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terça-feira, 8 de maio de 2012

TOP 10 – BETTY FARIA





Aproveitando o aniversário de sua musa-mor nessa terça, dia 8, melão estreia nova sessão, “Top 10”, que vai eleger sempre seus 10 personagens favoritos de um grande ator ou atriz de nossa tevê. Claro que a estreia tinha que ser com ela. Sua carreira no cinema é um caso à parte. Bailarina de formação, Betty é uma das poucas atrizes brasileiras que canta, dança e representa, ou seja, uma estrela completa. Mas como esse espaço é um blog televisivo, vamos nos ater aos personagens da telinha. Intérprete de grandes mulheres de personalidade forte, nossa super BETTY FARIA tem uma verdadeira coleção de personagens antológicos. Como grande fã que sou, foi muito difícil chegar a apenas 10 notáveis mulheres. Em breve vamos matar as saudades de Betty em um dos episódios de "As Brasileiras", mas enquanto ele não vem, vamos relembrar alguns de seus grandes personagens: 

10) ANTÔNIA, de “De Corpo e Alma” (1992)



Logo de cara, uma personagem diferente dos habituais tipos expansivos e extrovertidos que Betty costuma interpretar. Logo depois do furacão Tieta, veio esse grande desafio de viver Antonia, uma mulher introspectiva, tradicional e devotada ao marido Diogo, vivido por Tarcísio Meira na trama de Gloria Perez. Inconformada com o término do casamento, Antonia faz de tudo para impedir que o marido a abandone para iniciar uma nova vida ao lado de Paloma. E dá-lhe cenas de choro, sofrimento e de Antonia escorregando pela parede ao som de “Atrás da Porta”, que exigiu de Betty todo seu talento dramático, que ela desempenhou muitíssimo bem.


9) CARLOTA VALDEZ, de “Suave Veneno” (1999)


Aparentemente, uma pacata dona de casa de meia idade que leva uma vida sem grandes sobressaltos. Mas quando a noite cai, ela sai misteriosamente exalando seu perfume por todo o bairro das Laranjeiras, despertando a curiosidade da vizinhança. O que ninguém sabia é que, na verdade, Carlota era uma dominatriz que deixava os homens loucos com seus acessórios e uma prática sexual chamada “o inominável”, que até hoje ficamos sem saber do que se trata. Na segunda metade da novela, para tentar alavancar a audiência, a personagem entrou na disputa com Lavínia (Gloria Pires) pelo amor de Waldomiro e assim Carlota pôde mostrar sua faceta mais humana. Betty também recebeu uma homenagem do autor Aguinaldo Silva através de uma participação especial da filha Alexandra Marzo, que viveu a bandida Lili Fusilli, em alusão á célebre Lili Carabina, interpretada por Betty nos anos 80.


8) VALKIRIA, de “A idade da Loba” (1995)

Outro trabalho de extrema sensibilidade da atriz. Afastada das novelas globais, Betty brilhou na pele da mulher batalhadora do interior que, após perder o marido, se muda para o Rio em busca de uma vida melhor. Betty protagonizou grandes cenas com Ângela Vieira. A sequência final da novela, com as duas amigas fazendo as pazes diante do Cristo Redentor, é uma das cenas finais de novela mais bonitas que já assisti. É uma pena que este trabalho não seja tão lembrado. Sem dúvida, merecia um destaque maior.



7) JUÍZA MIRANDINHA, de “A indomada”, (1997)



Implacável com os inimigos, severa com o cumprimento do dever, ela não se fazia de rogada e “enquadrava nos rigores da lei” quem quer que fosse, inclusive o prefeito Ipiranga, seu principal adversário. A paladina da justiça de Greenville, mais uma louca cidade criada por Aguinaldo Silva, escondia sua sensualidade por trás de uma figura séria e austera, até cair nos braços do fiel secretário Egídio (Licurgo Spinola), com quem teve um belo romance que causou polêmica na conservadora cidade. Mais uma personagem da galeria de  mulheres fortes interpretadas por Betty.


6) LÍGIA, de “Água Viva” (1980)



“É luta, meu amor, é luta!”. Essa frase dita por Lígia logo no início da novela define bem a personagem: uma típica alpinista social gilbertiana, lutadora, determinada, que não hesita em alcançar seus objetivos. Disposta a tudo por um lugar na sociedade, Lígia acaba se envolvendo com os irmãos Fragonard, vividos por Reginaldo Faria e Raul Cortez. Antes disso, porém, enfrenta uma crise em seu casamento com Heitor (Carlos Eduardo Dolabella), que acaba se envolvendo com Selma (Tamara Taxman), amiga da onça que se hospeda em sua casa. As duas atrizes protagonizaram uma das cenas de briga mais famosas da história das novelas, em que Lígia flagra o ex-marido a e amiga em um show de Maria Bethânia no Canecão e ali mesmo, acerta as contas com Selma, dando-lhe uma tremenda surra jo banheiro da casa de shows. Gilberto Braga repetiu a mesma cena anos depois em “Celebridade”, quando Laura (Claudia Abreu) apanha de Maria Clara (Malu Mader). Além do brilho da personagem, Betty estava lindíssima, no auge da maturidade.




5) LEONOR, de “Labirinto” (1998)



Betty acha que não foi um de seus melhores trabalhos. Ela acha que Leonor deveria ter sido vivida por uma atriz mais jovem. Definitivamente, essa não é a opinião de seus fãs, incluindo este que vos fala que, simplesmente, a-do-ram essa adorável bandida. Leonor, a suspeitíssima viúva, que estava no centro dos mistérios que rondavam o assassinado de seu marido, o milionário Otacílio Martins Fraga (Paulo José), era o charme em pessoa. Inteligente, sarcástica,Betty, na pele de Leonor, teve ótimas e sensuais cenas com Ricardo (Antonio Fagundes) por quem era apaixonada e posteriormente com o investigador vivido por Daniel Dantas, que a via como uma verdadeira femme fatale, com direito a sensual cruzada de pernas a la Sharon Stone em “Instinto Selvagem”. Seus embates cheios de subtextos com Paula (Malu Mader) também eram deliciosos, bem como as engraçadíssimas cenas com Nietinha (Alice Borges) e Yoyô (Isabela Garcia). Pode acreditar, Betty, você brilhou como Leonor!


4) GLORIA, de “Anos Dourados” (1986)



Uma das personagens mais apaixonantes da carreira de Betty, que brilhou na pele da batalhadora mãe do protagonista Marcos (Felipe Camargo), que sofria com preconceito da conservadora sociedade tijucana dos anos 50 pelo fato de ser desquitada. Gloria era avessa a qualquer tipo de preconceito e pouco se importava com convenções sociais. Ganhava a vida como caixa de uma boate de Copacabana, mas acabou se envolvendo com um homem casado, vivido por José de Abreu. A cena em que Gloria acerta as contas com Dona Celeste (Yara Amaral) foi memorável. Betty e Yara deram um verdadeiro show. A relação de Gloria com o filho era muito bonita, o texto de Gilberto Braga era simplesmente genial e o papel foi defendido com muita dignidade por Betty.


3) MARINA SINTRA, de “O salvador da Pátria” (1989)



Outro grande momento de Betty na tevê. O curioso é que, logo após essa novela, Betty emendou a novela seguinte onde faria a mais célebre personagem de sua carreira, Tieta, de personalidade diametralmente oposta à Marina Sintra, que não lembra em nada a esfuziante personagem de Jorge Amado. Líder política da cidade de Tangará e principal oponente do poderoso Severo Blanco (Francisco Cuoco), Marina era séria, centrada e ética. Mal tinha tempo para vida pessoal, mas despertou novamente para o amor nos braços de João (José Wilker). Como todo personagem de Lauro César Muniz, era riquíssima, e contraditória. Marina discutia sobre sexo abertamente com as filhas, mas mal conseguia lidar com sua própria vida sexual. Um prato cheio pra uma atriz de mão cheia.


2) LUCINHA, de “Pecado Capital” (1975)



A Cinderela do subúrbio criada pela mestra Janete Clair é inesquecível até pra quem nunca assistiu à novela. A humilde operária que se transforma em modelo pelas mãos de um homem rico tendo que dominar os ciúmes do namorado machista caiu como uma luva para a brasilidade de Betty. A atriz formou com Francisco Cuoco e Lima Duarte um dos mais célebres triângulos amorosos de todos os tempos.


1) TIETA, de “Tieta” (1989)


O que falta dizer sobre “Tieta” que ainda não foi dito? Uma ode à liberdade, uma força da natureza, um protótipo de feminilidade? Sim, Tieta era poderosa, intensa, fazia as dunas de Mangue Seco se moverem e mexia com a cabeça de todos os homens. Poucas vezes uma personagem foi defendida com tanta gana, intensidade e paixão. Impossível pensar na personagem de Jorge Amado sem pensar em Betty Faria, que fez com que Tieta ficasse marcada em nossos corações e mentes de forma indelével. Viva Tieta! Viva Betty!




MENÇÕES HONROSAS:

Joana Lobato em "Baila Comigo" (1981)

Ø  JOANA LOBATO, de “Baila Comigo” (1981)
Ø  AMÁLIA PETRONI, de “Uma rosa com amor” (2010)
Ø  ROSINHA, de “Incidente em Antares” (1994)
Ø  DJANIRA PIMENTA, de “América” (2005)
Ø  LAURA, de “Pé na Jaca” (2006)
Ø  BÁRBARA, de “Duas Caras” (2007)
Ø  MARIA MARAVILHA, de “Brasil Pandeiro” (1978)

Maria Maravilha: super-heroína tipicamente brasileira

PERSONAGENS CÉLEBRES QUE GOSTARIA DE TER ACOMPANHADO:

Com Tarcísio Meira em "Cavalo de Aço"

Ø  JOANA, de “Cavalo de Aço” (1973)
Ø  LAZINHA CHAVE DE CADEIA, de “O espigão” (1974)
Ø  LILI CARABINA, de “A história de Lili Carabina – Plantão de polícia” (1979)
Ø  JUSSARA, de “Partido Alto” (1984)
Ø  MARLUCE, de “Bandidos da Falange” (1983)
Ø  LEDA MARIA, de “Duas Vidas” (1976)
Ø  IRENE, de “Véu de Noiva” (1969)
Ø  GUIOMAR, de “O bofe” (1972)



Betty, estrela maior de minha constelação pessoal, parabéns e espero que goste de mais essa homenagem. Feliz aniversário! Beijos e Boa Sorte Sempre!

Eu e Betty no niver dela do ano passado.
E vocês, quais são seus personagens favoritos de Betty Faria?


Agradecimento pela colaboração na escolha das imagens: Naira Freitas
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