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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Melão entrevista Rogéria Gomes: uma dama a serviço de grandes damas.




Rogéria Gomes é jornalista de formação e fã de teatro desde criancinha. Professora universitária, uniu suas duas paixões pela primeira vez ao levar os alunos ao teatro, fazendo com que eles conhecessem os atores e realizassem trabalhos sobre os espetáculos. Recentemente, ela uniu essas duas paixões mais uma vez ao lançar o livro “As grandes damas e um perfil do teatro brasileiro”, que narra a trajetória de nosso teatro através do depoimento de nove grandes damas de nossa dramaturgia: Bibi Ferreira, Eva Todor, Eva Wilma, Beatriz Lyra, Norma Blum, Laura Cardoso, Ruth de Souza, Nicette Bruno e Beatriz Segall, estrelas também sempre presentes em nossa televisão. Imperdível para quem aprecia o talento dessas grandes atrizes! Melão estende o tapete vermelho para essas grandes damas e reverencia Rogéria Gomes pelo incrível trabalho de preservação de nossa memória cultural. A autora concedeu uma deliciosa entrevista. Confiram!

Pra começar, fale um pouco de sua trajetória profissional e de que forma você uniu sua carreira com a paixão pelo teatro.
Rogéria Gomes - Escolhi ser jornalista como primeira opção mesmo. Desde pequena sempre gostei de escrever e minha brincadeira predileta era ser ‘professora’ das minhas bonecas e das avós. Era uma delicia! Acho que desde esta época fui gostando da ideia. Além disso, sou uma pessoa que gosto de gente, de conhecer pessoas, de observar fatos, uma característica bem peculiar do ramo jornalístico. Decidi-me pelo jornalismo cultural ainda na universidade, pois reafirmei o que sempre acreditei: sem memória não se constrói uma nação.
Quanto ao teatro, creio que devo à minha mãe, uma apreciadora e frequentadora assídua de teatro. Com ela assisti às primeiras peças infantis que até hoje povoam meu imaginário criativo. Daí pra frente nunca parei, sou uma boa plateia. É um grande prazer estar no teatro e ter a oportunidade de ver o mundo com os olhos da arte. Por esta paixão comecei a estudar e pesquisar o assunto.



Como surgiu a ideia do livro e como se deu a escolha das atrizes retratadas?
Rogéria Gomes - O livro surgiu por esta lamentável lacuna cultural que vivemos tão de perto em nosso país. Quando professora universitária percebia a total falta de informação de meus alunos na área cultural, em especial às artes cênicas. E eram alunos do curso de jornalismo, e muitos nunca haviam ido a um teatro, assistido a uma peça sequer. Isso me chamava a atenção de forma negativa. Com eles iniciei um processo pouco feito ate então, sugeria aulas a partir de peças teatrais. Íamos ao teatro, muitas vezes os atores conversam após os espetáculos com eles e depois eu solicitava um trabalho curricular.  Ao deixar a universidade fiquei com esta questão sempre latente. Assim surgiu a ideia de escrever um livro que guardasse a memória tão importante e rica do teatro brasileiro e que de alguma forma despertasse o interesse das pessoas pelo teatro.  As atrizes escolhidas vieram em decorrência da parte histórica do livro, pois todas fizeram parte da construção do teatro relatada nesta primeira parte.

Como foi o processo de escritura do livro? Você se encontrava periodicamente com as atrizes? Quanto tempo durou essa fase de entrevistas e coleta de informações?
Rogéria Gomes - O processo foi gratificante e prazeroso, tive a chance de conhecê-las ainda mais. Decidi por depoimentos individuais e os encontros não foram tantos, pois estas atrizes eu já havia entrevistado algumas vezes ao longo da profissão. Do inicio a conclusão levei em torno de um ano, excluindo a parte de pesquisa que já vinha acontecendo.

O que destacaria de cada uma das atrizes selecionadas? O que faz de cada uma delas uma grande dama?
Rogéria Gomes - Em todos percebi muita coisa comum, mas especialmente a dedicação, o aprimoramento profissional e a determinação. Sem contar a paixão pelo  oficio que exercem, exalam até no olhar.  São incansáveis nestes quesitos.  Essas virtudes aliadas ao talento pessoal as credenciam, sem dúvida, ao patamar das ‘grandes damas’ que são.

A autora com algumas das damas do livro: Eva Todor, Ruth de Souza, Norma Blum e Bibi Ferreira
  
Todas as atrizes do seu livro também possuem uma sólida carreira na televisão. Você contemplou também um pouco da carreira televisiva delas ou deu total ênfase ao trabalho nos palcos?
Rogéria Gomes - Procurei privilegiar as atuações cênicas onde todas começaram, e podemos dizer é a base mais sólida do ator, já que a proposta central do livro é contar a história do teatro no Brasil. Mas ao longo dos depoimentos falamos também dos importantes papeis que interpretam na tevê. Vale comentar que Bibi Ferreira é a única exceção, nunca fez televisão, apenas quando apresentou um programa de variedades  nos anos 60 na TV Excelsior com sucesso.

Pretende dar continuidade ao projeto com novos volumes contemplando outras grandes damas ou, até mesmo, ícones masculinos de nosso teatro?
Rogéria Gomes - Sim, já estamos em fase de negociação para dar continuidade ao projeto e contemplar também os atores, igualmente importantes e talentosos e algumas outras atrizes de mesmo porte. Ainda não temos previsão do lançamento, mas já estamos alinhavando. Ainda sou muito convidada a falar deste primeiro, que graças a Deus tem dado ótimos frutos, superando nossas expectativas.

Além de amante do teatro, você também é noveleira?  Na sua opinião, qual o papel da telenovela na vida do brasileiro?
Rogéria Gomes - Gosto de novela sim, em especial as que tratam de temais atuais e das chamadas de ‘época’ pela importância histórica. Não sou telespectadora assídua, mas sempre que posso assisto, em especial quando o tema me é relevante. Acredito que a telenovela influencia muito a sociedade em sua forma de pensar e agir, podendo mudar conceitos e opiniões, daí a importância do conteúdo que propõe. A tevê ainda é o veiculo de comunicação mais presente, está na vida cotidiana de todos nós e, portanto, deve estar atenta a cumprir o dever de informar e fazer pensar.

Foto: Marcelo Rissato

Agradecimentos: Marcelo Rissato
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LEIA TAMBÉM: 

Série Memória Afetiva: grandes damas da televisão


Entrevista: Nilson Xavier – enciclopédia televisiva.




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Melão Express: Rapidinhas, mas saborosas – ed. 19



Ø  EXCLUSIVO: NAYARA GLÓRIA ABALA OS PALCOS PAULISTANOS

As tresloucadas Luli Fuentes e Nayara Glória, vividas pelas excelentes Gisa Gonçalves e Maria Rocha. Foto: Marcelo Rissato

Meus queridos, o melão se ausentou por uns dias para se dedicar ao teatro. Mas, mesmo nos palcos, não deixou a televisão de lado, já que a protagonista de minha peça é a famosíssima Nayara Glória, atriz de imensos sucessos em nossas telenovelas! Quem nunca ouviu falar dela?

Ainda estou anestesiado com o grande sucesso de meu espetáculo “O que terá acontecido a Nayara Glória?”, escrito em coautoria com Carlos Fernando Barros e Fellipe Carauta e estrelado pelas talentosíssimas e brilhantes Gisa Gonçalves, no papel da modelo e apresentadora Luli Fuentes; e Maria Rocha, na pele do papel-título, Nayara Glória, atriz de antigas novelas e pornochanchadas que vê na participação do programa da estrela ascendente Luli uma oportunidade para voltar ao mundo dos holofotes.

Equipe quase completa

Sob a direção do queridão Rodrigo Ferraz (Dog para os íntimos e não-íntimos), o espetáculo, exibido nessa edição das Satyrianas, em São Paulo,  conseguiu arrancar risadas da plateia presente. Teatro completamente lotado, fila na porta e gente querendo ingressos. Depois desse sucesso, só me resta agradecer a todos os profissionais envolvidos e torcer para que a peça ganhe uma temporada em palcos paulistanos e cariocas e, quem sabe até, em minha cidade natal, Petrópolis.

Nayara Glória ressurgiu como um meteoro, mas avisa: “I’ll be back”!




Ø  LADO A LADO: AUTÊNTICO NOVELÃO



Com os finais de “Cheias de Charme”, “Avenida Brasil” e “Gabriela”, estamos passando por um período de ressaca nas novelas atuais, que vêm tendo uma audiência abaixo do esperado. Há vários fatores para isso (horário político, horário de verão, calor, etc), mas falta de qualidade, definitivamente, não é o caso de "Lado a Lado”, novela das seis dos estreantes João Ximenes Braga e Claudia Lage sob a supervisão de Gilberto Braga. A novela não tem o ritmo frenético de “Avenida Brasil”, nem a irreverência de “Cheias de Charme”, mas tem todos os ingredientes do autêntico folhetim como troca de bebês, intrigas que separam casais e personagens clássicos: heroína sofredora que dá uma grande virada, herói acima de qualquer suspeita que luta contra as injustiças sociais e uma vilã terrível, mas com traços de humanidade. Tudo isso com um delicioso pano de fundo: o Rio de Janeiro do início do século XX, um período pouquíssimo explorado em nossa teledramaturgia, mas com acontecimentos muito ricos, como o advento do futebol e do samba, a influência francesa na construção da Avenida Rio Branco, o fim dos cortiços, o processo de favelização e as Revoltas da Vacina e da Chibata. A novela está cada vez melhor e mais emocionante e merece uma audiência mais significativa. Vamos acompanhar.

Ø  NANDA COSTA: GRATA SURPRESA EM “SALVE JORGE”



Salve Jorge” já avança em suas primeiras semanas e já podemos identificar na novela vários traços das obras de Gloria Perez: caldeirão multicultural, cultura de um país exótico, gafieira, muitos personagens e uma mocinha com pegada bem popular. Desde a porta-bandeira Jussara (Betty Faria) de “Partido Alto” (1984), a autora tem criado mocinhas longe do ideal romântico de perfeição. E sua Morena, vivida por Nanda Costa, não foge à regra. Alguns temiam que a inexperiência da moça fosse prejudicar o desenvolvimento da personagem, mas isso, definitivamente, não está acontecendo. A primeira vez que reparei de verdade em Nanda foi no especial “Por toda a minha vida” em que ela viveu a lendária cantora Dolores Duran com ótima atuação. Em “Salve Jorge”, Nanda está muito bem como a jovem moradora de comunidade, que foi mãe precoce, se veste de maneira sensual, não dispensa um baile funk, não leva desaforo pra casa, mas que, inconformada com seu destino, tem sonhos e ambições. Típica mocinha das novelas de Gloria, como Clara de “Barriga de Aluguel” (1990) ou Sol (Deborah Secco)  de “América” (2005). Nanda está muito segura em cena e demonstrou ótima química com o herói Theo (Rodrigo Lombardi). Ao contrário de Sol e Clara, tem tudo pra emplacar um final feliz com o mocinho original.

Ø  SESSÃO DE TERAPIA: O PODER DA PALAVRA



O atual biscoito finíssimo da atual programação teledramatúrgica atende pelo nome de “Sessão de Terapia”, versão brasileira da baladada “In treatment”, série exibida se segunda a sexta, às 22:30 pelo GNT, com direção de Selton Mello e redação final de Jaqueline Vargas. A série tem uma estrutura bem simples: uma sala, um psicólogo e seus pacientes. Por isso mesmo, depende em muito da atuação dos atores, de uma direção afiada e de um texto preciso. O poder da palavra consegue prender nossa atenção para os dramas dos pacientes e dos psicólogos. Com atuações irrepreensíveis de ZéCarlos Machado, Maria Fernanda Cândido, Sergio Guizé, Bianca Muller, Mariana Lima, André Frateschi, Selma Egrei e Maria Luisa Mendonça, a série proporciona surpresas e revelações que vão se desvelando a cada episódio, aumentando cada vez mais a carga dramática da trama. Imperdível! Se você perder algum episódio durante a semana, tem reprises aos sábados e domingos.


Ø  O ASTRO NO EMMY INTERNACIONAL

E não é que, mais de um ano depois do final de “O astro”, a pedra ametista continua a brilhar? Sim, fomos indicados ao Emmy internacional! Claro que a felicidade foi geral e não posso deixar de cumprimentar todo o elenco, equipe, direção genial sob o comando de  Mauro Mendonça Filho, meus queridos mestres Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro (que estarão chiquérrimos no red carpet), meu querido companheiro de escrita Tarcisio Lara Puiati e o grande idealizador disso tudo: Roberto Talma. Que Santa Janete Clair, a verdadeira dona da história e padroeira das telenovelas, nos abençoe. A cerimônia de entrega acontece no próximo dia 19 de novembro em Nova Iorque. Vamos todos torcer!  

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

#OiOiOi Quer ganhar ingressos para “NOVELA BRASIL”? O melão te leva ao teatro!


RESULTADO DA PROMOÇÃO:

VENCEDORES:
- ALESSANDRO DE OLIVEIRA DA SILVEIRA (1 par de ingressos para terça 16/10 às 21 horas)
- CRISTIANE OLIVEIRA DE SOUZA (1 par de ingressos para quarta 17/10 às 22 horas)

Os ganhadores devem enviar um e-mail confirmando presença para conteudo@brainstorming.art.br informando nome completo e RG.

PARABÉNS AOS VENCEDORES E OBRIGADO A TODOS OS PARTICIPANTES!

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Quer assistir ao vivo a um capítulo de “Avenida Brasil”? Bom, isso nem o melão pode fazer por você (sorry...rs). Mas se você quiser conferir o sensacional espetáculo “NOVELA BRASIL”, em cartaz no Theatro Net Rio até o dia 31/10, terças e quartas, às 21 horas, basta responder à seguinte pergunta:

Por quem você torce em “Avenida Brasil”? Nina ou Carminha? Por quê?

Os autores das duas melhores respostas ganharão um par de ingressos para assistir ao espetáculo nos dias 16 e 17/10. Não esqueça de deixar seu nome completo ao responder.


NOVELA BRASIL é uma deliciosa paródia do sucesso de João Emanuel Carneiro idealizada pelos talentosos Rodrigo Fagundes e Wendell Bendelack, que dão vida à Calminha e MiNina, respectivamente. Além de vários personagens de “Avenida Brasil”, outros tipos inesquecíveis como Perpétua, Maria de Fátima, Nazaré Tedesco, Vlad e muitos outros também estão nesse espetáculo que homenageia de forma hilariante nossa teledramaturgia.

O que você está esperando? O final da novela? Nada disso? Deixe sua resposta agora mesmo e concorra. Te espero no teatro! 

Resultado da promoção: domingo, dia 14/10 a partir das 20 horas. 



Theatro Net Rio
Rua Siqueira campos, 143 2º piso
Copacabana - Rio de Janeiro - RJ

terça-feira, 12 de junho de 2012

RESULTADO DA PROMOÇÃO “SOPRO DE VIDA”:





Os vencedores são:

Edison Eduardo Costa
Das duas atrizes, entre várias personagens magistrais escolho a divertida e engraçada Céci de "Cambalacho" de 1986 e a forte vilã Idalina de "Força de Um Desejo", 1999. 

A Céci e seus caprichos era quem dava o tom cômico, ao lado do marido Wanderley, ao núcleo sério da irmã Amanda. Situações divertidíssimas! Peça de teatro com a Rosa é sinônimo de bom entretenimento.

Dona Idalina, vilã que nunca deve ser esquecida, chegou ao ápice de cortar a própria mão com uma faca!
Brilhante e inesquecível trabalho desta atriz que é uma das maiores do teatro.
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Thávolo Romulo Pereira Henrique
Da Nathalia Timberg, a inesquecível "Tia Emília", da exitosa "Éramos Seis", de Silvio de Abreu e Rubens Edwald Filho, regravada em 1994 pelo SBT. Uma tia rica rancorosa, que se negava a ajudar financeiramente a família de sua sobrinha pobre, por conta de uma grande mágoa do passado. Uma mãe capaz de tudo para defender seus filhos. Mais uma belíssima interpretação da grande dama do teatro.

De Rosamaria Murtinho, a "Romana Ferreto", de "A Próxima Vítima". Dopada, foi jogada por Bruno na piscina da mansão onde morava. Essa morte tornou-se um clássico, e a interpretação de Rosamaria foi genial! Ela estava exuberante. Ímpar.
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Parabéns aos ganhadores!!!

Peço que enviem o número de suas identidades para o e-mail: vitor77@gmail.com e o dia em que querem assistir:
Dia 13/06 – Quarta-Feira, às 20 horas
Ou
Dia 14/06 – Quinta-Feira, às 17 horas.

Melão agradece os comentários e participações e conta com vocês nas próximas promoções!


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