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domingo, 18 de dezembro de 2011

Melão entrevista BEL KUTNER: “Nunca me imaginei fazendo um papel que minha mãe fez”.




Costumo dizer que tive muita sorte logo em meu primeiro trabalho como roteirista de tevê: “O astro” foi um sucesso por inúmeros motivos. Orgulhosamente, o melão entrevista um desses motivos. De que adiantaria um bom texto sem um ator inteligente e talentoso para interpretá-lo? Esses predicados, Bel Kutner tem de sobra. Ela soube dar à obsessiva secretária Sílvia uma dimensão humana incrível e formou com o igualmente talentoso Tato Gabus uma dupla deliciosa.

Além do talento e da inteligência cênica, Bel é dona de uma simpatia contagiante e de um humor delicioso. Filha da lendária Dina Sfat e do talentosíssimo Paulo José, Bel possui brilho próprio e garante que nunca pensou em interpretar um personagem vivido pela mãe. Ótimo papo, Bel nos concedeu uma deliciosa entrevista, falando de seu processo criativo, de sua estreia em novelas em “Vamp” e do prazer de trabalhar em família. Para essa entrevista contei com a colaboração de leitores mais que especiais e da fofa Fernandinha Rodrigues, em participação afetiva. A vocês, meu muito obrigado e, sem mais delongas, passo a palavra para a queridíssima Bel Kutner.

O que representou para você participar da nova versão de “O astro”? Você tem lembranças da primeira versão estrelada por sua mãe, Dina Sfat?
BEL KUTNERPrimeiro, "O astro" foi um trabalho importantíssimo pra mim. Acho que, por estar mais madura, ter uma visão mais aberta da minha profissão, pude brincar muito com a Sílvia, personagem cheio de cores, como muitos dos personagens da trama. Essa foi uma novela/série, onde a história fluiu muito rápido, sem maniqueísmo e com muita intensidade. Acho que Janete ficaria orgulhosa e minha mãe também!

Bel em cena de "O astro" (2011) como a obsessiva Sílvia

Ter nascido em uma família de atores com certeza a influenciou a seguir a carreira de atriz. Chegou a pensar em ter outra profissão?
BEL KUTNER - É claro que ser de uma família artística me colocou nessa vida. Se eu fosse filha do Jacques Cousteau eu faria Oceanografia ou Biologia Marinha... e seria feliz. Se o meu talento é genético ou é fruto do treino tanto faz. Só sei que amo esse ofício de atriz. Como cresci indo pra fazenda dos meus avós no Rio Grande do Sul, eu sonhava estudar Agronomia, Zootecnia ou Veterinária. Na verdade, mesmo indo pouco agora, penso naquele lugar como um paraíso, um plano B.

Bel ao lado do pai, o ator e diretor Paulo José

Como foi trabalhar no espetáculo “Histórias de amor líquido” ao lado do pai, Paulo José, e da irmã, Ana Kutner? Acredita que o espetáculo, que abordou a questão da efemeridade nas relações amorosas, caberia em um formato televisivo?
BEL KUTNER - A peça "Histórias de amor líquido" foi um projeto super familiar e uma delícia de fazer. Com certeza é um tema que serve tanto pra teatro como pra tv ou cinema: o transitório das relações humanas.

Bel com o elenco do espetáculo "Histórias do amor líquido"
Você é noveleira? Se sim, quais suas favoritas? Quem são os seus ídolos?
BEL KUTNER - Minhas novelas favoritas são: Saramandaia, Vamp, A Favorita, Ti Ti Ti, Feijão Maravilha, Guerra dos Sexos... Ai, são tantas...


Perguntas dos leitores:

Geralmente, o ator recebe o personagem com suas características principais na sinopse, seja de uma telenovela, peça ou filme. O que você, enquanto atriz leva para seus personagens, o que você acrescenta? Segue alguma linha de interpretação, algum método? Qual a sua contribuição criativa para seus personagens? (Ivan Gomes / SP – pesquisador musical e um dos idealizadores do blog “Agora é que são eles”)
BEL KUTNER - Ivan, claro que levo minha interpretação com o meu jeito, meu gosto para os trabalhos que faço. Quanto ao método depende muito do projeto e da direção. Na tv dificilmente vou pronta de casa...

No começo da carreira, como você lidava com a avaliação do público e da crítica? (Evana Ribeiro / Recife PE – criadora do blog “Roteirizando)
BEL KUTNER - Evana, quanto à crítica, continuo lidando da mesma forma de sempre, isto é, depende de quem critica. Sinceramente, em teatro isso é mais assustador, porque a gente fica mais exposto, mas numa novela não dá pra tentar agradar todo mundo. Aliás, agradar não é o único objetivo, mas também se arriscar, experimentar coisas novas.

Bel, já teve vontade de interpretar algum personagem vivido por Dina Sfat? (José Marques Neto / RJ - criador do canal “MOFO TV”)
BEL KUTNER - José, minha mãe fez muitos personagens incríveis e fez um estilo na tv. Nunca me imaginei fazendo um papel que ela fez. Seria engraçado, até pela semelhança física. Talvez ficasse meio bizarro, não é?

Bel Kutner e sua mãe, Dina Sfat.




Dina Sfat tricotando com Falabella ao lado das filhas Bel e Ana 
vídeo capturado por José Marques Neto - Mofo TV

A classificação indicativa tem funcionado como uma censura dentro da televisão. Qual é a sua posição sobre o tema e como a classe artística pode trabalhar para defender a liberdade de criação dentro da teledramaturgia? (Walter de Azevedo / SP - criador do blog “Tocou na Novela”)
BEL KUTNER - Censura é sempre um tema complicado. Claro que quero ter total liberdade de expressão, mas certos assuntos e cenas violentas não combinam com crianças. A indicação etária acho salutar. Censura, não. E com a internet, às vezes fico com meu filho vendo vídeos infantis, de repente aparecem coisas grotescas que nem eu gostaria de assistir.

Bel, sou muito sua fã! Amei estar com você depois de 20 anos! Você tem saudade de “Vamp”? Era divertido, né? (Fernanda Rodrigues – atriz)
BEL KUTNER - Fernandinha, minha irmã caçula! Amei te reencontrar, adoro seu trabalho e quero sua filhinha emprestada! Beijo!!!!

Bel e Fernanda Rodrigues, juntas em "Vamp" (1991)

Você conseguiu acompanhar a reprise de “Vamp” que está rolando no Canal Viva? Quais as melhores lembranças? Falando em reprises, há algum trabalho que você gostaria de rever? (Wesley Vieira / Conselheiro Lafaiete MG – Jornalista e criador do blog “E eu não sei?”).
BEL KUTNER - Wesley, tô vendo Vamp sim, quando consigo. Muito divertido. Mas não fico muito aficcionada em rever meus trabalhos. Tenho alguma coisa gravada. Tem o youtube, graças à Deus!

Bel em cena de "Vamp"

Sua ultima personagem, a Silvia em “O astro”, nutria um amor doentio por Amin (Tato Gabus) e quando rejeitada uma vez chegou ao ponto de tentar suicídio. De onde veio a sua inspiração para viver essa personagem tão intensa? (Danielle Ornelas / MG – Estudante de Biologia)
BEL KUTNER - Silvia era uma apaixonada, louca pelo amante. As cenas já traziam toda a intensidade, era só deixar fluir...  Adorava gravar no escritório do grupo Hayalla, me sentia em "Mad men", serie americana que se passa nos anos 50/60 (pra você ver como a cabeça da gente viaja...).

Tato Gabus e Bel Kutner em cena de "O astro" (2011)
Além de grande ator, seu pai, Paulo José, também é diretor e foi um dos responsáveis pelo êxito de "O Tempo e o Vento", um clássico da TV brasileira. Tem interesse em se aventurar por outras áreas? (Wesley Vieira / Conselheiro Lafaiete MG – Jornalista e criador do blog “E eu não sei?”)
BEL KUTNER - Fui assistente do meu pai em vários trabalho em teatro, até publicidade nós o acompanhávamos. Ele é um craque. Graças a isso, já me aventurei em direção de teatro e foi muito bom. Tenho outros projetos pro futuro.

Bel, querida, gostaria de manifestar publicamente o grande prazer que foi trabalhar com você em “O astro”. Foi um verdadeiro deleite conferir diariamente seu talento, inteligência cênica e o modo como você compreendia e valorizava o texto. Pra mim, que já era seu fã desde “Vamp” foi uma verdadeira realização! Parabéns, obrigado por tudo e espero nos encontrarmos em breve! Beijos mil! Vitor
BEL KUTNER - Vitor, até já! Vamos inventar uma moda nossa. Beijos, Bel.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Melão Express: Rapidinhas, mas saborosas – ed. 17


Ø  A VIDA DA GENTE: “UMA AUTÊNTICA NOVELA DAS OITO”


Já com um certo atraso, venho render todos os elogios à Licia Manzo, Marcos Bernstein e toda a equipe de roteiristas pelo maravilhoso texto de “A vida da gente”. É um alívio constatar que o horário das seis, cujas tramas costumam ser bastante infantilizadas em virtude do público flutuante e variado do horário, também pode contar com uma trama séria e adulta. Um autêntico novelão, digno de horário nobre, com direção sensível de Jayme Monjardim e brilhantes atuações do jovem trio de protagonistas, sobretudo Rafael Cardoso, uma grata surpresa. Não posso deixar de mencionar a arrasadora atuação de Ana Beatriz Nogueira, visceral e entregue à loucura de sua personagem Eva. Nicete Bruno, Maria Eduarda, Stenio Garcia e Gisele Fróes também brilham intensamente. Os entrechos dramáticos não são nada óbvios e a autora sempre foge dos clichês, construindo personagens críveis e consistentes. Quem disse que não se pode fazer melodrama e ser surpreendente ao mesmo tempo? Nasce uma novelista de mão cheia. Parabéns, Lícia!

Ø  “AQUELE BEIJO” E “FINA ESTAMPA” CONFIRMAM O ATUAL BOM MOMENTO DA TELEDRAMATURGIA.


Além de “A vida da gente”, garantia de qualidade na atual safra de novelas globais, as outras duas representantes também garantem bons momentos. Em “Aquele beijo”, Miguel Falabella consegue se manter absolutamente fiel ao seu estilo kitsch, com humor altamente irônico e inteligente, mas não deixando de lado o tradicional romantismo, indispensável a qualquer folhetim. Sua narração, além de extremamente simpática, é inteligente e nunca nos descreve o óbvio.  A trama é redondinha e o elenco está super à vontade, já que seus personagens feitos sob medida permitem que sejam exploradas ao máximo suas potencialidades. E como é bom um texto de humor que não menospreza a inteligência do espectador. Garantia de diversão.


E apesar das críticas, “Fina Estampa” vem alcançando índices de audiência há muito tempo não vistos no horário. Qual o segredo? Tenho, pelo menos, três palpites: a trama da mãe coragem, que continua conquistando o espectador; a capacidade do autor Aguinaldo Silva de se comunicar com o público de maneira fácil e direta; e o enorme talento e carisma da camaleônica Lília Cabral, que em pouco tempo, já fez todo o país admirar e torcer por sua Griselda. Mais um gol de placa de Aguinaldo. “Fina Estampa” é, sem dúvida, um grande sucesso popular.

Ø  ENQUANTO ISSO, NAS REPRISES...


... também vamos muito bem com “Mulheres de Areia”, no “Vale a pena ver de novo”. A saga das gêmeas Ruth e Raquel, vividas magistralmente por Gloria Pires, mostra que não envelheceu e, apesar do entrecho rocambolesco, ainda tem fôlego para conquistar mais gerações de espectadores, graças à habilidade de Ivani Ribeiro em lidar com os ingredientes clássicos do folhetim como a questão da identidade e do duplo. A produção, de 1993 e o texto setentista apresentam alguns aspectos datados como o fato de Joel (Evandro Mesquita) ter vergonha de assumir o romance com Tonia (Andrea Beltrão) pelo fato dela falar palavrão (!) ou os comentários acerca do comportamento de Malu (Viviane Pasmanter), como por exemplo: “isso é que dá desobedecer”. No entanto, nada disso tira o brilho da novela, que ainda consegue prender o espectador para o capítulo seguinte. “Mulheres de Areia” é daquelas histórias atemporais que sempre agradam, não importa a época em que é exibida.


O mesmo não se pode dizer de “Vamp” (1991). Na minha adolescência fui um “vampmaníaco”. Acompanhei religiosamente, comprei todos os LP’s e também o álbum de figurinhas. “Vamp” foi uma verdadeira febre na época em que foi exibida pela primeira vez, afinal era a primeira vez que o humor besteirol e nonsense presente em “Armação Ilimitada” e “Tv Pirata” rompia os limites da tradicional telenovela. Personagens como Vlad (Ney Latorraca em estado de graça), Natasha (Claudia Ohana), Mary e Matoso (Patricia Travassos e Otavio Augusto) atingiram, na época, altos índices de popularidade e os efeitos especiais eram uma super novidade. Hoje em dia os efeitos são risíveis, a trama apresenta sérias fragilidades e o texto nem sempre bate um bolão. Tirando a curiosidade de rever atores novinhos em início de carreira como Fabio Assunção, Bel Kutner, Fernanda Rodrigues e o trio de atuais diretores Fred Mayrink, Amora Mautner e Pedro Vasconcellos, a trama não oferece grandes atrativos para o público atual e nem mesmo para o espectador daquela época. Confesso que recebi com grande entusiasmo quando o Viva anunciou a reprise, mas infelizmente “Vamp” envelheceu e, ao contrário de “Mulheres de Areia”, é uma novela datada.


Já “Labirinto”, deliciosa minissérie de 1998 de Gilberto Braga, mesmo em menor escala, herdou alguns espectadores que acompanhavam as tramas de “Vale Tudo” e “O astro” pelo twitter e garante a diversão do final de noite. O texto afiado e as ótimas atuações do elenco feminino (Malu Mader, Betty Faria, Alice Borges e Isabela Garcia, principalmente) são motivos de elogios constantes dos twitteiros. Mas o que chama mais atenção é que, nos tempos caretas de hoje, a minissérie soa absolutamente ousada com cenas quentíssima de sexo e palavrões o tempo todo. E pensar que muitos adolescentes consideravam o remake de “O astro” pesado demais. Esses moços, pobres moços...

Ø  THALITA CARAUTA: REVELAÇÃO DO ANO


Por fim, não posso deixar de dar meus efusivos parabéns à minha querida amiga Thalita Carauta pelo merecidíssimo prêmio de “Revelação Feminina do ano” pelo Jornal Extra. Pra mim, soa até meio absurdo considerar Thalita uma revelação, uma vez que seu talento já pode ser comprovado há anos nos palcos e nas telas. Mas sua Janete, juntamente com a hilariante Valéria de Rodrigo Sant’anna conseguiu o feito de se tornar uma unanimidade no ultrapopular “Zorra Total” que, pela primeira vez, consegue alcançar todas as classes sociais. O grande público está reconhecendo o enorme talento de Thalita, mas encho feliz a boca para dizer aos quatro ventos: EU JÁ SABIA! Parabéns, Thalita, você merece. Isso é só o começo!
  

quarta-feira, 20 de abril de 2011

MELÃO EXPRESS – RAPIDINHAS, MAS SABOROSAS – ED. 15 – ESPECIAL ESTREIAS:


Ø  UMA NOVELA ENCANTADA


Expectativas nem sempre são positivas, pois muitas vezes espera-se muito de uma atração e nos frustramos rapidamente. No entanto, a enorme expectativa que se criou em torno da estreia de “Cordel Encantado”, novela da dupla Duca Rachid e Thelma Guedes se confirmou completamente após a estreia. A inusitada mistura de cangaço com realeza também gerou algum frisson e também nos deixou com a sensação de que as autoras estariam arriscando alto. Porém, pelo que se comprovou nesses primeiros capítulos, o risco foi totalmente calculado. Os dois temas não são novidade em teledramaturgia, bem como a alusão a fábulas como “A bela adormecida”, “Rapunzel”, tramas como o mascate que tem três mulheres (impossível não se lembrar do genial Ney Latorraca e seu Quequé de “Rabo de Saia”) ou cidades com tipos pitorescos e incomuns. Sim, tudo isso já foi mostrado, contado e recontado. Mas juntar todos esses elementos em uma mesma novela, em perfeita harmonia, fazendo todo o sentido, isso sim, é altamente criativo e genial. 


O humor da novela é extremamente popular, mas não menospreza a inteligência do espectador, com explicações em demasia ou o uso de expedientes surrados e forçados pra fazer rir. O que o público tem visto é uma novela leve, agradável, divertida e apaixonante. A audiência ascendente comprova isso. O elenco é um show à parte. Seria injusto destacar alguém, mas seria igualmente injusto não mencionar que, quando Debora Bloch e Zezé Polessa entram em cena, o espectador se deleita. Também é um prazer rever ótimos atores bissextos na telinha como Ana Cecília e Enrique Diaz. Domingos Montagner, que conheci em “Mothern”, é uma ótima revelação. Enfim, tudo lindo: direção, trilha sonora, figurinos, cenografia. Com um apuro técnico e visual incomum, me arrisco dizer que “Cordel Encantado” é a mais feliz empreitada televisiva do primeiro semestre do ano. De dar orgulho! Parabéns a todos!


Ø  DIVÃ: JÁ VIREI FREGUÊS



Entre as séries lançadas, minha favorita é “Divã”, com roteiro de Marcelo Saback, com direção de José Alvarenga Júnior. A crítica que Ivan Gomes fez para a série é irrepreensível (para ler, clique aqui), por isso nem vou me estender muito, mas apenas destacar que, apesar de não ser novidade, não tem como não se deixar conquistar pelo deslumbre que é a atuação de Lília Cabral, pela direção dinâmica e pelo texto que nos faz rir de maneira espontânea e também nos emociona na mesma proporção. E cá pra nós: estava mais do que na hora de Lília Cabral protagonizar uma trama televisiva. E com a chegada de “Fina Estampa”, constatamos que finalmente descobriram que, além de atriz excepcional, Lília também é uma estrela de primeira grandeza. Imperdível.


Ø  ENQUANTO ISSO, NO “VIVA”...

A reestreia de “Vamp” vem corroborar a sensação que tivemos com “Vale Tudo”. Ao contrário do que se pensava, as novelas mais antigas (pelo menos as que datam da década de 80) eram bem mais dinâmicas do que as de hoje em dia. As coisas não demoravam a acontecer e as cenas proporcionavam uma maior progressão na trama. Claro que capítulos e duração mais curta contribuem para isso.  E a julgar pela repercussão no Twitter (sim, a exemplo de “Vale Tudo”, “Vamp” também tem mobilizado uma legião de internautas comentando a novela simultaneamente à sua exibição), não sei se procede essa tese defendida pelo “Vale a pena ver de novo” de que novelas mais antigas espantariam a audiência por conta do ritmo e da qualidade técnica. Digo isso porque os twitteiros que comentam as novelas, que estão sempre entre os tópicos mais comentados, não são apenas de noveleiros saudosos, mas de jovens que nunca tinham assistido antes. Enfim, para refletir...


Ø  E VEM AÍ...O ASTRO!

Claro que, dessa estreia prevista para julho, sou suspeitíssimo pra falar. Mas deixo aqui o link com reportagem e vídeo de apresentação da minissérie. Confesso que, quando assisti, fiquei arrepiado! Espero que curtam:

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Bom feriadão e inté a próxima, queridos! 

quarta-feira, 30 de março de 2011

MELÃO EXPRESS – RAPIDINHAS, MAS SABOROSAS – ED. 14



Ø  “VAMP” E “CIRANDA DE PEDRA” ATERRISAM NO MELÃO



“Ti Ti Ti” já se foi e deixou saudades. Mas a vida segue. E as novas novelas homenageadas no melão através de seu banner são “Vamp” e “Ciranda de Pedra”. A saga dos hilariantes vampiros estará de volta às telinhas a partir do mês de abril no “Viva”. E a adaptação de 2008 para o romance de Lygia Fagundes Telles também passa a figurar no banner do melão por um motivo simples: seu autor, Alcides Nogueira, o querido Tide, como vocês sabem, é muso vitalício deste blog. Portanto, homenageá-lo nunca é demais.

Quanto a “Vamp”, mal posso esperar para rever este maravilhoso besteirol de Antônio Calmon que marcou toda uma geração, na qual me incluo. Lógico que o melão vai voltar a falar de “Vamp” durante todo o período de sua exibição, mas de cara destaco as adoráveis famílias do Capitão Jonas (Reginaldo Faria) e Carmem Maura (Joana Fomm), os clipes da sensualíssima Natasha (Claudia Ohana) e os perversos e engraçadíssimos vampiros, liderados por Vlad (Ney Latorraca). Que bom será rever o casal Matoso (muito amor por Otavio Augusto e Patricia Travassos). É Vamp...

ØGLEE: PURO NOVELÃO



Com um certo atraso, decidi dar uma conferida em “Glee”, série juvenil musical mais comentada da atualidade. Tenho a dizer que a atração faz jus totalmente ao sucesso que vem obtendo. Claro que tem lá seus defeitinhos, como o excesso de bullying sofrido pelos alunos e o fato do perfil psicológico dos personagens mudarem constantemente para satisfazer as necessidades da trama. Fora isso, a série é uma delícia. Personagens carismáticos, musicais de primeiríssima qualidade, com o que há de melhor (e de pior também) do universo pop de ontem e de hoje e atores-cantores talentosíssimos, com destaque absoluto para Lea Michele, a protagonista Rachel, uma verdadeira força da natureza. 

Mas arrisco dizer que o que faz o sucesso de “Glee” realmente são os traços folhetinescos que permeiam todos os episódios. A exemplo de outras séries como “Desperate Housewives”, “Grey’s anatomy” e “Brothers and Sisters”, “Glee” é um novelão dos bons, com tudo o que o gênero tem de melhor: mulher fingindo gravidez pra prender o marido, jovem escondendo a gravidez para se manter popular, gay com dificuldades de aceitação, megera que faz de tudo para derrotar professor idealista.... enfim, e apesar do uso de tantos expedientes surrados, “Glee” ainda tem o mérito de não ser previsível e surpreender sempre. E o melhor: com muita emoção. Mesmo não sendo daqueles que choram por qualquer coisa, confesso que algumas cenas já me arrancaram lágrimas. Recomendo a atração, mas prepare os lencinhos de papel.


Ø  A BUSCA PELA FAMA EM DUAS NOVELAS DE GILBERTO BRAGA



   Já virou clichê dizer que “Vale Tudo” continua atualíssima, que a corrupção continua a mesma e que os políticos ainda exploram a miséria do povo. No entanto, uma mudança drástica comportamental se mostra bem evidente com essa reprise: a busca pela fama. Em “Vale Tudo”, acompanhamos a trajetória de Aldeíde Candeias (Lilia Cabral) para obter sucesso. O problema é que a moça não possui nenhum talento artístico para tal: não canta, não atua, não toca nenhum instrumento, não tem o dom da comunicação, enfim, ser famosa era algo praticamente inviável para aqueles tempos. E os personagens da novela discutem sobre esse desejo de Aldeíde e acham estranho como alguém que não sabe fazer nada pode querer ser famosa, já que fama e sucesso devem ser consequência de algum mérito artístico e profissional. Já em “Insensato Coração”, Natalie Lamour não passa pelo mesmo problema. A exemplo de sua “tia” Aldeíde, a moça não possui predicado artístico algum e só carrega no currículo uma participação em um reality-show. Com isso, vive de posar nua e de participações em eventos. Ao contrário de “Vale Tudo”, não há dilema ético algum envolvendo o desejo da personagem. Taí uma mudança significativa nessas duas décadas: antes a fama era consequência, agora é um objetivo, muitas vezes efêmero e desprovido de qualquer mérito.


Ø  TELEDRAMATURGIA EFERVESCENTE

Telespectador assíduo sabe que os meses de março e abril são os meses em que as emissoras lançam as novidades de programação do ano. Mas este ano, coincidentemente, são muitos os lançamentos em teledramaturgia para os mais variados gostos. Já tivemos as estreias de “Morde & assopra” e “Rebelde”, tramas de Walcyr Carrasco e Margareth Boury, respectivamente. Em abril, mais duas estreias em diferentes emissoras: “Amor e Revolução”, de Tiago Santiago, no SBT; e “Cordel Encantado”, da dupla Duca Rachid e Thelma Guedes, na Globo, cuja qualidade estética das chamadas  salta aos olhos e já desperta muita curiosidade por parte do público. E em maio, nova trama da Record, “Vidas em Jogo”, de Cristiane Fridman”. O mercado de roteiristas também agradece por essa efervescência. E não para por aí: atualmente no ar, quatro reprises de novelas no SBT, o tradicional “Vale a pena ver de novo” na Globo e o abençoado canal Viva com três novelas no ar, uma minissérie, mais “Malhação” e com intenções de abrir novos horários em breve. Finalmente a telenovela parece estar tendo o valor que merece. E ainda há quem aposte no fim do gênero...


Ø  EU BLOGO, TU BLOGAS, ELES BLOGAM...

Blogosfera em ebulição. Quando eu lancei o melão no passado, conhecia uns pouquíssimos bons blogs especializados no gênero, como por exemplo, o “No mundo dos famosos”, de Jeferson Balbino, que caminha para o seu quarto ano, além dos tradicionais “Mofo TV” e “Memória da TV”, dedicados em resgatar vídeos e reportagens de outras épocas. Felizmente, a cada dia pipocam novos veículos dedicados a falar de televisão e de teledramaturgia em especial. Fazer um blog é simples, mas mantê-lo com qualidade e com fidelidade de público é que são outros quinhentos. Por isso, a bolsa de apostas no melão deposita suas fichas em dois deles, por conhecer muito bem seus criadores e atestar sua qualidade: o Zappiando, de Paulinho Diniz, antigo conhecido daqui; e o recém-criado “Agora é que são eles”, mantido por cinco rapazes ávidos por teledramaturgia. Não especificamente dentro do assunto, mas também muito bem-vindo é o “Histórias de Tatu”. Totalmente repaginado por seu criador, Walter Azevedo, o blog agora tem um convidado por dia com um texto novinho, sempre recém-saído do forno. Recomendo a visita. E ainda tem o “E eu não sei?” do Wesley Vieira, o “EnTHulho Musical” do Thiago Henrick, o “SuperCult”, do Fábio Leonardo, o “Tá Fun”, do Eddy Fernandes, o "Roteirizando", da Evana Ribeiro... Boas opções não faltam. Esses jovens têm muito a dizer e o texto deles é garantia de diversão e cultura. Muitos blogueiros “oficiais” deveriam aprender com essa turma...



Ø  CONFIRAM MINHA NOVA ENTREVISTA!!!


Falando em novos blogs, há o recém-criado "Posso contar contigo", de Isaac Abda, pra quem eu cedi uma entrevista mais que especial. Espero que gostem.
http://possocontarcontigo.blogspot.com/2011/03/eu-tambem-adooooooooooro-melao.html 



Abraços em todos e até mais!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Série Memória Afetiva – 10 vilãs memoráveis - PARTE II – ANOS 90



Sim, já estou preparado para as pedradas. Por isso, nunca é demais esclarecer que este blog nunca teve a pretensão de, com suas listas, enumerar as maiores e melhores de acordo com o senso comum e sim, MINHAS MEMÓRIAS AFETIVAS. Portanto, sem essa de “falta essa” ou “falta aquela”, já que se trata de uma lista estritamente subjetiva e pessoal.

Dito isso, outra dificuldade: os anos 90 estão REPLETOS de grandes vilãs, portanto, ao enumerar apenas 10, inevitavelmente vou ser injusto com tantas outras, mas fazer o quê? Escolhas requerem sacrifício.

Portanto, não levem tão a sério. Vamos começar o desfile das malévolas que infernizaram meio mundo nos anos 90 (melhor grifar, porque teve gente que não leu direito o post das vilãs dos anos 80 e me cobraram a ausência de vilãs de outras épocas):

10) MARY MATOSO (Patricia Travassos), de “Vamp” (1991)

Vilãs cômicas, quando bem construídas, são o máximo. Aqui temos um dos exemplos mais bem-sucedidos da categoria. O texto inspiradíssimo de Calmon casou perfeitamente com uma Patrícia Travassos simplesmente infernal, deliciosa, na pele da terrível e engraçadíssima perua vampira. Aliás, todo o grupo de vilões dessa novela foi um show à parte e Mary, sensualíssima, torturando nossos ouvidos ao cantar “O amor e o poder” é simplesmente impagável. Diva total! Risadas inesquecíveis com essa personagem.


9) ISABELA FERRETO (Claudia Ohana), de “A próxima vítima” (1995)

 Sonsa, lasciva, ordinária e extremamente cruel, a terrível vilã fez escola com as tias megeras, Francesca (Teresa Rachel) e Filomena (Aracy Balabanian), (aqui mencionadas honrosamente, porque arrasaram também) e passou a perna nas duas. Uma das mais dissimuladas vilãs de todos os tempos, ela usava sua falsa candura para enganar as mulheres e sua sensualidade à flor da pele para seduzir os homens. Tá certo que ela sofreu: levou uma surra do noivo às portas do casamento, teve o rosto retalhado pelo amante e terminou vendo o sol nascer quadrado. Mas essa devoradora de homens aprontou bastante, inclusive cometendo assassinatos e, por isso, conquista essa honrosa oitava posição.



8) MARIA ALTIVA (Eva Wilma), de “A Indomada” (1997)


“Oxente, my god!”. Quem não se lembra desses e de outros bordões anglo-nordestinos proferidos pela diabólica beata que infernizava a vida dos moradores de Greenville? Uma personagem extremamente caricata que só podia dar certo se fosse vivida por uma grande atriz. E Eva Wilma deitou e rolou com o inspiradíssimo texto de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e equipe. Se atirou de cabeça na maravilhosa brincadeira e foi over, over, over, sem medo de ser feliz. E ao melhor estilo do realismo fantástico, mesmo depois de morrer queimada, ainda aparece no céu gargalhando e ameaçando a população com um antológico “I’ll be back!!!”. Pois aqui no melão, Altiva pode voltar o quanto quiser.


7) IDALINA (Nathalia Thimberg), de “Força de um desejo” (1999)

 Que atriz fantástica é Nathalia Thimberg. Consegue tanto despertar nosso afeto e simpatia com a doce e frágil Celina de “Vale Tudo”, quando nosso ódio eterno como a terrível Idalina ou Constância Eugênia, que figura na lista de menções honrosas. No folhetim de Gilberto Braga e Alcides Nogueira, Idalina não dava descanso à cortesã Ester (Malu Mader) e armava as piores vilanias para se dar bem. Interesseira, mesquinha, moralista, Idalina era capaz de tudo por um punhado de vinténs, mesmo que isso significasse a infelicidade dos próprios netos. E o olhar de La Thimberg assustava pra valer. Um dos grandes destaques dessa deliciosa novela.


6) ISADORA VENTURINI (Silvia Pfeiffer), de “Meu bem meu mal” (1990)


Isadora é daquelas vilãs clássicas: bonita, charmosa, rica, elegante e implacável com seus oponentes. Talvez a inexperiência de Silvia Pfeiffer tenha sido um fator positivo, já que grande parte da graça de Isadora era a deliciosa canastrice de sua intérprete, que talvez não casaria tão bem com uma atriz que oferecesse uma construção mais realista da personagem da trama de Cassiano Gabus Mendes. O figurino de Isadora era um espetáculo à parte. Isadora era fria e calculista, mas sempre na maior elegância. Usou e abusou de Dom Lázaro (Lima Duarte) antes dele se recuperar do derrame e preferir melão, chegando ao ponto de tentar mata-lo asfixiado com um travesseiro. Só sucumbiu por causa do amor que sentia por Ricardo (José Mayer), que foi absolvido pelo autor no final da trama. À Isadora restou a presidência da Ventutini Designers e uma solidão de rasgar o coração em um dos melhores finais de novela de todos os tempos.

5) TEODORA (Debora Bloch), de “Salsa e Merengue” (1996)

 Um verdadeiro show! O que dizer? As maldades dessa vilã mais arrancavam gargalhadas do que ira por parte do público. Teodora era deliciosa, uma festa, com tiradas fantásticas que partiam das geniais mentes de Maria Carmem Barbosa e Miguel Falabella e incorporadas com perfeição por Debora Bloch. Politicamente incorretíssima, Teodora tinha uma empregada a quem chamava de Sexta-feira, humilhava os pobres e chamava sua rival Madalena, vivida por Patricia França, de aborígene, por esta ser de origem humilde. O fato é que o sucesso de Teodora junto ao público foi tanto que no final, acabou vencendo a mocinha e arrematando o mocinho Eugênio (Marcelo Antony), com quem viveu feliz para sempre, junto de seus gêmeos afrodescendentes, já que a inseminação artificial com a intenção de conceber crianças loiras que se parecessem com Eugênio não saiu como o planejado. O fato é que, cada capítulo de “Salsa e Merengue” era aguardado, em grande parte, por causa do ótimo texto e das ótimas tiradas de Teodora. Debora Bloch faturou o Troféu Imprensa de melhor atriz daquele ano e a novela, infelizmente, nunca teve uma reprise. Torçamos para que o Viva repare essa falha, pois o público merece rever Teodora.


4) RAQUEL (Glória Pires), de “Mulheres de Areia” (1993)


Gloria Pires já tinha feito misérias como Maria de Fátima em “Vale Tudo” e já não precisava provar pra ninguém sua enorme potencialidade. Mas na trama de Ivani Ribeiro, ela se superou, pois conseguiu a proeza de criar quatro tipos diferentes: Ruth, Raquel, Ruth fingindo ser Raquel e Raquel fingindo ser Ruth. E sem o menor sinal de caricatura, o público percebia perfeitamente quem era quem, graças a um magnífico trabalho cheio de sutilezas e nuances. Que atire a primeira pedra quem nunca se divertiu quando a malvada Raquel destruía as esculturas de areia de Tonho da Lua (Marcos Frota). Mais um golaço de Gloria e um trabalho digno de figurar na galeria dos maiores de todos os tempos.


3) BRANCA LETÍCIA DE BARROS MOTTA (Susana Vieira), de “Por amor” (1997) 

 Branca podia ser falsa, maldosa, cruel, traiçoeira, preconceituosa, mas uma coisa ninguém nega: era uma delícia estar na companhia dela. Talvez a mais sarcástica de todas as vilãs, Branca tinha uma tirada inteligente para cada situação e, muitas vezes, era dolorosamente sincera ao confessar a falta de sentimento pelo marido Arnaldo (Carlos Eduardo Dolabella) e pelo filho Leonardo (Murilo Benício). O fato é que Branca protagonizou grandes e memoráveis barracos, seja com a filha Milena (Carolina Ferraz), seja com a rival Isabel (Cassia Kiss), este com direito a tapas, empurrões, tesouradas e quedas em escadaria. Um grande trabalho de Susana Vieira para se rever e aplaudir sempre.

2) VIOLANTE (Drica Moraes), de “Xica da Silva” (1996)


Que Drica Moraes era uma fera do humor, ninguém duvidava. Mas na pele de Violante em “Xica da Silva” provou que é uma das maiores e mais versáteis atrizes de sua geração. Em uma novela de tom quase operístico, de personagens grandiloquentes e caricatos, a começar pela protagonista, Drica, sem alterar o tom da voz, mostrou toda sua intensidade dramática com a ressentida e cruel Violante, um trabalho magnífico, muitas vezes tendo o olhar como ponto alto. O olhar fulminante de Violante e sua voz sussurrante causavam arrepios por todo o Arraial do Tijuco. Sua aparente fleuma ocultava uma crueldade sem limites e uma vontade ferrenha de destruir Xica (Taís Araújo) para ficar com o contratador João Fernandes (Victor Wagner), sua grande paixão. Os embates entre Xica e Violante eram memoráveis e Violante não poupava Xica de apelidos jocosos como Sinhá Macaca. A novela da extinta Manchete foi antológica, em grande parte, por conter uma grande vilã e uma atriz talentosíssima dando vida a ela.

1) LAURINHA FIGUEROA (Glória Menezes), de “Rainha da Sucata” (1990)

 No início era apenas uma quatrocentona falida, que não perdia a pose e explorava a empregada. Mas a partir da convivência com a perua emergente Maria do Carmo (Regina Duarte), por quem tinha verdadeira repulsa, Laurinha foi se tornando cada vez mais cruel. Tomada de ciúmes do enteado Edu (Tony Ramos), com quem Maria do Carmo se casou e por quem nutria uma paixonite, Laurinha chegou ao cúmulo de matar lenta e dolorosamente o diabético marido Betinho (Paulo Gracindo), dono do antológico bordão “Coisas de Laurinha”, com doses diárias de glicose no lugar de insulina. Num ato de desespero, para incriminar a sucateira ordinária Maria do Carmo, como ela mesma chamava, se atirou do alto de um prédio em plena Avenida Paulista, numa das sequências de morte mais famosas de toda a teledramaturgia. Os duelos de Laurinha com a sucateira são inesquecíveis e a personagem é, de longe, minha preferida de Glória Menezes, que a compôs com classe, elegância e também com uma intensidade incrível. Glória se jogou na personagem e quem ganhou foi o público.



MENÇÕES HONROSAS:

ü  CONSTÂNCIA EUGÊNIA (Nathália Thimberg) e Karen (Maria Padilha), de “O dono do mundo” (1991)
ü  ADRIANA (Cristiana Oliveira), TIA RUTH (Laura Cardoso) e GILDA (Ariclê Perez) em “Salsa e Merengue” (1996)
ü  ÂNGELA VIDAL (Claudia Raia) e SANDRINHA (Adriana Esteves), de “Torre de Babel” (1998)
ü  PAULA (Alessandra Negrini), de “Anjo Mau” (1997)
ü  MARIA REGINA (Letícia Spiller), de “Suave Veneno” (1999)
ü  LEONOR (Betty Faria), de “Labirinto” (1998)
ü  SALUSTIANA (Joana Fomm), de “Fera Ferida” (1993)
ü  ÚRSULA (Nicette Bruno), de “O amor está no ar” (1997)
ü  BRUNA (Andrea Beltrão), de “Era uma vez” (1998)
ü  ELVIRA (Marieta Severo), de “Deus nos acuda” (1992)
ü  CUSTÓDIA (Marilia Pera), de “Meu bem querer” (1998)
ü  DEBORA (Viviane Pasmanter), de “Felicidade” (1991)


Esqueci de alguém? E as favoritas de vocês? O melão quer saber!!!

Quer lembrar da lista das vilãs do anos 80? Acesse o link http://euprefiromelao.blogspot.com/2011/01/serie-memoria-afetiva-10-vilas.html

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