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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Melão Express – Rapidinhas, mas saborosas – Ed. 13


Ø  VETERANOS COM VIDA PRÓPRIA


Justiça seja feita. Um dos pontos altos de “Passione” é o ótimo desempenho do elenco veterano. Talento dos atores à parte, Sílvio de Abreu está de parabéns, não apenas pela escalação, mas por dar a eles papéis dignos e à altura de seus talentos. Não fazem apenas papéis de pais, tios e avós preocupados com os problemas dos personagens mais jovens como na maioria das novelas. Eles têm seus próprios dilemas, seus próprios dramas e suas tramas são as mais interessantes da novela. Que prazer ver o pentágono amoroso formado por Cleide Yáconis (destaque absoluto como a safadinha Dona Brígida), Leonardo Villar, Elias Gleiser, Aracy Balabanian e Emiliano Queiroz. Genial a ideia de um casal à beira dos 90 se divorciar e começar vida nova. E nem preciso dizer o quão fantásticos são esses atores, né? Que roteirista não sonha em escrever pra eles? Quando “Passione” terminar, eles, com certeza, serão lembrados entre os aspectos positivos da novela.

Ø  ZAPEANDO PELA TV FECHADA

ü  Sempre fui fã do “Saia Justa” e acompanhei suas diferentes formações e gostava muito da formação anterior que, pra mim, era a mais plural e a que mais fazia jus ao título do programa. As divergências entre Maitê Proença e Marcia Tiburi, por exemplo, era, pra mim, um aspecto positivo e ajudava a apimentar a atração. Tenho acompanhado a atual temporada e sinto que ainda não decolou. Não que Christine Fernandes e Teté Ribeiro não sejam boas, mas ainda estão sérias demais, muito travadas. Falta alguém descontraído como Betty Lago para dar mais leveza ao debate. A ideia das participações masculinas também é ótima, mas os homens, que poderiam dar essa graça que falta às novas saias, também estão levando a sério demais os debates. Talvez seja questão de entrosamento. Vamos aguardar.

ü  Tudo bem que era uma reprise de uma temporada exibida há algum tempo, mas nada justifica o Canal Liv interromper na metade a exibição da quarta temporada de “Project Runway” subitamente e sem justificativa alguma. Tremenda falta de respeito com os assinantes, pra não dizer, bagunça.

ü  Nunca fui aficcionado pelo programa de “Oprah Winfrey”. Sei lá, aquele fanatismo da plateia que aplaude o entrevistado e as tiradas da apresentadora a cada dez segundos sempre me irritaram um pouco. Mas qual não foi minha (agradável) surpresa, dia desses, zapeando de madrugada, quando parei na entrevista que J.K Rowling, criadora da série “Harry Potter” (confesso, também nunca li os livros ou assisti aos filmes) concedeu à apresentadora. Longe da histeria da plateia, na suíte de um hotel na Escócia, mais do que uma entrevista, foi um bate-papo franco, denso e, por que não dizer, emocionante. Oprah soube conduzir com a competência de sempre a entrevista e a entrevistada tinha uma bela história de vida pra contar. No final, o que se viu foi uma relação especular de duas mulheres muito parecidas, que vieram de baixo e que construíram fama e fortuna com seu talento incomum. E foi impossível não deixar que a emoção aflorasse por parte das duas. Era o último programa de Oprah e, em determinado momento, a entrevistada inverteu os papéis e perguntou a Oprah como ela se sentia em fechar um ciclo e Oprah respondeu com maior franqueza. A admiração mútua ficou evidente. Um bate-papo pra lá de memorável e inspirador.

Ø  AINDA SOBRE OS MELHORES, SEGUNDO O MELÃO



Meus queridos leitores citaram outros ótimos destaques que não fizeram parte de minha seleção e eu tenho que fazer justiça a eles. Como pude me esquecer dos excelentes “Dalva e Herivelto”, “Separação!?” e “A cura”? A minissérie foi pura emoção e nos brindou com uma das cenas mais emocionantes do ano: a morte de Dalva. Texto perfeito e interpretação magistral de Adriana Esteves. Já a série cômica trouxe de volta um humor semelhante ao de “Os Normais”, mas com uma linha dramática mais definida. Debora Bloch e Vladimir Brichta estiveram ótimos, mas os coadjuvantes não ficaram atrás, com destaque para Rita Elmor, Cristina Mutarelli e Kiko Mascarenhas. O texto de Fernanda Young e Alexandre Machado tem a capacidade de me fazer rir alto. Por fim, “A cura” que, apesar de não ser meu gênero preferido, nos apresentou um excelente e instigante thriller com identidade própria e gostinho de pão de queijo. Por isso, mesmo que tardiamente, incluo as três atrações no rol das preferidas do melão em 2010.

Ø  AINDA SOBRE “TI TI TI”

Sim, apesar da maioria esmagadora dos leitores concordarem com a eleição de “Ti Ti Ti” como a melhor novela do ano, a escolha não deixou de gerar alguma polêmica. Mas o mais curioso foi constatar que os detratores de “Ti Ti Ti” levam a novela mais a sério do que os admiradores, inclusive decretando a morte do gênero a partir da novela. Menos, meus queridos. Não acho que “Ti Ti Ti” tenha a pretensão de ser tão emblemática assim. Pelo contrário, o que a faz ser deliciosa é o fato de ser leve, descompromissada, uma grande farra e uma belíssima homenagem, não só à obra de Cassiano Gabus Mendes, como à teledramaturgia em geral, com suas inúmeras citações e intertextualidade a cada capítulo (e as referências não se limitam apenas aos 80’s como disseram alguns). O que mais me encanta na novela é que ela demonstra fôlego mesmo na reta final e está longe de ser uma novela escrita no automático. Os autores se preocupam em incrementar e surpreender a cada capítulo.  O que foi Stephanie (Sophie Charlotte) bancando a Esther Williams à beira da piscina e depois revivendo Marilyn Monroe em seu clássico número de “Os homens preferem as loiras” em que interpreta “Diamonds are a girl’s Best friend”? Tudo bem, grande parte do público pode não ter identificado as citações, mas e daí? Por isso vai se nivelar por baixo? Quem não conhece os filmes se divertiu do mesmo jeito, sem prejuízo para o entendimento da trama. É esse o caminho. Nunca subestimar o público. E o capítulo de sábado foi especial para telemaníacos... Que delícia a Elisângela interpretar no videokê seu antigo sucesso como cantora, “Pertinho de você”? Que homenagem bonita a ela...

E falando em homenagem, meu twitter e meu e-mail encheram de mensagens após a aparição de Divina Magda (Vera Zimmerman) em que Clotilde explica que Dom Lázaro (Lima Duarte em “Meu bem meu mal”), morreu entalado com um pedaço de melão? Mesmo muuuito que indiretamente, esse singelo melão que vos fala não pode deixar de sentir lisonjeado e homenageado, embora saiba que todas as honras e homenagens (como o próprio título desse blog) devem ser dadas inteiramente a Cassiano Gabus Mendes. De qualquer forma, adorei, Adelaide, obrigado! Confesso que esse melão ficou uma melancia, de tão enrubescido...hahaha!

Ø  PORTANTO, MEUS QUERIDOS... O MELÃO É POP!


Impossível não lembrar de Tancinha (Claudia Raia), em “Sassaricando” exibindo sensualmente a fruta na feira ao gritos de “Me olha os melão!!!”. Ainda que seja de Sílvio de Abreu, fica a dica para a equipe da novela para mais uma brincadeirinha metalinguística.


Por fim, agradeço ao meu queridíssimo amigo-irmão, Ivan Gomes, pela singela e belíssima homenagem logo no início do ano. Sim, querido, você prefere melão e o melão prefere você! Essa foto tem mais valor pra mim do que você pode imaginar. Um presentão!


Ø  ENQUETE NO AR
E aproveitem para votar na próxima enquete. Quais as novelas que você aguarda com mais ansiedade em 2011? Beijos, abraços e até a próxima!
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