!”. Em seguida, a linda Clotilde (Maitê Proença) está perdida pelas estradas a caminho de Tangará e encontra o engenheiro Paulo (saudoso Marcos Paulo) que decide ajudá-la. Ele é o elo para o núcleo da empresária Marina Cintra (Betty Faria) e suas filhas. Enquanto isso, em sua rádio, Juca Pirama brada sobre as mazelas políticas da cidade e os outros núcleos são apresentados. Na escola, Clotilde se apresenta aos alunos e é nesse momento que nós, telespectadores, somos brindados com a apresentação de Sassá, esse lindo personagem que conta toda a sua trajetória de vida. Ele é convocado para arrumar o jardim da casa do patrão, o deputado Severo Blanco (Francisco Cuoco), que descobrimos ser a principal vítima dos comentários de Juca. Ele é casado, mas mantém um caso amoroso com a ninfetinha, Marlene (Tássia Camargo). O radialista explora o caso e sob as ameaças do pai da moça, Severo é instruído pela própria esposa a encontrar um marido para a amante. Depois de uma tentativa frustrada, Gilda (Suzana Vieira) tem a mirabolante ideia de mandar justamente o ingênuo Sassá para a fazenda.


Cordel Encantado – primeiro capítulo exibido no dia 11/04/2011


Cinema perde! Assim defino o primeiro capítulo desse grande sucesso escrito pela dupla Thelma Guedes e Duca Rachid. Junção perfeita dos elementos do cangaço e dos contos de fada, “Cordel Encantado” começou, literalmente, já trazendo fogo para a telinha. Um cometa corta o céu e cai no sertão nordestino na visão do profeta Miguezin (Matheus Nachtergaele). Do chão, brota a flor de açucena, “a certeza de um novo tempo que o rei vai trazer”. Imediatamente somos remetidos para o distante reino de Seráfia do Norte, onde o Rei Augusto (Carmo Dalla Vechia) relata sobre essa mesma visão que tivera na noite anterior. Amadeus (Zé Celso Martinez) revela que ele fará uma viagem ao Brasil. Logo, o rei é informado que o exército de Seráfia do Sul está invadindo o palácio sob o comando do Rei Teobaldo (Thiago Lacerda). Em seguida, takes espetaculares de uma guerra entre os dois reinos. Definitivamente, uma sequência fantástica que não deixa nada a dever para o cinema americano. Nesse mesmo momento, a Rainha Cristina (Aline Morais) dá a luz a uma menina que recebe o nome de Princesa Aurora. Seráfia do Norte vence a batalha e Teobaldo morre após assinar um acordo que prevê o casamento entre seu filho Felipe e a princesa para a união dos dois reinos. A Duquesa Ursula (Débora Bloch), a grande vilã também é apresentada demonstrando muita inveja de Cristina. Após descobrirem que há um tesouro perdido no nordeste brasileiro, eles decidem embarcar e são alertados para os perigos do sertão, sobretudo pelo ataque dos cangaceiros.  Esse é o mote para ligar ao drama do Capitão Herculano (Domingos Montaigner), o cangaceiro, rei do sertão que deixa o filho Jesuíno aos cuidados do Coronel Januário (Reginaldo Faria). A comitiva de Seráfia chega a Brogodó e é atacada pelos cangaceiros. A Rainha Cristina sofre um atentado em armadilha engendrada pela Duquesa Úrsula e deixa a filha aos cuidados do casal de sertanejos, Virtuosa (Ana Cecília Costa) e Euzébio (Enrique Diaz). O tempo passa e Açucena (Bianca Bin) é uma linda jovem apaixonada por Jesuíno (Cauã Raymond). Augusto sofre pelo desaparecimento da filha, enquanto a duquesa comemora o fato de sua filha estar de casamento marcado com o Príncipe Felipe (Jaime Matarazzo). No Brasil, Zenóbio (Guilherme Fontes) encontra uma medalha de Santa Eudóxia e acredita que a princesa está viva. Ele interrompe o casamento para dar a grande notícia para o rei. O capítulo termina com o profeta Miguezin discursando como um louco que o rei chegará. Perfeito!

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Wesley Vieira é um dos blogueiros convidados mais frequentes do melão. Não por acaso, é considerado o Editor-Chefe da Sucursal Minas deste blog.
Jornalista, roteirista, noveleiro, blogueiro, dramaturgo, escritor... esse moço vai longe!




Chegou a sua vez! Melão quer saber: quais seus primeiros capítulos de novela inesquecíveis?

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sábado, 24 de novembro de 2012

Melão entrevista NORMA BLUM: “o ator deve se apaixonar perdidamente por seu personagem”



 Ela, humildemente, recusa o título de grande dama, mas poucas atrizes possuem uma carreira tão rica, tanto no teatro quanto na televisão, veículo em que participou desde os primórdios. Norma Blum ainda hoje é bastante lembrada por suas mocinhas das novelas de época dos anos 70 como a Aurélia de “Senhora” ou a Malvina de “Escrava Isaura”, papel que até hoje lhe rende reconhecimento popular. Mas já provou que seu talento e versatilidade estão a serviço de qualquer personagem, como a cultuadíssima vilã Frau Herta de “Ciranda de Pedra” ou a mãe sofredora Walkíria de “Anos Rebeldes”. Nessa deliciosa entrevista, Norma faz um passeio por toda a sua carreira, revela o desejo de viver uma vilã cômica e se mostra uma noveleira de primeira, antenada com os mais recentes sucessos de nossa teledramaturgia. Norma foi uma das atrizes biografadas no livro “As grandes damas e o teatro brasileiro”, de Rogéria Gomes e, na companhia da autora, tem viajado a muitas cidades para tardes e noites de autógrafo. Além disso, já marcou sua volta às telas de cinema em 2013, gravando uma participação em um filme esse ano. Com muito orgulho e muita alegria, melão estende o tapete vermelho pra essa grande dama em todos os sentidos: Norma Blum.


Você faz parte da história da tv participando praticamente desde o início ainda criança e também fez parte do elenco da primeira novela diária da Rede Globo, “Ilusões Perdidas” (1965). Além das enormes diferenças tecnológicas, que mudanças considera significativas da televisão do início para a televisão de agora?
Norma Blum - No início era tudo improvisado. Estavam todos aprendendo a fazer tevê ao vivo. Não existia o videoteipe e a adrenalina estava sempre a mil. Parecia teatro ao vivo transmitido pela tevê. Aconteciam erros, pequenos acidentes imprevisíveis e, claro, a tevê era em preto e branco. Apesar das limitações tecnológicas como estúdios, equipamentos, produção, grandes programas foram gerados. No Rio de Janeiro foram doze anos de pioneirismo até a chegada da tecnologia de gravação em fita. Hoje contamos com o HD, a alta definição da imagem a cores e inúmeras mídias repetidoras, trucagens e malabarismos na edição, além da possibilidade do registro para a memória já que tudo é gravado e arquivado para as futuras gerações.

Norma em cena de "Senhora" (1975) ao lado de Claudio Marzo

Mesmo atuando em muitas tramas contemporâneas, suas personagens em novelas de época são muito marcantes. Tem especial predileção por esse tipo de papel e que lembranças você tem das antigas novelas das seis dos anos 70 como “Senhora” e “Vejo a lua no céu”?
Norma Blum - Adoro fazer época, os figurinos, os cenários e o tratamento cinematográfico da fotografia recriam épocas diferentes, vide “Lado a Lado”, que nos remete ao início do século passado e usa o recurso de transformar fotos antigas em cenário. E o que dizer da deliciosa “Cordel Encantado” que misturou época com atualidade? Para os atores, há o desafio no gestual e no emprego da linguagem como em Escrava Isaura e principalmente em Senhora de José de Alencar, ambas adaptadas genialmente por Gilberto Braga. Em “Senhora” todo o tratamento era na segunda pessoa do singular e do plural. Um primor e um banho de cultura. Geralmente são personagens densos e situações arquetípicas que favorecem a interpretação.

Uma das cenas mais marcantes e comentadas em nossa teledramaturgia até hoje foi a da morte de sua personagem Malvina em “Escrava Isaura” (1976). Como foi a repercussão na época? Até hoje você é lembrada pela novela e por essa personagem?
Norma Blum - Até hoje sou parada em lugares públicos porque as pessoas se lembram de Malvina, Leôncio (Rubens de Falco) e de Isaura (Lucélia Santos). Na época, havia uma bolsa de apostas entre muitos espectadores que garantiam que Malvina e Tobias (Roberto Pirillo) teriam escapado do incêndio e retornariam ao final da novela.

Rubens de Falco e Norma Blum em "A Escrava Isaura" (1976)

A terrível governanta Frau Herta de “Ciranda de Pedra” (1981), brilhantemente interpretada por você, entrou para a galeria das vilãs memoráveis de nossa tv. Como foi viver essa personagem? Sente vontade de interpretar outras vilãs?

 Norma Blum - Ao ser convidada por Herval Rossano para essa novela, num primeiro momento rejeitei o personagem emocionalmente. Minha família fugiu dos nazistas na Segunda Guerra. Senti que, para a atriz, interpretar uma nazista fanática seria um grande desafio. Na verdade o ator deve se apaixonar perdidamente por seu personagem. Então busquei alguns resquícios de humanidade nessa vilã e ela acabou sendo votada como um dos personagens favoritos da novela. Quando conseguimos imprimir muitos tons à vilã ou à mocinha o personagem adquire uma dimensão muito maior porque supera o maniqueísmo entre o Bem e o Mal. Adoro fazer vilãs. Gostaria novamente desse desafio. Mas gostaria de representar uma vilã que inicialmente pareceria um anjo de bondade para o espectador enquanto trama a destruição de outros. Isso é um personagem rico a ser explorado. Quando, durante os dez primeiros anos da TV Tupi, fazíamos pelo menos três tele-dramas por semana tive vários personagens onde pude exercer essa fascinante dualidade. Ajudada pelo fato de ser muito bonita na época e da carinha inocente. Em toda mocinha também consegui colocar umas pitadas de diabinho. Achava as simplesmente “ingênuas” muito chatas. Então vamos acrescentar mais uns tons à sua humanidade, certo? Foi um exercício constante no aprendizado da atriz.

Você esteve no elenco da clássica minissérie “Anos Rebeldes” no papel de Walkiria, mãe do militante João (Cassio Gabus Mendes) e protagonizou cenas emocionantes quando ele foi perseguido pelos militares. Você sofreu algum tipo de repressão durante os anos de chumbo? Usou alguma experiência vivida nessa época para compor a personagem?
Norma Blum - Com certeza, apesar de Walkíria pertencer a uma família conservadora. Pessoalmente participei muito do movimento contra a censura assim como inúmeros colegas e todos nós sofremos repressão. Nos laboratórios para as gravações os atores veteranos puderam compartilhar com os jovens atores do seriado a experiência que foi a luta contra a ditadura. Foi muito enriquecedor e uma grande sacada do diretor Dennis Carvalho.

Norma Blum e Denise del Vecchio em "Anos Rebeldes" (1992)
Pergunta do leitor Rodrigo Ferraz: Você esteve no elenco das novelas “Floribella”, “Malhação” e atualmente está em “Carrossel”. Como foi trabalhar com artistas jovens e crianças? E o que você acha de obras feitas especialmente pra esse publico infanto-juvenil?
Norma Blum - Sempre trabalhei com e para crianças e adolescentes. Durante os primeiros dez anos de carreira pisei nos palcos em inúmeros espetáculos infantis. Participei de programas infantis na tevê e durante seis anos fui princesa e/ou mocinha do Teatrinho Trol, dirigido por Fábio Sabag. Era transmitido nos domingos das 14 às 15 horas e a praia do Rio de Janeiro esvaziava porque todos corriam para assistir. Depois das 15h a praia voltava a encher. Foi considerado o primeiro fenômeno de massa associado à televisão no Brasil, isso na década de cinquenta, devido ao enorme sucesso do programa. Depois, em 1975, com direção de Geraldo Casé, inauguramos o horário infantil das 17h na TV Globo com a minissérie “Pluft, o Fantasminha” em vinte capítulos. Fiz a menina Maribel. O horário foi depois ocupado pelo “Sítio do Pica Pau Amarelo”.

Recentemente você fez uma participação no episódio “A culpada de BH” da série “As Brasileiras” interpretando uma personagem cômica, mostrando uma faceta ainda pouco conhecida do grande público. Você se sente à vontade fazendo comédia? Gostaria de fazer com mais frequência?
Norma Blum - Adoro comédia embora me considerem mais uma atriz dramática em virtude dos papéis que fiz nas novelas. Assim como uma vilã adoraria fazer papéis cômicos. Ah, porque não uma vilã cômica? Esse foi o personagem que gravei recentemente em “Carrossel” numa participação de seis capítulos. Divertido.

Norma Blum, ao centro, em recente participação em "As Brasileiras" (2012)
Você acredita que a oferta de bons papéis diminui para os veteranos e por quê?
Norma Blum - Não. Basta ver Eva Todor, Laura Cardoso, Juca de Oliveira e Luiz Gustavo na ativa além de muitos outros. Os bons papéis por enquanto só andaram diminuindo para mim. Ah, lástima! E eu que adoro tanto trabalhar!

Você é uma das atrizes biografadas no livro “As Grandes Damas e um perfil do teatro brasileiro” de Rogéria Gomes e vai viajar com a autora dando palestras por várias cidades. Como foi convidada para o projeto e que tal ser considerada uma grande dama?
Norma Blum - Nunca me considerei uma dama de nada a não ser da paciência e da boa educação. Foi uma surpresa quando recebi o convite para dar meu depoimento para Rogéria. Depois da surpresa uma honra de estar reunida a colegas maravilhosas.

Você é noveleira? Quais as novelas e personagens favoritos da Norma telespectadora?
Norma Blum - Recentemente “Cordel Encantado”, “Amor Eterno Amor” e o remake de “Tititi”. Cláudia Raia em “Tititi” e Cláudia Abreu como Chayenne. Muito boa. Destaque para o Crô de “Fina Estampa”. Hilário e impagável.

Tem algum projeto em cinema, teatro ou televisão para 2013?
Norma Blum - Meu projeto é trabalhar muito em 2013. Este mês gravei minha participação no média-metragem “Entre Dois Amores”, direção de Bruno Saglia. Adorei voltar ao cinema apesar de não ser um longa. Adoro a linguagem cinematográfica e gostaria muito de voltar a fazer mais cinema. E também aguardo ansiosa um convite para minissérie ou novela.


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Norma, querida, muitíssimo obrigado por conceder essa entrevista. Saiba que é uma honra para mim e uma grande alegria para os leitores do melão poder conhecer um pouco mais a seu respeito e de sua brilhante carreira. Desejo ainda mais sucesso e que um dia possamos trabalhar juntos. Beijo carinhoso!

Agradecimento: Marcelo Rissato
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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Blogueiro convidado: Rodrigo Ferraz celebra a vitória d'O Astro no Emmy Internacional



Melão hoje está em festa e não consegue disfarçar. “O astro” foi, simplesmente, o vencedor do Emmy Internacional na categoria “telenovela”. Mal tinha me recuperado quando, na calada da noite, meu amigo Rodrigo Ferraz me manda esse texto para ser publicado no melão. Emocionado, deixo a modéstia de lado e publico, dedicando a todos os meus amigos, ao próprio Rodrigo e ao meu querido Tide, que sempre terá meu amor, minha amizade e minha gratidão. E viva a pedra ametista! Que ela continue brilhando mundo afora.

Vivas Infinitos para o Astro e para a Amizade!

Por Rodrigo Ferraz


Segundo o dicionário...
Amizade: Sentimento de quem é amigo, amor, dedicação, benevolência.
Astro: Qualquer corpo celeste, que tem marcha regular. Pessoa ilustre.
“O Astro” ganhou o premio de melhor telenovela de 2011 pelo Emmy. E como eu tenho orgulho disso... querem saber o porquê?

É simples...  Vitor já é meu amigo há uns seis anos e recentemente começamos parceria numa peça em que o texto é dele e a direção é minha. Em breve, se você não sabe, você saberá “O Que Terá Acontecido A Nayara Gloria?”.  Então, fim de 2008. Depois de um árduo e lindo trabalho em “Ciranda de Pedra”, Alcides Nogueira deu uma palestra no CCBB do Rio de Janeiro, em que o dono do Melão, Vitor de Oliveira, estava presente.  Vitor chegou no dramaturgo, conhecido por muitos pelo gentleman que é, comentando dos amigos em comum que tinham, no caso, era o querido Wesley Vieira e eu. Tide, como é conhecido e já é simpático por natureza, o tratou como amigo de infância...

Vitor de Oliveira e Alcides Nogueira
E dessa amizade nasceu uma bela parceria de trabalho. E já na primeira parceria uma grande vitória: “O Astro”, novela de grande sucesso de Janete Clair que ganhou uma nova adaptação pelas  mãos de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro. Vitor foi um dos colaboradores, ao lado de Tarcísio Lara Puiati, seu companheiro de oficina de autores. Incrível como os astros conspiram a favor... 

Coletiva de imprensa da novela em junho de 2011

O projeto fora idealizado por Roberto Talma, inaugurando um novo horário de novelas: o das 23h, destinado a releituras de grandes clássicos. Hoje em dia, o horário já está solidificado, tanto que ano que vem veremos uma nova versão de “Saramandaia” pelas mãos do competentíssimo Ricardo Linhares!




E “O Astro” nasceu, regido sob o signo de Virgem, guiado pela pedra Ametista e com Santa Janete olhando por todos... Teve no elenco: Rodrigo Lombardi inspirado, viveu meu personagem favorito na sua carreira na TV; Carolina Ferraz e Fernanda Rodrigues esbanjando glamour e talento (Fernandinha, inclusive, mostrou pela primeira vez que era Fernanda, mulher e talentosérrima); Thiago Fragoso, primoroso arrasou; Alinne Moraes linda e com uma Lili impactante; Regina Duarte depois de muito tempo com um papel a altura; Marco Ricca feroz e agressivo na pele de Samir, um vilão como poucas vezes eu vi; Rosamaria Murtinho soberba; Daniel Filho voltando a atuar depois de muito tempo. Também destaco João Baldesserini, Frank Menezes, Bel Kutner, Carolina Kasting, Juliana Paes, Rafael Primot e Francisco Cuoco, o “astro” original, ganhando um papel-homenagem a primeira versão...


Tudo era muito exagerado, mas a direção acertou o ponto.  Eu, como descendente de árabes como os Hayalla afirmo: a “brimaiada” é over, sim (risos). Mas a novela foi no tom certo. Com uma assinatura marcante na direção, Mauro Mendonça Filho mostrou como é eclético mais uma vez, como em “Dona Flor e seus dois maridos”, “Força de um Desejo” e “Toma lá da Cá.



E voltando ao texto, eu não vi a versão original, mas eu amei a segunda versão. Se foi fiel eu não sei... E talvez tenha sido melhor assim! Quando uma novela é boa, merece mais do que premio, merece audiência e essa foi super bem! Mas não bastasse tudo isso, ganhou o Emmy, o Oscar da televisão mundial... Enfim melhor eu tomar vergonha na cara e comprar meu DVD da novela logo... E que venham muitos e muitos trabalhos de Vitor, Alcides e todo mundo que esteve envolvido n’O Astro...

Time que foi representar "O astro" na cerimônia do Emmy



Rodrigo e eu
Rodrigo e Tide


RODRIGO FERRAZ é ator, diretor, produtor e noveleiro de carteirinha. Seus textos inspirados podem ser lidos no excelente blog “O cabide fala”, do também querido Fabio Dias. 



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