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domingo, 23 de dezembro de 2012

TOP 10 – REGINA DUARTE




Impossível pensar em teledramaturgia brasileira sem que seu nome não venha imediatamente à cabeça. Regina, rainha absoluta da televisão. São tantas Reginas em uma só que, assim como outros dois homenageados recentemente, Betty Faria e Lima Duarte, foi uma tarefa hercúlea eleger apenas 10 personagens de sua riquíssima galeria de mulheres inesquecíveis. Românticas, loucas, passionais, idealistas, exuberantes, guerreiras... Em 50 anos de carreira, Regina Duarte deu vida a todos os tipos e todas as emoções, com sua interpretação corajosa, visceral e sempre genial. Pra fechar o ano com chave de ouro, confira esse TOP 10 Especial de Fim de ano! Vamos relembrar algumas dessas grandes mulheres vivida por essa grande mulher:


10) HELENA DE “HISTÓRIA DE AMOR” (1995)


A Helena mais “gente como a gente” de todas. Ela ia à feira, reclamava do preço do chuchu (e do melão), saía com os amigos, se divertia, não levava desaforo pra casa... enfim, uma mulher como outra qualquer do planeta, mas não seria Helena se não tivesse um grande segredo, uma falha trágica. Na verdade, ela não era a verdadeira mãe da mimadíssima Joyce (Carla Marins) e sim, sua tia, segredo que foi revelado no último capítulo. A lembrança mais forte que tenho da personagem é de seu romance com o médico Carlos (José Mayer) embalado pela voz de Gal em “Futuros Amantes” sob um Rio ensolarado e feliz.


9) CHIQUINHA GONZAGA DE “CHIQUINHA GONZAGA” (1998)


De que a vida da célebre compositora foi inspiradora e apaixonante ninguém duvida. Mas a interpretação sensível de Regina fez com que se tornasse mais fascinante ainda aos olhos do espectador. A atriz sempre interpreta muito bem esse tipo de papel: mulher guerreira, sofrida, lutadora, que dá a cara a tapa, rompe barreiras e preconceitos. Apaixonante também foi o romance da compositora com seu “mancebo imberbe” Joãozinho, vivido brilhantemente por Caio Blat. Chiquinha Gonzaga ficou conhecida pela nova geração graças à minissérie de Lauro Cesar Muniz e Marcilio Moraes e La Duarte soube defender a personagem com a maior dignidade.


8) LUANA CAMARÁ / PRISCILA CAPRICE DE “SÉTIMO SENTIDO” (1982)

Uma de minhas primeiras lembranças televisivas. Na verdade, não me lembro de quase nada da novela, a não ser de Luana Camará incorporando Priscila Caprice. Até então com 5 anos de idade, os gritos de Regina Duarte me causavam medo e fascínio. Ao meu ver, a personagem fez uma espécie de transição para o que viria depois na carreira da atriz, a inesquecível Porcina.



7) HELENA DE “POR AMOR” (1997)

Regina e a filha Gabriela em cena de "Por amor"
Praticamente uma personagem de tragédia grega, a mais polêmica das Helenas talvez tenha carregado a mentira mais grave de todas. Helena, no início, parecia uma mulher comum, alegre, que via no romance com Atílio (Antonio Fagundes) uma nova oportunidade para o amor. Amor que não foi mais forte do que o amor cego e irracional que ela sentia pela filha Eduarda (Gabriela Duarte) chegando ao ponto de trocar o bebê morto da filha pelo seu filho saudável que acabara de nascer para que a filha não sofresse. Uma verdadeira leoa, capaz de tudo para preservar a cria. Quando Atílio descobriu toda a verdade, disse a Helena uma das frases mais emblemáticas da história da teledramaturgia: “você não sabe amar, mas pode aprender”. Obra prima de Manoel Carlos e mais um show de interpretação de Regina Duarte.


6) MALU DE “MALU MULHER” (1979)



Temas que, às vezes, nos parecem tão distantes, mas ainda tão presentes na sociedade como a violência contra a mulher, a questão do divórcio, independência feminina, mulher no mercado de trabalho... assuntos que parecem banais hoje em dia na época eram tabus que foram quebrados por Malu, emblemática personagem que Regina Duarte, mais uma vez, defendeu com garra e vigor e que representa um divisor de águas em sua carreira, dando um adeus definitivo ao eterno título de namoradinha do Brasil e adquirindo um respeito cada vez maior como uma de nossas mais importantes atrizes. Viva Malu!


5) CLÔ HAYALLA DE “O ASTRO” (2011)

Não resisti e beijei Clô na exposição da carreira da atriz
Como não incluir essa linda na lista? Claro, que, por motivos óbvios, Clô Hayalla sempre vai fazer parte da minha lista de personagens favoritas da atriz, mas independente disso, a matriarca dos Hayalla é o melhor personagem de Regina em anos. Louca, passional, impulsiva, vingativa, Clô já seria um prato cheio para qualquer atriz. Em se tratando de uma atriz superlativa como Regina Duarte, o prato cheio se transforma em um verdadeiro banquete, que ela oferecia diariamente a um público fiel e apaixonado na forma de uma atuação que dava o tom arrebatado e melodramático da novela de Janete Clair adaptada por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro. Verdadeiro show em cena e um talento monstro, que pude comprovar de perto. Uma atriz genial que consegue dar cores e texturas ao texto que surpreende até mesmo os autores.


4) MARIA DO CARMO DE “RAINHA DA SUCATA” (1990)


Prima da Viúva Porcina, Maria do Carmo também era uma força da natureza. A filha de sucateiro que transformou o negócio do pai em um verdadeiro império arrebatou o Brasil e chamava a atenção para o início da ascensão da classe média tão valorizada nos dias de hoje. Os novos ricos estavam tomando conta do Brasil e Maria do Carmo era a representante dessa classe emergente versus a decadência da aristocracia, representada por Laurinha Figueiroa, brilhantemente interpretada por Gloria Menezes. O choque entre esses dois mundos e o duelo dessas duas grandes atrizes renderam momentos antológicos de nossa teledramaturgia. Maria do Carmo era deliciosamente cafona, adorava ostentar sua riqueza e Regina estava muito à vontade em cena. A atriz parecia estar se divertindo tanto quanto o público. Já estou contando os dias para rever a sucateira em 2013 no Canal Viva.


3) RAQUEL DE “VALE TUDO” (1988)


Tudo bem que Odete Roitman e Maria de Fátima se eternizaram como duas das maiores vilãs de todos os tempos, mas se a novela tem uma alma, essa alma é a de Raquel Accioly, que ganhou através de Regina Duarte uma das interpretações mais viscerais da história da teledramaturgia. O Brasil chorou, sofreu, se emocionou com Raquel e também foi à forra na catártica cena em que a personagem, aos gritos, rasga o vestido de noiva da filha na véspera do casamento. Raquel simboliza a mulher brasileira e o espírito guerreiro do nosso povo, mostrando que vale a pena, sim, ser honesto no Brasil. Um papel perigoso, que tinha tudo pra cair no estereótipo, mas a personagem, cheia de nuances, foi muito bem construída pelos autores e muitíssimo bem defendida por La Duarte. Impossível ver alguém vendendo sanduíche na praia e não se lembrar da batalhadora Raquel.


2) SIMONE DE “SELVA DE PEDRA” (1972)

Regina Duarte e Francisco Cuoco em cena da novela
Mesmo não fazendo parte de minha memória afetiva, essa importante personagem não poderia ficar de fora, pois até hoje Simone Marques representa o protótipo de heroína em nossas novelas. E já há 40 anos atrás, Janete Clair construía uma mocinha nada boba, que tinha uma profissão, ia à luta por seus objetivos e dava a volta por cima, jurando vingança a seus inimigos. E Regina, ainda muito jovem, soube dosar doçura e força na medida certa e conquistou definitivamente o coração dos brasileiros. Impossível não se comover nas cenas românticas de Simone e Cristiano (Francisco Cuoco) ao som de “Rock and roll lullaby”, tema romântico mais emblemático da história de nossa teledramaturgia.


1) VIÚVA PORCINA DE “ROQUE SANTEIRO” (1985)


Pense em todos os adjetivos superlativos. Talvez ainda seja pouco para definir Porcina. Escandalosa, exuberante, fogosa, irreverente, sensual, lasciva e politicamente incorretíssima, a personagem significou um giro de 180 graus na carreira da atriz, acostumadas a tipos mais delicados e sofredores. Na pele da operística viúva que foi sem nunca ter sido, Regina já não precisava provar nada pra ninguém há muito tempo, mas mesmo assim provou que é capaz de absolutamente TUDO em se tratando da arte de representar. Na célebre trama criada por Dias Gomes, Porcina era um verdadeiro carrossel de emoções, indo das cenas mais dramáticas às mais irreverentes: um verdadeiro manancial para as impagáveis caras e bocas da atriz. Graças à Regina Duarte, Porcina virou dona, não só do coração de Roque (José Wilker) e Sinhozinho Malta (Lima Duarte), mas de todos os brasileiros.


MENÇÕES HONROSAS:

Ø  ANDRÉA, DE “VÉU DE NOIVA” (1969)
Ø  RITINHA, DE “IRMÃOS CORAGEM” (1970)
Ø  PATRICIA, DE “MINHA DOCE NAMORADA” (1971)
Ø  CECÍLIA, DE “CARINHOSO” (1972)
Ø  NINA, DE “NINA” (1977)
Ø  SHIRLEY, DE “INCIDENTE EM ANTARES” (1994)
Ø  HELENA, DE “PÁGINAS DA VIDA” (2006)


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MELÃO APROVEITA PARA DESEJAR BOAS FESTAS A TODOS OS SEUS LEITORES E PERGUNTA: QUAIS SÃO SEUS PERSONAGENS FAVORITOS DE REGINA DUARTE?
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Top 10 - LIMA DUARTE





domingo, 27 de maio de 2012

Top 10 - LIMA DUARTE




São tantos e tão maravilhosos os personagens de Ariclenes Venâncio Martins, nosso querido Lima Duarte, que mais merecia um TOP 100, afinal sua história se confunde com a própria história da televisão e seu talento gigante e seus múltiplos recursos foram capazes de dezenas de criações geniais e inesquecíveis.. Por isso o desafio de escolher apenas 10 se tornou tão difícil. Lembrando que os critérios são sempre baseados em minha MEMÓRIA AFETIVA, portanto SUBJETIVOS. Claro que muitos grandes personagens ficarão de fora, mas a brincadeira é essa mesmo. Uma lista pessoal e intransferível. Com vocês, os meus Limas Duartes favoritos:


10) Nikos Karabastos, de “Uga Uga” (2000)


Um personagem tanto engraçado quanto surpreendente e diferente dos personagens habituais do ator. Aqui, ele se mostrou super à vontade com o texto anárquico e irônico de Carlos Lombardi, na pele do milionário grego cercado de parentes serpentes por todos os lados e que vivia infeliz à procura do neto desaparecido até encontra-lo em uma tribo indígena. A improvável dupla com Claudio Henrich, no papel do neto, rendeu momentos hilariantes, bem como as cenas com a cunhada ambiciosa vivida por Vera Holtz.

9) Major Bentes, de “Fera Ferida” (1993)

Mais um de seus impagáveis “coronéis”. Este com uma particularidade: “suava na calva” toda vez que ficava nervoso. Criação genial de Aguinaldo Silva, esse major mandava e desmandava em Tubiacanga e tinha um fiel capataz a quem chamava “carinhosamente” de Animal (Augusto Júnior), que não conseguia dizer uma palavra. Abaixo segue uma cena em que ele contracena com José Wilker, que vivia o prefeito Demóstenes, e surpreende o austero major em uma situação, digamos, vulnerável. Fica a dica para o Canal Viva: uma reprise de “Fera Ferida” seria bem vinda, não acham?



8) Afonso Lambertini, de “Da Cor do Pecado” (2003)


Quem diria que o sisudo, austero e preconceituoso Afonso, que se opôs fortemente ao romance do filho Paco (Reynaldo Gianecchini) com Preta (Taís Araújo) fosse conquistar o Brasil? Só mesmo um ator do quilate de Lima Duarte para dar dimensão humana ao velho amargo e solitário que, após perder o filho, cai de amores pelo neto vivido por Sergio Malheiros. Um personagem cheio de nuances e contradições criado por João Emanuel Carneiro, que teve de enfrentar protestos do público quando foi decretada a morte de Afonso. Além de brilhar intensamente nas cenas com o neto e com a nora, o romance tardio de Afonso com a fiel governanta Germana, vivida por Aracy Balabanian, encantou e emocionou o público, que torceu para que Afonso não morresse e tivesse um final feliz. O autor foi irredutível e Afonso acabou morrendo na trama, mas entrou para o rol de personagens inesquecíveis de Lima Duarte.


7) Shankar, de “Caminho das Índias” (2009)


Diferente dos personagens de temperamento forte que costuma interpretar, aqui Lima era um sábio, um grande mentor espiritual. Mestre em emocionar, Lima protagonizou uma das cenas mais emocionantes das novelas nos últimos tempos quando seu antigo amor Laksmi (Laura Cardoso) revelou que seu arqui-inimigo Opash (Tony Ramos) eram na verdade, seu verdadeiro filho. O melodrama criado por Gloria Perez atingiu o seu ápice no último capítulo de “Caminho das Índias” quando pai e filho, finalmente, se abraçavam e se perdoavam sob o olhar emocionado da mãe. Os três atores deram um verdadeiro show e especialmente Lima Duarte mostrou, mais uma vez, que é capaz de interpretar qualquer personagem.


6) Murilo Pontes, de “Pedra sobre Pedra” (1992)


Murilo Pontes era um típico machão: tratava a mulher Hilda (Eva Wilma) como uma santa e despejava toda sua virilidade na amante, a prostituta Lola (Tania Alves). E tinha essas duas mulheres em suas mãos. O poderoso político de Resplendor só se rendia mesmo à sua grande inimiga política Pillar Batista (Renata Sorrah), que fora seu grande amor do passado. Eis mais um personagem de sentimentos e atitudes contraditórias que só um grande ator poderia interpretar. E Lima brilhou mais uma vez com um grande personagem de Aguinaldo Silva.


5) Salviano Lisboa, de “Pecado Capital” (1975)


Poderoso industrial temido pelos funcionários. Viúvo triste e solitário que sofre com a ausência dos filhos. Homem de meia idade que se encanta por uma jovem, tornando-a uma grande modelo. Não se trata de três personagens diferentes, mas do riquíssimo Salviano Lisboa, criado pela poderosa imaginagrande mestra Janete Clair. Lima, mais uma vez, ganhou a simpatia do público e foi recompensado pelo amor de Lucinha (Betty Faria) com quem se casou no final da novela. E nós vivemos felizes para sempre.


4) Zeca Diabo, de “O bem amado” (1973)


Outro personagem célebre da riquíssima galeria de personagens de Lima Duarte. Aqui em um embate inesquecível com o grande Paulo Gracindo e seu antológico Odorico Paraguaçu. Um verdadeiro duelo de gigantes. Coube ao matador Zeca Diabo selar o destino do verborrágico prefeito de Sucupira. Fiel devoto de Padre Cícero, Zeca Diabo representa esse quase paradoxo do matador profissional cheio de ética e religiosidade. Mais um personagem complexo e humano da riquíssima galeria do grande Dias Gomes que só um ator do porte de Lima seria capaz de interpretar e deixar sua marca sempre indelével.

3) Sassá Mutema, de “O salvador da pátria” (1989)


Não só um dos personagens mais populares de Lima Duarte, mas um dos mais populares da história da teledramaturgia brasileira. Não há quem não se comova com a história do simplório boia-fria, que é usado como massa de manobra pelos políticos de Tangará, trilhando uma trajetória de suposto assassino a prefeito da cidade. E não faltou sensibilidade, tanto por parte do texto de Lauro Cesar Muniz, quanto pela brilhante interpretação de Lima na abordagem do amor quase platônico de Sassá por sua bela professora Clotilde, vivida por Maitê Proença. De matuto analfabeto a astuto prefeito, o ator foi genial em todas as fases do personagem. Impossível ouvir “Lua e Flor” de Oswaldo Montenegro e não se lembrar imediatamente do amor puro de Sassá por sua querida professorinha.


2) Dom Lázaro Venturini, de “Meu bem meu mal” (1990)


Se tem alguém que tem o direito de amar esse personagem e considerá-lo uma das criações mais geniais de Lima Duarte, esse alguém sou eu, por motivos óbvios (risos). Dom Lázaro é um trabalho digno de um verdadeiro gênio. De poderoso patriarca que comandava a família com pulso firme a um frágil e vulnerável senhor que não podia mais falar, tampouco se locomover. Lima fez um trabalho primoroso, sobretudo após Dom Lázaro sofrer o derrame, pois até ele proferir seu célebre “eu prefiro melão”, precisou passar todos os sentimentos possíveis apenas com o olhar, sobretudo o olhar de ódio pela nora Isadora (Silvia Pfeiffer), que garantiram momentos de puro deleite para o espectador.


1) Sinhozinho Malta, de “Roque Santeiro” (1985)


Sinhozinho Malta era um autoritário coronel (aliás, quem o chamasse de coronel assinava sua sentença de morte) que mandava e desmandava em Asa Branca, mandou assassinar três pessoas e tentou matar outras tantas, inclusive supeitíssimo da morte da própria esposa. Além disso, era racista, machista, corrupto, ou seja, características dignas dos vilões mais odiados. Mas definitivamente, não foi isso o que aconteceu, pois Sinhozinho era um adorável cafajeste, com tiradas ótimas, bordões inesquecíveis, uma gargalhada indefectível e capaz de atitudes, muitas vezes, magnânimas. Dias Gomes construiu um dos personagens mais ricos e fascinantes de nossa teledramaturgia que só poderia ser feito por um ator de talento tão fascinante quanto. Mesmo quem não acompanhou à primeira exibição de "Roque Santeiro” conhece Sinhozinho Malta que, ao lado de Regina Duarte, também em estado de graça na pele da viúva Porcina, protagonizou algumas das cenas mais marcantes de nossa teledramaturgia. Como não amar Sinhozinho escolhendo uma peruca de sua vasta coleção? Como não amar sua risada deliciosa? Como não amar sua devoção à Porcina, lambendo sua mão e imitando cachorrinho? Sem dúvida, de toda a galeria de tipos inesquecíveis de Lima Duarte, Sinhozinho Malta é o mais marcante. Tô certo ou tô errado?


Agora o melão quer saber: quais são seus personagens favoritos de Lima Duarte? A palavra é de vocês!
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TOP 10 – BETTY FARIA





terça-feira, 8 de maio de 2012

TOP 10 – BETTY FARIA





Aproveitando o aniversário de sua musa-mor nessa terça, dia 8, melão estreia nova sessão, “Top 10”, que vai eleger sempre seus 10 personagens favoritos de um grande ator ou atriz de nossa tevê. Claro que a estreia tinha que ser com ela. Sua carreira no cinema é um caso à parte. Bailarina de formação, Betty é uma das poucas atrizes brasileiras que canta, dança e representa, ou seja, uma estrela completa. Mas como esse espaço é um blog televisivo, vamos nos ater aos personagens da telinha. Intérprete de grandes mulheres de personalidade forte, nossa super BETTY FARIA tem uma verdadeira coleção de personagens antológicos. Como grande fã que sou, foi muito difícil chegar a apenas 10 notáveis mulheres. Em breve vamos matar as saudades de Betty em um dos episódios de "As Brasileiras", mas enquanto ele não vem, vamos relembrar alguns de seus grandes personagens: 

10) ANTÔNIA, de “De Corpo e Alma” (1992)



Logo de cara, uma personagem diferente dos habituais tipos expansivos e extrovertidos que Betty costuma interpretar. Logo depois do furacão Tieta, veio esse grande desafio de viver Antonia, uma mulher introspectiva, tradicional e devotada ao marido Diogo, vivido por Tarcísio Meira na trama de Gloria Perez. Inconformada com o término do casamento, Antonia faz de tudo para impedir que o marido a abandone para iniciar uma nova vida ao lado de Paloma. E dá-lhe cenas de choro, sofrimento e de Antonia escorregando pela parede ao som de “Atrás da Porta”, que exigiu de Betty todo seu talento dramático, que ela desempenhou muitíssimo bem.


9) CARLOTA VALDEZ, de “Suave Veneno” (1999)


Aparentemente, uma pacata dona de casa de meia idade que leva uma vida sem grandes sobressaltos. Mas quando a noite cai, ela sai misteriosamente exalando seu perfume por todo o bairro das Laranjeiras, despertando a curiosidade da vizinhança. O que ninguém sabia é que, na verdade, Carlota era uma dominatriz que deixava os homens loucos com seus acessórios e uma prática sexual chamada “o inominável”, que até hoje ficamos sem saber do que se trata. Na segunda metade da novela, para tentar alavancar a audiência, a personagem entrou na disputa com Lavínia (Gloria Pires) pelo amor de Waldomiro e assim Carlota pôde mostrar sua faceta mais humana. Betty também recebeu uma homenagem do autor Aguinaldo Silva através de uma participação especial da filha Alexandra Marzo, que viveu a bandida Lili Fusilli, em alusão á célebre Lili Carabina, interpretada por Betty nos anos 80.


8) VALKIRIA, de “A idade da Loba” (1995)

Outro trabalho de extrema sensibilidade da atriz. Afastada das novelas globais, Betty brilhou na pele da mulher batalhadora do interior que, após perder o marido, se muda para o Rio em busca de uma vida melhor. Betty protagonizou grandes cenas com Ângela Vieira. A sequência final da novela, com as duas amigas fazendo as pazes diante do Cristo Redentor, é uma das cenas finais de novela mais bonitas que já assisti. É uma pena que este trabalho não seja tão lembrado. Sem dúvida, merecia um destaque maior.



7) JUÍZA MIRANDINHA, de “A indomada”, (1997)



Implacável com os inimigos, severa com o cumprimento do dever, ela não se fazia de rogada e “enquadrava nos rigores da lei” quem quer que fosse, inclusive o prefeito Ipiranga, seu principal adversário. A paladina da justiça de Greenville, mais uma louca cidade criada por Aguinaldo Silva, escondia sua sensualidade por trás de uma figura séria e austera, até cair nos braços do fiel secretário Egídio (Licurgo Spinola), com quem teve um belo romance que causou polêmica na conservadora cidade. Mais uma personagem da galeria de  mulheres fortes interpretadas por Betty.


6) LÍGIA, de “Água Viva” (1980)



“É luta, meu amor, é luta!”. Essa frase dita por Lígia logo no início da novela define bem a personagem: uma típica alpinista social gilbertiana, lutadora, determinada, que não hesita em alcançar seus objetivos. Disposta a tudo por um lugar na sociedade, Lígia acaba se envolvendo com os irmãos Fragonard, vividos por Reginaldo Faria e Raul Cortez. Antes disso, porém, enfrenta uma crise em seu casamento com Heitor (Carlos Eduardo Dolabella), que acaba se envolvendo com Selma (Tamara Taxman), amiga da onça que se hospeda em sua casa. As duas atrizes protagonizaram uma das cenas de briga mais famosas da história das novelas, em que Lígia flagra o ex-marido a e amiga em um show de Maria Bethânia no Canecão e ali mesmo, acerta as contas com Selma, dando-lhe uma tremenda surra jo banheiro da casa de shows. Gilberto Braga repetiu a mesma cena anos depois em “Celebridade”, quando Laura (Claudia Abreu) apanha de Maria Clara (Malu Mader). Além do brilho da personagem, Betty estava lindíssima, no auge da maturidade.




5) LEONOR, de “Labirinto” (1998)



Betty acha que não foi um de seus melhores trabalhos. Ela acha que Leonor deveria ter sido vivida por uma atriz mais jovem. Definitivamente, essa não é a opinião de seus fãs, incluindo este que vos fala que, simplesmente, a-do-ram essa adorável bandida. Leonor, a suspeitíssima viúva, que estava no centro dos mistérios que rondavam o assassinado de seu marido, o milionário Otacílio Martins Fraga (Paulo José), era o charme em pessoa. Inteligente, sarcástica,Betty, na pele de Leonor, teve ótimas e sensuais cenas com Ricardo (Antonio Fagundes) por quem era apaixonada e posteriormente com o investigador vivido por Daniel Dantas, que a via como uma verdadeira femme fatale, com direito a sensual cruzada de pernas a la Sharon Stone em “Instinto Selvagem”. Seus embates cheios de subtextos com Paula (Malu Mader) também eram deliciosos, bem como as engraçadíssimas cenas com Nietinha (Alice Borges) e Yoyô (Isabela Garcia). Pode acreditar, Betty, você brilhou como Leonor!


4) GLORIA, de “Anos Dourados” (1986)



Uma das personagens mais apaixonantes da carreira de Betty, que brilhou na pele da batalhadora mãe do protagonista Marcos (Felipe Camargo), que sofria com preconceito da conservadora sociedade tijucana dos anos 50 pelo fato de ser desquitada. Gloria era avessa a qualquer tipo de preconceito e pouco se importava com convenções sociais. Ganhava a vida como caixa de uma boate de Copacabana, mas acabou se envolvendo com um homem casado, vivido por José de Abreu. A cena em que Gloria acerta as contas com Dona Celeste (Yara Amaral) foi memorável. Betty e Yara deram um verdadeiro show. A relação de Gloria com o filho era muito bonita, o texto de Gilberto Braga era simplesmente genial e o papel foi defendido com muita dignidade por Betty.


3) MARINA SINTRA, de “O salvador da Pátria” (1989)



Outro grande momento de Betty na tevê. O curioso é que, logo após essa novela, Betty emendou a novela seguinte onde faria a mais célebre personagem de sua carreira, Tieta, de personalidade diametralmente oposta à Marina Sintra, que não lembra em nada a esfuziante personagem de Jorge Amado. Líder política da cidade de Tangará e principal oponente do poderoso Severo Blanco (Francisco Cuoco), Marina era séria, centrada e ética. Mal tinha tempo para vida pessoal, mas despertou novamente para o amor nos braços de João (José Wilker). Como todo personagem de Lauro César Muniz, era riquíssima, e contraditória. Marina discutia sobre sexo abertamente com as filhas, mas mal conseguia lidar com sua própria vida sexual. Um prato cheio pra uma atriz de mão cheia.


2) LUCINHA, de “Pecado Capital” (1975)



A Cinderela do subúrbio criada pela mestra Janete Clair é inesquecível até pra quem nunca assistiu à novela. A humilde operária que se transforma em modelo pelas mãos de um homem rico tendo que dominar os ciúmes do namorado machista caiu como uma luva para a brasilidade de Betty. A atriz formou com Francisco Cuoco e Lima Duarte um dos mais célebres triângulos amorosos de todos os tempos.


1) TIETA, de “Tieta” (1989)


O que falta dizer sobre “Tieta” que ainda não foi dito? Uma ode à liberdade, uma força da natureza, um protótipo de feminilidade? Sim, Tieta era poderosa, intensa, fazia as dunas de Mangue Seco se moverem e mexia com a cabeça de todos os homens. Poucas vezes uma personagem foi defendida com tanta gana, intensidade e paixão. Impossível pensar na personagem de Jorge Amado sem pensar em Betty Faria, que fez com que Tieta ficasse marcada em nossos corações e mentes de forma indelével. Viva Tieta! Viva Betty!




MENÇÕES HONROSAS:

Joana Lobato em "Baila Comigo" (1981)

Ø  JOANA LOBATO, de “Baila Comigo” (1981)
Ø  AMÁLIA PETRONI, de “Uma rosa com amor” (2010)
Ø  ROSINHA, de “Incidente em Antares” (1994)
Ø  DJANIRA PIMENTA, de “América” (2005)
Ø  LAURA, de “Pé na Jaca” (2006)
Ø  BÁRBARA, de “Duas Caras” (2007)
Ø  MARIA MARAVILHA, de “Brasil Pandeiro” (1978)

Maria Maravilha: super-heroína tipicamente brasileira

PERSONAGENS CÉLEBRES QUE GOSTARIA DE TER ACOMPANHADO:

Com Tarcísio Meira em "Cavalo de Aço"

Ø  JOANA, de “Cavalo de Aço” (1973)
Ø  LAZINHA CHAVE DE CADEIA, de “O espigão” (1974)
Ø  LILI CARABINA, de “A história de Lili Carabina – Plantão de polícia” (1979)
Ø  JUSSARA, de “Partido Alto” (1984)
Ø  MARLUCE, de “Bandidos da Falange” (1983)
Ø  LEDA MARIA, de “Duas Vidas” (1976)
Ø  IRENE, de “Véu de Noiva” (1969)
Ø  GUIOMAR, de “O bofe” (1972)



Betty, estrela maior de minha constelação pessoal, parabéns e espero que goste de mais essa homenagem. Feliz aniversário! Beijos e Boa Sorte Sempre!

Eu e Betty no niver dela do ano passado.
E vocês, quais são seus personagens favoritos de Betty Faria?


Agradecimento pela colaboração na escolha das imagens: Naira Freitas
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Betty Faria: estrela de primeira grandeza - Entrevista mais que especial!






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