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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Temas e Trilhas: ZIZI POSSI



MELÃO TE LEVA PARA ASSISTIR A CANTORA AO VIVO! SAIBA MAIS NO FINAL DESTE POST!




Ela é uma de nossas mais completas cantoras: une o canto perfeito, limpo, cristalino e afinado e também nos oferece uma interpretação emocionante como poucas. Sem contar que é uma de nossas mais refinadas, elegantes, delicadas intérpretes: uma verdadeira diva. Zizi Possi é tudo isso e muito mais e a história e a evolução de sua carreira também podem ser acompanhadas através das trilhas de inúmeras novelas que contaram com a delicadeza de seu canto. Sim, Zizi esteve presente em bem mais do que 10 trilhas sonoras, mas como sempre faço questão de ressaltar, uma lista exige escolhas e elas são sempre subjetivas. E aqui eu privilegiei a pluralidade e as várias facetas da cantora em diferentes estilos. Segue a minha lista de canções favoritas de Zizi Possi em novelas:


10) “EU ANDO OK” em “PÉ NA JACA” (2006)

Aqui temos uma Zizi sensual, irreverente, bem diferente do que estamos acostumados cantando essa versão de “Ridin’ high”, que foi tema de abertura da divertida novela de Carlos Lombardi, que combinou perfeitamente com a deliciosa animação. A música é uma delícia e Zizi deita e rola, dando agudos altíssimos sem perder a afinação. Ela parece se divertir tanto quanto nós.



9) “LACREME NAPOLITANE / VURRIA” EM “TERRA NOSTRA” (1999)


Belíssima faixa que abre o celebradíssimo álbum “Per amore”, era o tema romântico do casal Matteo e Giuliana (Thiago Lacerda e Ana Paula Arósio) no épico folhetim de Benedito Ruy Barbosa. Impossível pra quem assistiu à novela, ouvir a música e não se lembrar do sofrimento dos imigrantes italianos à bordo de um navio a caminho do Brasil e, sobretudo, das cenas líricas e românticas do casal protagonista. Uma interpretação sublime de Zizi.  

8) “RENASCER” em “QUE REI SOU EU?” (1989)

Essa bela canção que Altay Velloso compôs para "O Cisne" de Saint Saens, também foi tema da mimada Bruna (Elizabeth Savalla) em “Pão pão beijo beijo”, mas minha lembrança mais viva é como tema da romântica Princesa Juliette (Claudia Abreu) na clássica novela de Cassiano Gabus Mendes. A letra, linda, fala da coragem de largar o cais e ter coragem para “seguir os ventos que clamam por mim”. Já gostava da canção antes mesmo de associá-la à novela. Ela combinou com a personagem de Claudia Abreu, rebelde e inconformada, que desejava seguir seus ideais. E Zizi, como sempre, brilhante e comovente.


7) “CANZONE PER TE” EM “SUAVE VENENO (1999)

Um dos grandes sucessos de Roberto Carlos dos tempos da Jovem Guarda, a canção, pra lá de romântica, ganhou uma versão doce e apaixonada na voz de Zizi, que gravou para seu álbum “Passione”. Era o tema de Eleonor (Irene Ravache), que vivia um romance com um rapaz bem mais novo (Rodrigo Santoro) que, para piorar, era namorado de sua filha (Luana Piovani), na trama de Aguinaldo Silva. A letra da canção é muito linda e ganhou na voz de Zizi uma interpretação definitiva.


6) “EU TE AMO” EM “CARA E COROA” (1995)

Uma das mais belas canções de Chico Buarque, composta especialmente pera o filme homônimo de Arnaldo Jabor. Zizi regravou a canção para seu álbum “Sobre Todas as Coisas”, em 1991, considerado por muitos como um marco na carreira da cantora. Na novela de Antonio Calmon, foi o tema da Dra. Nadine (Lucia Veríssimo), que sofria por perder seu amor Miguel (Victor Fasano) para a protagonista Vivi (Christiane Torloni). Acompanhada apenas pelo piano, é uma das interpretações mais belas e intensas da cantora, que valoriza cada verso, sempre com emoção à flor da pele.



5) “A PAZ” EM “MANDALA” (1987)
Mais um tema de uma personagem vivida por Lucia Veríssimo. Aqui a atriz vivia Letícia, namorada de Édipo (Felipe Camargo), apaixonado pela própria mãe Jocasta (Vera Fischer) na polêmica novela de Dias Gomes, escrita com Marcilio Moraes. A canção de Gilberto Gil é uma das minhas favoritas do repertório da cantora. Lembro que meu LP da novela (sim, sou do tempo do LP) ficou completamente arranhado nessa faixa, de tanto que eu ouvia. Bate forte em minha memória afetiva.

4) “MAIS SIMPLES” EM “SALSA E MERENGUE” (1996)


Apesar da letra pungente de José Miguel Wisnik, a interpretação de Zizi para essa canção, que dá nome ao álbum que lançou em 96, é sensível e introspectiva. E por incrível que pareça era o tema de amor de Eugênio (Marcello Antony) e da superlativa Teodora (Debora Bloch em estado de graça), a hilária vilã da divertidíssima trama de Maria Carmem Barbosa e Miguel Falabella. E era justamente isso que era interessante, pois fazia o perfeito contraponto com o clima solar e irreverente da novela.

3) “PERIGO” EM “SELVA DE PEDRA” (1986)


Um dos maiores sucessos comerciais da carreira da cantora, foi o tema da elegante vilã Fernanda (Christiane Torloni), no remake da cultuada novela de Janete Clair. Mesmo com um arranjo bem característico dos anos 80, a canção casava perfeitamente com a classe e a elegância da personagem, muito em parte graças ao charme e a elegância da própria Zizi. Uma das cenas mais lembradas é o ousado banho de piscina de Fernanda e Cíntia (Beth Goulart), que sugeria um envolvimento amoroso entre as duas.

2) “PER AMORE” EM “POR AMOR” (1997)


Sucesso avassalador da carreira da cantora e uma de suas interpretações mais marcantes. Raramente uma canção casou tão bem com uma trama. Foi o tema de Helena (Regina Duarte) e embalou perfeitamente o encontro romântico da personagem com o amado Atílio (Antônio Fagundes) no início da cultuada trama de Manoel Carlos. Tudo na canção é belo: a letra romântica e intensa, o arranjo delicado e operístico ao mesmo tempo, mas é a interpretação magistral de Zizi que dá todo o brilho da música, que figura com tranquilidade entre os principais e inesquecíveis temas de novela de todos os tempos.


1)   “DEDICADO A VOCÊ” EM “O SEXO DOS ANJOS” (1989)



Mesmo não sendo tão lembrada como “Perigo” e nem tão célebre como “Per amore”, é, de longe a canção na voz de Zizi que mais me emociona. Belíssima composição de Dominguinhos e Nando Cordel, embalou com perfeição o ingênuo romance de Isabela (Isabela Garcia) e Adriano (Felipe Camargo) na novela de Ivani Ribeiro. Com uma interpretação muito doce e delicada da cantora, sempre tocava na novela quando o espírito de Isabela saía de seu corpo e ia ao encontro de seu anjo Adriano e também embalava o sofrimento dos personagens pelo amor impossível. Mais romântico impossível! De uma delicadeza que só mesmo uma intérprete como Zizi Possi seria capaz.



PROMOÇÃO “ZIZI POSSI” NO THEATRO NET RIO – CONCORRA A UM PAR DE CONVITES PARA O SHOW.


Quer assistir a um show especialíssimo de Zizi Possi nessa segunda, dia 20/05 com direito a acompanhante e como convidado especial do melão? É simples: responda à seguinte pergunta:

QUAL SEU TEMA DE NOVELA FAVORITO NA VOZ DE ZIZI POSSI E POR QUÊ?

O autor da melhor resposta ganha o par de ingressos, que podem ser retirados na bilheteria do teatro uma hora antes do show.

VENCEDOR DA PROMOÇÃO: GUILHERME FERNANDES



Clique aqui para obter maiores informações sobre o show:
http://www.theatronetrio.com.br/programacao/88/ZIZI_POSSI.html


Theatro Net Rio
Rua Siqueira campos, 143 2º piso
Copacabana - Rio de Janeiro - RJ
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Temas e Trilhas: Gal Costa


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Blogueiro convidado: Ivan Gomes reverencia Ivani Ribeiro


Hoje está de volta às telinhas um avassalador sucesso: “Mulheres de Areia”, remake da lendária Ivani Ribeiro, que a Rede Globo exibiu originalmente em 1993. Para relembrar os principais momentos da carreira da autora, o melão convocou um de seus maiores fãs. Ivan Gomes abre seu baú de lembranças e divide conosco os momentos favoritos da obra da autora. Além de nos proporcionar um texto ricamente informativo sobre a trajetória televisiva de Ivani, ele também nos brinda com sua emoção em falar de novelas que lhe são tão preciosas. O melão orgulhosamente estende o tapete vermelho para uma de nossas mais criativas e cativantes novelistas: Ivani Ribeiro.


Ivani Ribeiro: Artesã de emoções
por Ivan Gomes


É com muita alegria e emoção que escrevo sobre minha autora favorita de todos os tempos: Ivani Ribeiro. Sempre me identifiquei com suas histórias leves , simples mas envolventes.

Meu primeiro contato com o trabalho de Ivani foi em sua estreia na TV Globo com FINAL FELIZ (1982). Nesta novela, eu conheci os tipos e perfis de personagens que a autora sabia tão bem criar e manipular como, por exemplo, o casal que se antipatiza no início da história, mas se descobre perdidamente apaixonado, recorrente em várias tramas suas.


Ivani foi a autora que mais escreveu novelas para televisão. Estudando sua obra e lendo suas sinopses, me deparei com várias histórias que gostaria de ter visto e que minha idade não permitiu, como por exemplo OS FANTOCHES (TV Excelsior, 1967) e AS BRUXAS (TV Tupi, 1970). Ivani também foi pioneira, ao abrasileirar as primeiras telenovelas diárias da televisão brasileira, alterando finais de originais importados. Nota-se também, analisando seu trabalho, a imensa variedade de temas. Ivani sabia como ninguém manipular seus típicos personagens e arquétipos em tramas diferentes entre si, o que não deixava no telespectador a sensação de estar sempre vendo a mesma novela.


Na TV Globo, apenas FINAL FELIZ, foi uma novela inédita. Graças ao resgate, com nova roupagem de tramas antigas suas, pude conhecer histórias como CAMOMILA E BEM ME QUER (Tv Tupi, 1972) que virou AMOR COM AMOR SE PAGA (1984) e deixou pro memorial de grandes personagens da dramaturgia brasileira o avarento NONÔ CORREIA vivido por Ary Fontoura e até hoje sinônimo de pão-durismo.

Em 1985, estreia A GATA COMEU (remake de A BARBA AZUL da TV Tupi de 1974), a minha novela do coração! Me apaixonei e sofri junto com a Jô Penteado (magnificamente interpretada por Christiane Torloni) na sua luta, desesperada e maluca para conquistar o Professor Fábio (Nuno Leal Maia); odiei  a vilã Glaucia (muito bem interpretada por Bia Seidl), ria com Tetê e Gugu (Marilu Bueno e Cláudio Correa e Castro) torcia pelos casais Baby e Zé Mário (Mayara Magri e Elcio Romar) e Lenita e Edson (Deborah Evelyn e José Mayer) e ansiava por ver descobertas as mentiras do Seu Oscar (Luiz Carlos Arutim). Foram muitos os personagens marcantes dessa novela, que se tornou cultuada por toda uma geração.



Mais simples e ingênuas foram as novelas seguintes: HIPERTENSÃO, de 1986 e O SEXO DOS ANJOS (1989), também baseadas em antigos sucessos seus: NOSSA FILHA GABRIELA (TV Tupi, 1971) e O TERCEIRO PECADO (TV Excelsior, 1968), respectivamente.

A decada de 90 mostra que a ingenuidade das tramas de Ivani era só aparente: MULHERES DE AREIA em 1993 , remake da novela homônima  da Tupi de 1973 mixada com a trama de O ESPANTALHO de 1977, da TV Record, trouxe personagens fortes e cenas mais ousadas também, e que hoje nem podem não ao ar devido à Classificação Indicativa, como a cena em que o mau caráter, Vírgilio (Raul Cortez), assombrado pelos ataques do Espantalho, pede a Clarita (Susana Vieira) o mate para que ele possa se livrar desse tormento. Vamos conferir nessa reprise.



A VIAGEM (1994, remake da trama da Tupi de 1975) também tocou fundo no coração dos espectadores, é sem dúvida a melhor e mas bem feita novela com temática espírita.
Com mais uma grande e inesquecível atuação de Christiane Torloni, ao lado de Antonio Fagundes, Guilherme Fontes, Laura Cardoso, Claudio Cavalcanti e Lucinha Lins, está ultima responsável por uma das mais tocantes cenas de nossa dramaturgia, quando Estela ‘’sente’’ a morte de Dinah e Dr. Alberto recebe um telefonema confirmando o fato. Impossível não se emocionar.



Falecida no ano de 1995, Ivani ainda deixou o argumento de uma novela, que foi ao ar em 1996 com o nome de QUEM É VOCÊ, porém mal desenvolvida em seu início, conseguindo algum interesse, apenas quando o autor Lauro Cesar Muniz, assumiu o texto até então escrita por Solange Castro Neves.

Fica até hoje a saudade de tramas que emocionavam, divertiam,  nos faziam torcer,  sabiamente criadas pelo coração, pela criatividade e pelas mãos da artesã das emoções, histórias que até hoje povoam a minha imaginação e com certeza a de muita gente que como eu, teve o privilegio de poder acompanhar algumas, de seu vasto arsenal de histórias. À Ivani Ribeiro, todo meu respeito e meus aplausos!
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 Ivan Gomes é DJ, pesquisador musical, blogueiro e um dos noveleiros mais apaixonados e com o maior nível de conhecimento que conheço.

Leia também outro texto de Ivan publicado aqui no melão: 

Blogueiro convidado: Ivan Gomes fala de "Guerra dos Sexos"


E mais Ivan no melão:

A Urca de “A gata comeu”.

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domingo, 2 de maio de 2010

Série Memória Afetiva: O sexo dos anjos



Ivani Ribeiro (Santos, 20 de fevereiro de 1922 — 17 de julho de 1995) adorava escrever histórias ingênuas, inocentes, no melhor estilo “água com açúcar”, ainda que dois de seus grandes sucessos na Rede Globo, “Mulheres de areia” (1993) e “A viagem” (1994), fugissem desse estilo. No entanto, escrever histórias ingênuas e simples nunca significou que elas fossem tolas, simplórias. Um dos grandes méritos de Ivani foi o de nunca menosprezar o espectador. Suas tramas, mesmo que fantasiosas, primavam pela coerência e fidelidade ao estilo proposto e eram sempre aliadas a um envolvente texto.

Nessa linha é que em 1989, Ivani nos brindou com a bonitinha O sexo dos anjos, novela do horário das 18 horas, com direção geral de Roberto Talma, remake de um antigo sucesso seu na TV Excelsior chamado “O terceiro pecado”. A história sobrenatural  girava em torno da doce Isabela (Isabela Garcia), jovem que foi escolhida pelo anjo da Morte (Bia Seidl) para morrer. Para isso a Morte envia um de seus emissários, Adriano (Felipe Camargo) para cumprir a tarefa e buscar a jovem. No entanto, Adriano acaba apaixonando-se por Isabela e quer levar a irmã da moça em seu lugar, a rebelde e voluntariosa Ruth (Sílvia Buarque). Depois de muito negociar, Adriano consegue um acordo: ele só levará Isabela quando esta cometer três pecados. A partir daí, o que vemos é uma espécie de disputa entre a Morte e seu emissário. Adriano se materializa e se passa por professor de tênis de Ruth, que se apaixona por ele, para poder freqüentar a casa e proteger Isabela, ao passo que a Morte também se materializa e assume a identidade de Diana, também freqüentando a casa da família, já que faz amizade com Leonor (Miriam Pérsia), mãe das jovens. Enquanto Adriano faz de tudo para evitar que Isabela cometa os pecados, Diana faz exatamente o oposto. Leonor tem outros dois filhos: Tomás (Marcos Frota), surdo-mudo de ótimo coração e melhor amigo de Isabela, que vive às turras com Ruth; e Otávio (Humberto Martins, estreando em novelas), que assumiu os negócios da família após a morte do pai. Tomás descobre que Adriano é anjo e faz de tudo para que ele conquiste Isabela, que odeia Adriano, o maltratando permanentemente.


No entanto, Adriano consegue encontrar Isabela nas noites em que o espírito da moça sai de seu corpo e vai ao encontro dele. Dessa forma, os dois fazem juras de amor, mas Isabela nunca se lembra de nada no dia seguinte. Toda vez que aconteciam esses encontros amorosos, o público era brindado com a belíssima canção “Dedicado a você”, de Dominguinhos e Nando Cordel, interpretada com maestria por Zizi Possi. As cenas eram muito bonitas e líricas. No fim, Adriano consegue impedir  morte de Isabela e torna-se um mortal para poder viver seu grande amor. Diana faz com que eles nunca se lembrem de nada.

A questão da ecologia estava muito em evidência na época. E a autora abordou o tema através da história de Renato (Mario Gomes), missionário e ecologista perseguido na Amazônia, que assume a identidade do cunhado de Leonor, Padre Aurélio (Stenio Garcia), após a morte deste. Renato se faz passar por padre e também se integra à família de Leonor e (pasmem!), acaba se envolvendo com Diana, o anjo da Morte. Por mais fantasiosa que a história pudesse parecer, Ivani tinha a capacidade de fazer com que o espectador gostasse de acreditar naquilo tudo e torcesse para que tudo terminasse bem. Uma fábula moderna, cheia de charme e com estilo único e todo especial que só a autora possuía.


A novela ainda tinha outros personagens carismáticos como a fogosa e irreverente Francisquinha (Eloísa Mafalda, sempre ótima!), parente distante que vem para o Rio participar de um concurso de lambada (sim, a lambada estava com tudo!) e ao som de “Adocica”, de Beto Barbosa, protagonizou cenas hilárias com o atrapalhado detetive Aranha (Tonico Pereira), contratado por Rogê (Otávio Muller), namorado de Isabela, para investigar Adriano. O anjo provocava Aranha, desaparecendo na frente dele, deixando o detetive morrendo de medo. O núcleo jovem ainda contava com o casal Gigi e Zé Paulo (Carla Marins e Irving São Paulo), jovens de classes sociais diferentes, que tiveram que enfrentar a resistência das duas famílias para ficarem juntos. Zé Paulo era superprotegido pela amargurada Vera (Norma Bengell), que disputava com a irmã Leonor o amor do médico da família, Durval, vivido por Paulo Figueiredo. No final da novela, descobria-se que Durval era o verdadeiro pai de Tomás. A irmã de Isabela Garcia na vida real, Rosana Garcia, também esteve no elenco da novela, vivendo a ambiciosa Lucinha, filha do porteiro de um prédio chique em Ipanema, que trabalhava no supermercado com Gigi, mas fingia ser rica para o namorado Cássio (Rodolfo Bottino), que também se fazia de playboy, mas era filho do jardineiro Bastião (Lutero Luís, que faleceu durante a novela). Bianca Byington, como a reprimida Neide, Caíque Ferreira, Cosme dos Santos, Ilva Niño, Stepan Nercessian, Paula Burlamaqui, Inês Galvão e João Camargo também faziam parte do elenco, entre outros.

A abertura da novela simulava uma festa no céu em que os convidados eram flechados por cupidos animados ao som da balada de estilo cinquentista “Matiné no Rian”, interpretada por Paula Toller e João Penca e seus Miquinhos Amestrados. Rosana (Onde o amor me leva), Yahoo (Anjo), Lulu Santos (A2), Eduardo Dusek (Sou eu) e Marília Pêra (Amendoim Torradinho)  eram algumas dos nomes que compunham a trilha nacional da novela. Já a internacional, tinha grandes sucessos do pop e do rock da época como “Sweet child o’mine” (Guns n’ roses), “If you don’t know me by now” (Simply Red) e “Listen to Your Heart” (Roxette), que foi o tema internacional dos protagonistas, entre outros. Mas a música que mais tocava era a balada “Namorar”, cantada pela desconhecida Claudia Olivetti, presente praticamente em todas as cenas românticas dos núcleos jovens da novela.  

Mesmo que não tenha sido uma novela memorável para o grande público, “O sexo dos anjos” foi uma novela simpática, romântica e envolvente, que possuía a marca inconfundível de Ivani Ribeiro: a capacidade de sonhar e fazer sonhar sem medo de ser feliz.

"Ainda que eu fale a línguagem dos homens e dos anjos. Ainda que tenha o dom de profetizar, se não tiver amor, eu nada serei" (passagem bíblica que Adriano repetia para Isabela e que era a mensagem principal da novela).

Teste seus conhecimentos sobre a novela em: http://www.quizyourfriends.com/take-quiz.php?id=1004160327537919&a=1&  

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