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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Blogueiro convidado: Aladim Miguel e a trilha sonora de “Cambalacho”



Desde semana passada, o “Novelão”, quadro do “Video Show” que vem fazendo muito sucesso entre os noveleiros de carteirinha, está exibindo a célebre “Cambalacho”, megassucesso de Sílvio de Abreu nos anos 80. A novela permanece como uma de minhas favoritas e o melão já publicou um texto sobre ela, que inclusive também faz parte da seleção  de textos para o livro, lançado em março desse ano.
Uma curiosidade é que a trilha sonora foi composta especialmente para a novela. Com isso, ajudou a contar a história a a revelar o perfil de alguns dos principais personagens da trama. Para comentar as canções, uma a uma, melão convocou novamente Aladim Miguel, o fã nº 0 de Lucélia Santos, noveleiro inveterado e especialista em tudo o que diz respeito aos anos 80. Portanto, preparem suas vitrolas e vamos relembrar todas as canções da trilha nacional de “Cambalacho”.


SEGUINDO A TRILHA: CAMBALACHO NACIONAL


 Palavra muito popular em 1986, quando a novela “Cambalacho” - um dos maiores sucessos audiência do grande Sílvio de Abreu para o horário das 7 – foi ao ar. Cambalacho significa: armação ou trambique, mas quase ninguém sabia da existência deste termo na época, porém depois de uma semana da novela no ar não saiu mais da boca do povão.
Vamos analisar a trilha sonora nacional – produção musical de Zé Rodrix - mais que original dessa novela que marcou demais a minha adolescência, quase furei o vinil, é isso ai mesmo, só existia em discos ou fita cassete Som Livre he he he... de tanto escutar, sabia todas as canções do inicio ao fim, essa semana com a volta de “Cambalacho” no novelão do “Vídeo Show”, editado pelo nosso amigo Raphael Machado, achei essa maravilhosa trilha sonora disponível para baixar na internet e pude me reencontrar com essas músicas inspiradíssimas. Agora siga a trilha de “Cambalacho” comigo e com o “Eu Prefiro Melão” – do querido amigo Vitor de Oliveira, que gentilmente cedeu esse espaço para esse post sobre uma de suas novelas preferidas.

PERIGOSA (Syndicatto) – O tema da perigosíssima Andréa Souza e Silva (um inesquecível desempenho de Natália do Valle), a música foi feita sob medida para as armações e vilanias dessa linda mulher, que como um trecho da música falava era a própria “elegância e ação, secreta ambição”. Matou o marido, seduziu cunhado, traiu a irmã e por ai foi...

Natália do Vale: diabólica como a vilã Andréa

Armando Eu Vou (Cida Moreira)  – Era o tema de ambientação para São Paulo, onde se desenvolvia toda a trama.  Os outdoors que mostravam as passagens do tempo eram o máximo, com um toque de placar de jogos de futebol diziam: “enquanto isso...” ou “amanheceu...” entre as cenas com essa música ao fundo. Foi também a trilha sonora do musical que encerrou a novela, com vários bailarinos vestidos com os figurinos de personagens da novela nas ruas de São Paulo. Ainda por cima música citava o nome da novela em sua letra: “Tô com ciúme de você. Cambalacho“. Um show!

Jerônimo (Germano Mathias) – A letra dessa malandra música é a própria narração da vida do armador Jerônimo Machado (o saudoso Gianfrancesco Guarnieri), o Gegê, o grande parceiro de Leonarda Furtado, a Naná - uma criação estupenda de Fernanda Montenegro - nos cambalachos.

Ótima dobradinha de Fernanda Montenegro e Giafrancesco Guarnieri
  
Parece Mais Não É (Carbono 14) – Essa música serviu de fundo para uma das maiores criações da telenovela brasileira, a inacreditável Albertina Pimenta ou Tina Pepper, como ela gostava de ser chamada (Regina Casé, que deitou e rolou com o grande personagem à altura de sua pegada de humor), uma espécie de clone paulista da cantora Tina Turner. A personagem odiava pobreza e detestava a vila em que morava, e os vizinhos, sabendo disso, viviam perturbando sua vida. Muito engraçada, a popular Tina roubou a cena geral e se tornou uma figura emblemática da trama, tanto que foi parar até no “Cassino do Chacrinha”!

Regina Casé e sua inesquecível Tina Pepper.
Estrela de Bastidor (Ângela Maria) – Responsável por momentos antológicos de humor na trama, a aspirante a cantora Lili Bolero (a saudosa Consuelo Leandro), matinha uma inveja eterna da “sapoti” Ângela Maria (responsável por seu tema na novela, aí está a grande sacada!), a quem acusava ser a culpada por sua carreira nunca ter “decolado”. Uma das cenas mais bacanas foi a reconciliação das duas cantando juntas essa música. Um show! Lili Bolero precisava brilhar, nem que seja para ela, como dizia a canção.

Consuelo Leandro: impagável como Lili Bolero

Vila Curiosa (Passoca) - Um dos núcleos mais populares foi o da Vila, onde os personagens pobres e mais divertidos da novela moravam. Toda semana tinha baixarias clássicas como vizinhos se pegando aos tapas na rua, discussões nas sacadas das janelas e outras situações inusitadas que o subúrbio produz.

Cambalacho (Walter Queiroz) – O que dizer dessa música? Simplesmente demais! Tinha uma sincronia perfeita com a abertura, que mostrava Fernanda Montenegro se passando por uma vidente com uma grande bola de cristal, afinal toda a concepção da abertura era produzida através de objetos redondos. O trecho da música “é tudo banana, olha eu acho que é tudo do mesmo cacho, é tudo farinha, olha eu acho que é tudo mesmo saco”, é sensacional e super atual!

Flavio Galvão era o ambicioso Athos
Filho da Cidade (Sergio Dias) – Athos (Flávio Galvão), o sobrinho mais canalha do Tio Biju (Emiliano Queiroz), foi o grande parceiro de Andréa Souza e Silva em suas trapaças. A canção falava que o personagem tinha esse comportamento por causa da sociedade injusta, o filho da cidade, era o que a cidade tinha feito dele, uma pessoa sem caráter e oportunista, um boneco nas mãos da vilã.

Só Eu Sei (Gillard) – Essa linda canção romântica serviu de pano de fundo para as incertezas da personagem Ana Machadão (Débora Bloch, uma gracinha de macacão sujo de graxa), uma menina que sofria preconceito pela sua profissão de mecânica, dai seu apelido. Era a grande inversão de profissões discutida pela novela, uma vez que ela se apaixona justamente por Tiago (Edson Celulari), que fazia balé e também sofria com esse tipo de preconceito.

A mecânica Ana Machadão e o baiularino Tiago (Edson Celulari): improvável romance
O Ganso Que Dança (Zona Sul) – Acompanhava as cenas de balé de Tiago (o excelente Edson Celulari). Nossa, como esse personagem aguentava barras duras, como ser rejeitado e deserdado pelo próprio pai, o milionário Antero Souza Filho (Mário Lago), por ser bailarino e não ser empresário como era o sonho do pai. A música também seguia o tom do preconceito “vai jogar bola amigo!” rs. rs. rs...

Jardins (A Voz do Brasil) – Outro cenário importantíssimo da novela era a academia e clinica de estética “Physical”, de propriedade da empresária e advogada Amanda (Susana Vieira, em um dos seus personagens mais simpáticos de sua carreira). Muito movimentado e frequentado por boa parte dos personagens da novela. Ganhou esse tema com um arranjo de solo de sax e um coral belíssimo. Super chique e estiloso como a academia, que tinha todas as cores vibrantes dos anos 80, só para se ter uma noção dos exageros, o uniforme dos funcionários era coral, uma cor super em alta nessa década.

Deus Nos Acuda (Fundo de Quintal) – Interpretado pelo Fundo de Quintal, um dos grupos mais tradicionais do samba carioca, o pagode de Naná e Gegê era uma delícia, e a sua letra mostrava a complicada relação entre um casal que brigava muito e mesmo assim não deixavam de ser parceiros, como em um grande jogo de futebol, assim também era a relação de companheirismo dos protagonistas da novela.

Rogério (Claudio Marzo) e Amanda (Susana Vieira): par romântico
Alguém Que Olhe Por Mim (Emílio Santiago) – Essa belíssima canção (uma versão de “Someone to watch over me”, clássico de George e Ira Gershwin) que teve a interpretação perfeita do grande Emílio, foi muito tocada na novela quando o advogado Rogério (Claudio Marzo), deu uma grande mancada em sua vida e se deixou envolver emocionalmente pela ardilosa cunhada Andréa e com isso jogou fora seu casamento estável de anos com Amanda. Arrependido e tentando a todo custo reconquistar a ex-mulher, depois de conhecer a verdadeira face de Andréa, ele sofreu muito ao som dessa canção, assim como Amanda. No final eles conseguiram se perdoar e reconstruir a relação de amor. Claudio, Susana e Natália formaram um triângulo amoroso familiar muito complicado, mas sensacional, graças ao talento do trio em cenas de tirar o fôlego.


“Cambalacho” esteve no ar de 10 de Março a 04 de Outubro de 1986, com 174 capítulos, na TV Globo. A direção ficou a cargo de Jorge Fernando.

Aladim Miguel
Setembro/ 2012.

Melão, eu e Aladim em dia de festa! 
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LEIA TAMBÉM: 

ARMANDO EU VOU, ARMANDO COM VOCÊ...





sábado, 7 de maio de 2011

Betty Faria: 70 anos de uma grande estrela



As várias facetas da atriz, homenageda pela comunidade do orkut "Queridões". Montagem de Duh Secco

Betty, querida! Que os próximos capítulos de sua vida sejam tão belos, ricos e plenos quanto os capítulos de sua vitoriosa carreira. O melão estende o tapete e lhe dá os parabéns pelos muitíssimos bem vividos anos de vida com um banner comemorativo que permanecerá por todo o mês de maio no blog e ilustra dois momentos ao lado dos grandes galãs de nossa teledramaturgia: “Cavalo de Aço”, com Tarcísio Meira; e “Pecado Capital”, com Francisco Cuoco.


Este domingo, dia 08 de maio de 2011, promete ser muito especial: além dos seus 70 anos e da comemoração do Dia das Mães, é o encerramento de sua vitoriosa temporada carioca do espetáculo "Shirley Valentine". A emoção não vai faltar no palco do CCBB. 


Sem mais palavras, segue agora um desfile de imagens e videos de sua carreira, relembrando grandes personagens como Lazinha, Lucinha, Joana, Marina, Tieta, Walkíria com votos de muito sucesso e Boa Sorte Sempre!



Banner comemorativo criado por Felipe Ribeiro


Em

Em "A próxima atração" (1970) e com Milton Moraes em "O espigão" (1974)
Lucinha, personagem clássica de "Pecado Capital" (1975)


                       





Momentos da atriz em "Água Viva" (1980) , "Baila Comigo" (1981), "O salvador da pátria" (1989), "Tieta"(1989/90)  e "A idade da loba"(1995)  


Duas Caras: duelo de Bárbara (Betty Faria) e Sílvia (Alinne Moraes):





Tieta se despede das dunas:




Betty Faria canta no Video Show:




Momentos da carreira (por Montenegro&Raman)




Betty Faria canta "Esses Moços" para seus fãs. Video de Anna Paulla Ferreira:






Amália de "Uma rosa com amor" (2010): seu trabalho em tv mais recente


Agradecimentos especiais a Felipe Ribeiro, por mais um belíssimo banner e Naira Freitas, pelo envio de algumas das fotos.





sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"Eta lelê"!!!!! A cabrita vence a enquete!



Mais uma vez agradeço a todos pela forte adesão à votação da enquete que elegeu o melhor bordão da novela "Tieta".



Em primeiro lugar, "Ete lelê!!!" repetido pela protagonista vivida por Betty Faria sempre que ficava supresa com alguma coisa. A curiosidade é que o mesmo bordão foi repetido anos depois por Ava Maria (Angela Vieira) em "Meu bem querer", de Ricardo Linhares. O bordão conseguiu 52% dos votos.






Com a medalha de prata e não menos marcante, temos o delicioso "Mistééééério", proferido sempre por Dona Milú (a inesquecível Miriam Pires). O bordão pegou tanto na novela que os demais personagens passaram a repetí-lo sempre com a mesma introdução: "como diz Dona Milú, "mistééééério"! Grande momento de Miriam Pires. A esta querida atriz, fica nossa homenagem! Obteve 35% dos votos.

Os demais, mas não menos marcantes bordões: "Nos trinques", do enrolado Timóteo (Paulo Betti) e "Upa lá lá" do saliente Modesto Pires (Armando Bogus), conseguiram 10% e 2% dos votos, respectivamente!

Até a próxima e viva Tieta!!!
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Não poderia deixar de mencionar a matéria do Video Show! Adorei!!!
Que maravilha ver Betty e Joana na telinha de novo! A torcida é grande para que voltem logo o mais rápido possível! Pra quem é fã da novela como eu, foi realmente emocionante!Adorei tb Betty dizendo que André tem um bundão gostoso...rs! Ao vivo não dá pra cortar...rs!


Enfim, foi uma reportagem maravilhosa. Nota 1000 para o Video Show, que soube dar o devido valor à novela, às atrizes e à memória da nossa TV!

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