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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Melão Express – ed. 20: POESIA, SÉRIES E UM TALENTO QUE DESPONTA.


Ø  POESIA DE TARCISIO LARA PUIATI AGITA IPANEMA



Meus queridos, é com muito prazer que convido a todos vocês a prestigiar na sexta, dia 12/07, na Livraria da Travessa, em Ipanema, o lançamento de RABIOLA, nova aventura poética de meu querido amigo e companheiro de escrita em “O astro”, Tarcísio Lara Puiati. O lançamento vai ser o máximo, com muita poesia, cultura, agitos, gente fina, elegante e sincera. Tatá arrasa, tanto em prosa, quanto em poesia.
Curta a fan page do livro e confira as orelhas virtuais de nomes como Antonio Calmon e Alcides Nogueira e também alguns poemas interpretados por Raphael Vianna, Thiago Mendonça, Pablo Sanábio, entre outros.



Esperamos todos vocês!


Ø  ÓTIMA SAFRA DE SÉRIES NO GNT

Depois da excelente “Sessão de Terapia”, o canal GNT, que vem surpreendendo com ótimas séries desde “Mothern”, vem como uma ótima e nova safra para todos os gostos, como “Copa Hotel” e “Surtadas na Yoga”. Mas minhas favoritas dessa leva são “3 Teresas” e “As canalhas”.



3 Teresas”, produzida pela Bossa Nova Films, acompanha paralelamente os acontecimentos da vida de avó, mãe e filha, as 3 Teresas do título, vividas pelas ótimas Claudia Mello, Denise Fraga e Manoela Aliperti. A série é uma criação de Luiz Villaça, Rafael Gomes, Sérgio Roveri, Leonardo Moreira e Carô Ziskind e conta sempre com um roteiro esperto, com diálogos espirituosos e trama que foge dos velhos clichês dos dramas femininos de sempre. Os assuntos recorrentes, como amor, sexo e conflitos familiares estão presentes, mas há sempre uma quebra de expectativa nos episódios que surpreende no final. As atrizes estão ótimas em cena e os personagens são muito bem construídos. Drama e humor na medida certa.


Já “As canalhas”, produzida pela Migdal Filmes, com roteiro de Anna Muylaert (que também assina a direção geral) e Carolina Castro e segue a fórmula de “As cariocas” e “As brasileiras” ao contar, a cada episódio, as peripécias de uma personagem feminina diferente, mas de uma maneira deliciosa e politicamente incorreta. São mulheres de idades e classes sociais diferentes, mas com uma característica em comum: são canalhas. Elas passam pelo salão de beleza de Marilyn (Zezeh Barbosa) e lá narram sua história para o público. Tem todo tipo de canalhice: mãe que rouba namorado da filha, cuidadora que explora idoso, mulher que troca o marido pelo cunhado e por aí vai... O elenco é ótimo: Monica Martelli, Carla Marins e Mel Lisboa são os nomes mais conhecidos, mas todas são excelentes. Todos os episódios são ótimos, repletos de um humor deliciosamente cruel. Impossível não amar e não torcer por essas adoráveis canalhas.

Ø  MELÃO APOSTA EM CLARICE ALVES: UM TALENTO QUE DESPONTA NO CINEMA.



Ela é uma atriz brasileira, mora em Madri há algum tempo e em menos de 1 ano, já desponta, com muito futuro, no cenário cinematográfico nacional. Neste período já fez o média "Entre Amores"- com roteiro e direção de Bruno Saglia; o curta "Estatísticas"- roteiro de Marcela Macedo e direção de Giuliano Nandi; será protagonista do longa "Diminuta", de Bruno Saglia- com Deborah Evelyn, Carlos Vereza e Reynaldo Giannechini e filmará ainda mais um curta-metragem ainda este ano. Claro que não vai demorar para a tevê descobrir o talento dessa linda atriz. Melão se antecipa e apresenta CLARICE ALVES! Vamos conhece-la melhor?

Melão - Quando surgiu seu desejo de ser atriz e como foi sua trajetória até a realização dos primeiros filmes? 
Clarice - Desde pequena eu queria ser atriz. Sempre adorei ver novelas, ir ao cinema e ao teatro. Sempre me interessei pelo trabalho dos atores e por tudo o que envolvia a produção dos espetáculos que assistia. Alugava filmes e depois assistia os making- offs e as entrevistas que podia. Um dia falei para a minha mãe que queria ser atriz e estudar para isso. Ela procurou cursos e me matriculou na Companhia de Artes Avancini. Lá, com 12 anos tive o meu primeiro contato com o palco e com a câmera. Desde então me apaixonei por essa profissão e tive certeza que era o que queria fazer. Mesmo estando a 7 anos fora do Brasil não parei de fazer cursos de interpretação e  de estudar. Me formei em assessoria de imagem e comecei a fazer faculdade de artes cênicas. Ano passado, enquanto estava de férias no Rio, conheci a Jackeline Barroso da agência Barroso Pires. Ela é agente de um amigo e hoje é a minha agente também. Ela conseguiu mostrar meu material para o diretor Bruno Saglia que me convidou para fazer um teste para o filme "Entre Amores". Passei! Para minha surpresa, após este teste, ele também me convidou para ser a protagonista (junto com Deborah Evelyn e Reinaldo Gianecchini) do seu próximo longa "Diminuta". Através da minha agente também consegui que o produtor Márcio Rosário visse meu material e me chamasse para participar do filme "Estatísticas".

Melão - Você participou de dois médias-metragens e ainda este ano filmará um curta, além do longa-metragem "Diminuta", no qual será protagonista. Como você explica este sucesso? 
Clarice - Gosto muito do que eu faço e por isso sempre procurei estudar e não deixar de fazer cursos, independente de onde estivesse. Ano passado participei do meu primeiro media com o diretor Bruno Saglia e foi uma experiência fantástica. Tive a oportunidade de estar com profissionais muito experientes, a quem sempre admirei como a Daniela Escobar e a Thaís de Campos. Procuro aproveitar o máximo meu tempo com todos eles porque cada trabalho é um grande aprendizado. Aprendo não só gravando como observando todos os profissionais que estão a minha volta. Enxergo cada trabalho como uma nova oportunidade de crescer como atriz e tento dar o meu melhor sempre.

Melão - O que te fez morar em Madri e o que te encanta na cidade? Tem vontade de voltar a morar no Brasil? 
Clarice - Fui para Madri com o meu marido pela sua profissão. Ele é jogador de futebol e foi vendido para o Real Madrid muito novo, quando tínhamos 17 e 18 anos. Nós mudamos para lá e já levamos quase 7 anos na cidade. Hoje em dia nos sentimos em casa em Madrid e temos um carinho enorme pela cidade. É um lugar maravilhoso, cheio de vida, com muitas coisas diferentes para fazer. Lá encontramos de tudo, parques lindos, restaurantes maravilhosos, espetáculos ótimos de teatro, lugares tranquilos, bairros alternativos com todo tipo de lojas, bares e pessoas. É uma cidade muito movimentada com muita energia e diversidade. Mesmo assim, tenho bastante vontade de voltar a morar no Brasil. Nosso povo e nossa cultura são únicos e é impossível não sentir saudades. Sempre que podemos vamos ao nosso país, seja de ferias ou a trabalho e aproveitamos o máximo possível.

Melão - Fale de sua expectativa para filmar "Diminuta", longa que você irá atuar com nomes conhecidos como Reynaldo Gianecchini, Daniela Escobar a Carlos Vereza. 
Clarice - Esse projeto é muito especial, um filme único. O roteiro do Bruno é maravilhoso, completamente inspirador e poético e ao mesmo tempo muito real. É uma historia sobre o mundo do jazz que vai conseguir reunir diferentes tipos de artistas. Poder estar dentro desta produção é um sonho. Tenho certeza que todos os profissionais estão muito empolgados de poder fazer parte deste filme. Eu ainda mais, por ter a chance de estar do lado de atores que são grandes referências no nosso país, a quem acompanho desde pequena em novelas e filmes. Sem dúvidas será uma experiência totalmente rica e inesquecível. 


Melão - Como está sendo sua preparação para compor as personagens de todos estes filmes? 
Clarice - Estou vendo filmes indicados pelos diretores para me aproximar ao máximo da ideia deles e da atmosfera de cada história. Leio o máximo de livros que posso que me ajudam na construção dos personagens. E estou aproveitando este mês de férias no Brasil para ter aulas de corpo e aulas mais específicas com a minha coach, Thais de Campos.

Melão - Você tem planos em trabalhar na televisão? Tem algum ator ou atriz que lhe sirva de inspiração?
Clarice - Tenho muita vontade de trabalhar na televisão. Adoro as novelas brasileiras e assisto desde criança.  Será um momento muito especial quando tiver a oportunidade de participar de alguma. Adoro os trabalhos da Meryl Streep, Angelina Jolie e Johnny Depp. No Brasil adoro ver a Adriana Esteves e a Claudia Abreu. Todos eles me inspiram muito.

Melão - Você costuma assistir às nossas novelas? Que sim, quais suas favoritas?  
Clarice - Sim. Tenho Globo internacional e sempre que posso assisto. Amei “Avenida Brasil”. Comecei a assistir do meio para o final, mas não conseguia perder nenhum capítulo. Os personagens e a trama eram ótimos e a Carminha uma vilã pela qual era impossível não ter empatia. Também adoro minisséries. Entre as minhas preferidas estão "A casa das sete mulheres" e "Hilda Furacão".

Obrigado pela entrevista, Clarice. O blog deseja todo sucesso a você e, em breve, venha nos contar sobre seus primeiros trabalhos televisivos!


Ø  ANOS REBELDES: ONTEM, HOJE E SEMPRE!

Claro que é uma grande coincidência, mas não deixa de ser simbólico o fato do Canal Viva estar exibindo uma reprise de “Anos Rebeldes” na mesma época em que acontecem diversas manifestações populares em todo o país. A mítica minissérie de Gilberto Braga sobre os anos de chumbo termina essa semana e não deixa de ser uma grande inspiração para todos que desejam e lutam por um país melhor. Melão apoia totalmente o movimento #VemPraRua, sem vandalismo e violência! “Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento... eu vou, por que não?”.



Beijos e até a próxima!  

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Melão Express: Rapidinhas, mas saborosas – ed. 19



Ø  EXCLUSIVO: NAYARA GLÓRIA ABALA OS PALCOS PAULISTANOS

As tresloucadas Luli Fuentes e Nayara Glória, vividas pelas excelentes Gisa Gonçalves e Maria Rocha. Foto: Marcelo Rissato

Meus queridos, o melão se ausentou por uns dias para se dedicar ao teatro. Mas, mesmo nos palcos, não deixou a televisão de lado, já que a protagonista de minha peça é a famosíssima Nayara Glória, atriz de imensos sucessos em nossas telenovelas! Quem nunca ouviu falar dela?

Ainda estou anestesiado com o grande sucesso de meu espetáculo “O que terá acontecido a Nayara Glória?”, escrito em coautoria com Carlos Fernando Barros e Fellipe Carauta e estrelado pelas talentosíssimas e brilhantes Gisa Gonçalves, no papel da modelo e apresentadora Luli Fuentes; e Maria Rocha, na pele do papel-título, Nayara Glória, atriz de antigas novelas e pornochanchadas que vê na participação do programa da estrela ascendente Luli uma oportunidade para voltar ao mundo dos holofotes.

Equipe quase completa

Sob a direção do queridão Rodrigo Ferraz (Dog para os íntimos e não-íntimos), o espetáculo, exibido nessa edição das Satyrianas, em São Paulo,  conseguiu arrancar risadas da plateia presente. Teatro completamente lotado, fila na porta e gente querendo ingressos. Depois desse sucesso, só me resta agradecer a todos os profissionais envolvidos e torcer para que a peça ganhe uma temporada em palcos paulistanos e cariocas e, quem sabe até, em minha cidade natal, Petrópolis.

Nayara Glória ressurgiu como um meteoro, mas avisa: “I’ll be back”!




Ø  LADO A LADO: AUTÊNTICO NOVELÃO



Com os finais de “Cheias de Charme”, “Avenida Brasil” e “Gabriela”, estamos passando por um período de ressaca nas novelas atuais, que vêm tendo uma audiência abaixo do esperado. Há vários fatores para isso (horário político, horário de verão, calor, etc), mas falta de qualidade, definitivamente, não é o caso de "Lado a Lado”, novela das seis dos estreantes João Ximenes Braga e Claudia Lage sob a supervisão de Gilberto Braga. A novela não tem o ritmo frenético de “Avenida Brasil”, nem a irreverência de “Cheias de Charme”, mas tem todos os ingredientes do autêntico folhetim como troca de bebês, intrigas que separam casais e personagens clássicos: heroína sofredora que dá uma grande virada, herói acima de qualquer suspeita que luta contra as injustiças sociais e uma vilã terrível, mas com traços de humanidade. Tudo isso com um delicioso pano de fundo: o Rio de Janeiro do início do século XX, um período pouquíssimo explorado em nossa teledramaturgia, mas com acontecimentos muito ricos, como o advento do futebol e do samba, a influência francesa na construção da Avenida Rio Branco, o fim dos cortiços, o processo de favelização e as Revoltas da Vacina e da Chibata. A novela está cada vez melhor e mais emocionante e merece uma audiência mais significativa. Vamos acompanhar.

Ø  NANDA COSTA: GRATA SURPRESA EM “SALVE JORGE”



Salve Jorge” já avança em suas primeiras semanas e já podemos identificar na novela vários traços das obras de Gloria Perez: caldeirão multicultural, cultura de um país exótico, gafieira, muitos personagens e uma mocinha com pegada bem popular. Desde a porta-bandeira Jussara (Betty Faria) de “Partido Alto” (1984), a autora tem criado mocinhas longe do ideal romântico de perfeição. E sua Morena, vivida por Nanda Costa, não foge à regra. Alguns temiam que a inexperiência da moça fosse prejudicar o desenvolvimento da personagem, mas isso, definitivamente, não está acontecendo. A primeira vez que reparei de verdade em Nanda foi no especial “Por toda a minha vida” em que ela viveu a lendária cantora Dolores Duran com ótima atuação. Em “Salve Jorge”, Nanda está muito bem como a jovem moradora de comunidade, que foi mãe precoce, se veste de maneira sensual, não dispensa um baile funk, não leva desaforo pra casa, mas que, inconformada com seu destino, tem sonhos e ambições. Típica mocinha das novelas de Gloria, como Clara de “Barriga de Aluguel” (1990) ou Sol (Deborah Secco)  de “América” (2005). Nanda está muito segura em cena e demonstrou ótima química com o herói Theo (Rodrigo Lombardi). Ao contrário de Sol e Clara, tem tudo pra emplacar um final feliz com o mocinho original.

Ø  SESSÃO DE TERAPIA: O PODER DA PALAVRA



O atual biscoito finíssimo da atual programação teledramatúrgica atende pelo nome de “Sessão de Terapia”, versão brasileira da baladada “In treatment”, série exibida se segunda a sexta, às 22:30 pelo GNT, com direção de Selton Mello e redação final de Jaqueline Vargas. A série tem uma estrutura bem simples: uma sala, um psicólogo e seus pacientes. Por isso mesmo, depende em muito da atuação dos atores, de uma direção afiada e de um texto preciso. O poder da palavra consegue prender nossa atenção para os dramas dos pacientes e dos psicólogos. Com atuações irrepreensíveis de ZéCarlos Machado, Maria Fernanda Cândido, Sergio Guizé, Bianca Muller, Mariana Lima, André Frateschi, Selma Egrei e Maria Luisa Mendonça, a série proporciona surpresas e revelações que vão se desvelando a cada episódio, aumentando cada vez mais a carga dramática da trama. Imperdível! Se você perder algum episódio durante a semana, tem reprises aos sábados e domingos.


Ø  O ASTRO NO EMMY INTERNACIONAL

E não é que, mais de um ano depois do final de “O astro”, a pedra ametista continua a brilhar? Sim, fomos indicados ao Emmy internacional! Claro que a felicidade foi geral e não posso deixar de cumprimentar todo o elenco, equipe, direção genial sob o comando de  Mauro Mendonça Filho, meus queridos mestres Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro (que estarão chiquérrimos no red carpet), meu querido companheiro de escrita Tarcisio Lara Puiati e o grande idealizador disso tudo: Roberto Talma. Que Santa Janete Clair, a verdadeira dona da história e padroeira das telenovelas, nos abençoe. A cerimônia de entrega acontece no próximo dia 19 de novembro em Nova Iorque. Vamos todos torcer!  

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Melão Express: rapidinhas, mas saborosas – Ed. 18



Ø  “QUE REI SOU EU?” E A TRILOGIA DA CRÍTICA SOCIAL



Mesmo que tenha sido mera coincidência, o Canal Viva acabou promovendo uma trilogia com o mesmo tema em seu horário noturno  de novelas. Seja pelo viés realista como “Vale Tudo” ou pelo viés satírico como “Roque Santeiro”, o debate em torno de corrupção e ética em nosso país tem sido um tema recorrente que, agora com a estreia de “Que Rei Sou Eu?” permanece com força total.
Em “Vale Tudo”, o trio de autores Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres promoveu uma verdadeira comoção com o retorno da novela e, de maneira séria, trouxeram de volta a pergunta feita nos anos 80 e que continua mais atual do que nunca: vale a pena ser honesto no Brasil?
Já em “Roque Santeiro”, Dias Gomes e Aguinaldo Silva fizeram da célebre Asa Branca um microcosmo de nosso país com todos os seus tipos, crenças e costumes ali representados e discutiram temas como coronelismo e religiosidade através do mito de um falso santo.
Agora em “Que Rei Sou Eu?”, obra-prima de Cassiano Gabus Mendes, podemos revisitar o maravilhoso reino de Avilan, verdadeiro retrato político e social de nosso país e também assustadoramente atual.
Além da inspiradíssima trama e do texto impecável, também estamos podendo matar saudades de grandes atores em excelentes atuações, com destaque para a operística Rainha Valentine (Teresa Rachel em seu melhor momento na tv) e para o diabólico bruxo Ravengar (Antonio Abujamra em estado de graça). Os conselheiros do reino, interpretados por Jorge Doria, Daniel Filho, Oswaldo Loureiro e os saudosos Laerte Morrone, Carlos Augusto Strazzer e John Herbert também são um show á parte. E os destaques do elenco não param por aí: temos Natalia do Vale, Mila Moreira e Isis de Oliveira no auge da beleza; Claudia Abreu e Giulia Gam, em início de carreira, mas com atuações de veteranas e outros tantos atores maravilhosos como Zilka Salaberry, Ítala Nandi, Marieta Severo, Edney Giovenazzi, Vera Holtz estreando em novelas e Aracy Balabanian, entre outros. Edson Celulari vivendo o herói e Tato Gabus seu antagonista também brilharam.
Algumas referências à política da época podem soar um pouco datadas, mas no geral, poderemos comprovar que, infelizmente sob muitos aspectos, continuamos a viver no Reino de Avilan.

  
Ø  GLOBO DE OURO”: OS 80’S VOLTARAM!

A cantora Rosana: uma das presenças mais constantes
Hoje em dia, se você não for um frequentador inveterado de micaretas ou adepto do “gênero” sertanejo universitário, vai ter grandes dificuldades em encontrar algum programa musical que não privilegie apenas esses estilos. Mas nem sempre foi assim. Em meados dos anos 70 até o início da década de 90, havia o “Globo de Ouro”, um programa que abarcava todos os gêneros e estilos. Em uma mesma edição, podíamos assistir de tudo: de Gal Costa a Kátia, de Cazuza a Luiz Caldas, de Titãs a Trem da Alegria. E para a felicidade dos saudosistas de plantão, o Canal Viva (sempre ele!) está reprisando edições do programa, mais precisamente exibidas entre 1988 e 1990. E não deu outra. Em pouquíssimo tempo, o “Globo de Ouro” virou a nova febre do Twitter, colocando a hashtag “#CamaroteDollyGlobodeOuro” e os nomes dos artistas que participam do programa entre os mais comentados da rede social. Fora a diversão com os cabelos, figurinos e estilos da época, hoje praticamente carnavalescos, tem sido uma delícia recordar tantos sucessos nesse verdadeiro caldeirão de estilos. E também é uma ótima oportunidade para os noveleiros recordarem os temas de novelas mais executados na época: Patricia (pré-Marx e pós-Trem da Alegria) cantando “Festa do Amor” da novela “Bambolê”, por exemplo. Outros temas de novelas também podem ser relembrados. De “Fera Radical”, Jane Duboc (“Sonhos”) e Lulu Santos (“A cura”); de “Vale Tudo”, Gonzaguinha (“É”), Jane Duboc (“Besame”) e Barão Vermelho (“Pense e dance”); de “Bebê a Bordo”, Gal Costa (“Viver e reviver”), Joanna (“Amor Bandido”), Paralamas do Sucesso (“O beco”), Wanderleia (“Me ame ou me deixe”) e José Augusto (“De igual pra igual”). Mas a recordista de hits era a novela “Mandala”, com Wando (“Eu já tirei a tua roupa”), Djavan (“Dou não dou”), Egotrip (“Viagem ao fundo do Ego”), Zizi Possi (“A paz”), Guilherme Arantes (“Um dia, um adeus” e a recordista absoluta e grande hitmaker da época, Rosana e seu clássico “O amor e o poder”. Portanto, não marque nada para as noites de segunda a sexta, às 23:15. Assistir ao “Globo de Ouro” acompanhando os comentários pelo Twitter é diversão garantida.

Ø  TELEDRAMATURGIA INVADE A GAZETA

Ótima notícia para os noveleiros. Nosso querido Nilson Xavier, especialista em teledramaturgia,  autor do “Almanaque da Telenovela Brasileira” e criador do site “Teledramaturgia”, de longe o melhor e mais completo site de consultas sobre novelas brasileiras, é o mais novo contratado da TV Gazeta, onde terá um quadro sobre teledramaturgia: "estarei toda quinta-feira no programa Mulheres da TV Gazeta, entre as 14h30 e 15h, conversando com a Cátia Fonseca sobre novelas, as atuais e as antigas. A ideia é, toda semana, relembrarmos alguma novela de sucesso do passado”, complementa o especialista.
Ao Nilson, que gentilmente escreveu o texto da orelha do livro do melão, desejamos sucesso em mais essa empreitada. O moço vai longe! 



Ø  LINKS LEGAIS

Pra quem ainda não leu, recomendo uma entrevista super legal e completa que meu querido Alcides Nogueira concedeu ao blog “Super TV e Mais”, de Leandro Brasil. A entrevista foi tão completa que foi publicada em duas parte. Seguem os links:



Também concedi uma entrevista para o roteirista André Luis Cia, que foi publicada no blog de Tati di Mello. Ficou bem bacana. Espero que gostem!


Ø  OLHA O MELÃO! VAI LEVAR, FREGUESA? TÁ FRESQUINHO!


Vivem me perguntando como se faz pra obter o livro do blog. Por enquanto só está sendo vendido em livrarias virtuais, como a Singular e a Livraria da Travessa. Há um link permanente para comprar aqui mesmo no blog, no canto superior esquerdo da página. Mas para os distraídos que ainda não perceberam, disponibilizo o link abaixo. Vamos lá! Quero todos consumindo melão! É mais nutritivo!

Link direto da editora "Navilouca Livros" pra comprar o livro com 10% de descontohttp://navilouca.loja2.com.br/666595-Eu-prefiro-melao-Vitor-de 


Leia Também:

Reprises, remakes e relançamentos: o passado reinventado.




quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Melão Express: Rapidinhas, mas saborosas – ed. 17


Ø  A VIDA DA GENTE: “UMA AUTÊNTICA NOVELA DAS OITO”


Já com um certo atraso, venho render todos os elogios à Licia Manzo, Marcos Bernstein e toda a equipe de roteiristas pelo maravilhoso texto de “A vida da gente”. É um alívio constatar que o horário das seis, cujas tramas costumam ser bastante infantilizadas em virtude do público flutuante e variado do horário, também pode contar com uma trama séria e adulta. Um autêntico novelão, digno de horário nobre, com direção sensível de Jayme Monjardim e brilhantes atuações do jovem trio de protagonistas, sobretudo Rafael Cardoso, uma grata surpresa. Não posso deixar de mencionar a arrasadora atuação de Ana Beatriz Nogueira, visceral e entregue à loucura de sua personagem Eva. Nicete Bruno, Maria Eduarda, Stenio Garcia e Gisele Fróes também brilham intensamente. Os entrechos dramáticos não são nada óbvios e a autora sempre foge dos clichês, construindo personagens críveis e consistentes. Quem disse que não se pode fazer melodrama e ser surpreendente ao mesmo tempo? Nasce uma novelista de mão cheia. Parabéns, Lícia!

Ø  “AQUELE BEIJO” E “FINA ESTAMPA” CONFIRMAM O ATUAL BOM MOMENTO DA TELEDRAMATURGIA.


Além de “A vida da gente”, garantia de qualidade na atual safra de novelas globais, as outras duas representantes também garantem bons momentos. Em “Aquele beijo”, Miguel Falabella consegue se manter absolutamente fiel ao seu estilo kitsch, com humor altamente irônico e inteligente, mas não deixando de lado o tradicional romantismo, indispensável a qualquer folhetim. Sua narração, além de extremamente simpática, é inteligente e nunca nos descreve o óbvio.  A trama é redondinha e o elenco está super à vontade, já que seus personagens feitos sob medida permitem que sejam exploradas ao máximo suas potencialidades. E como é bom um texto de humor que não menospreza a inteligência do espectador. Garantia de diversão.


E apesar das críticas, “Fina Estampa” vem alcançando índices de audiência há muito tempo não vistos no horário. Qual o segredo? Tenho, pelo menos, três palpites: a trama da mãe coragem, que continua conquistando o espectador; a capacidade do autor Aguinaldo Silva de se comunicar com o público de maneira fácil e direta; e o enorme talento e carisma da camaleônica Lília Cabral, que em pouco tempo, já fez todo o país admirar e torcer por sua Griselda. Mais um gol de placa de Aguinaldo. “Fina Estampa” é, sem dúvida, um grande sucesso popular.

Ø  ENQUANTO ISSO, NAS REPRISES...


... também vamos muito bem com “Mulheres de Areia”, no “Vale a pena ver de novo”. A saga das gêmeas Ruth e Raquel, vividas magistralmente por Gloria Pires, mostra que não envelheceu e, apesar do entrecho rocambolesco, ainda tem fôlego para conquistar mais gerações de espectadores, graças à habilidade de Ivani Ribeiro em lidar com os ingredientes clássicos do folhetim como a questão da identidade e do duplo. A produção, de 1993 e o texto setentista apresentam alguns aspectos datados como o fato de Joel (Evandro Mesquita) ter vergonha de assumir o romance com Tonia (Andrea Beltrão) pelo fato dela falar palavrão (!) ou os comentários acerca do comportamento de Malu (Viviane Pasmanter), como por exemplo: “isso é que dá desobedecer”. No entanto, nada disso tira o brilho da novela, que ainda consegue prender o espectador para o capítulo seguinte. “Mulheres de Areia” é daquelas histórias atemporais que sempre agradam, não importa a época em que é exibida.


O mesmo não se pode dizer de “Vamp” (1991). Na minha adolescência fui um “vampmaníaco”. Acompanhei religiosamente, comprei todos os LP’s e também o álbum de figurinhas. “Vamp” foi uma verdadeira febre na época em que foi exibida pela primeira vez, afinal era a primeira vez que o humor besteirol e nonsense presente em “Armação Ilimitada” e “Tv Pirata” rompia os limites da tradicional telenovela. Personagens como Vlad (Ney Latorraca em estado de graça), Natasha (Claudia Ohana), Mary e Matoso (Patricia Travassos e Otavio Augusto) atingiram, na época, altos índices de popularidade e os efeitos especiais eram uma super novidade. Hoje em dia os efeitos são risíveis, a trama apresenta sérias fragilidades e o texto nem sempre bate um bolão. Tirando a curiosidade de rever atores novinhos em início de carreira como Fabio Assunção, Bel Kutner, Fernanda Rodrigues e o trio de atuais diretores Fred Mayrink, Amora Mautner e Pedro Vasconcellos, a trama não oferece grandes atrativos para o público atual e nem mesmo para o espectador daquela época. Confesso que recebi com grande entusiasmo quando o Viva anunciou a reprise, mas infelizmente “Vamp” envelheceu e, ao contrário de “Mulheres de Areia”, é uma novela datada.


Já “Labirinto”, deliciosa minissérie de 1998 de Gilberto Braga, mesmo em menor escala, herdou alguns espectadores que acompanhavam as tramas de “Vale Tudo” e “O astro” pelo twitter e garante a diversão do final de noite. O texto afiado e as ótimas atuações do elenco feminino (Malu Mader, Betty Faria, Alice Borges e Isabela Garcia, principalmente) são motivos de elogios constantes dos twitteiros. Mas o que chama mais atenção é que, nos tempos caretas de hoje, a minissérie soa absolutamente ousada com cenas quentíssima de sexo e palavrões o tempo todo. E pensar que muitos adolescentes consideravam o remake de “O astro” pesado demais. Esses moços, pobres moços...

Ø  THALITA CARAUTA: REVELAÇÃO DO ANO


Por fim, não posso deixar de dar meus efusivos parabéns à minha querida amiga Thalita Carauta pelo merecidíssimo prêmio de “Revelação Feminina do ano” pelo Jornal Extra. Pra mim, soa até meio absurdo considerar Thalita uma revelação, uma vez que seu talento já pode ser comprovado há anos nos palcos e nas telas. Mas sua Janete, juntamente com a hilariante Valéria de Rodrigo Sant’anna conseguiu o feito de se tornar uma unanimidade no ultrapopular “Zorra Total” que, pela primeira vez, consegue alcançar todas as classes sociais. O grande público está reconhecendo o enorme talento de Thalita, mas encho feliz a boca para dizer aos quatro ventos: EU JÁ SABIA! Parabéns, Thalita, você merece. Isso é só o começo!
  

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Melão Express: Rapidinhas, mas saborosas – ed.16


Ø  INSENSATO CORAÇÃO: CONSTRUÍDA DIANTE DO PÚBLICO

Os números da audiência de “Insensato Coração” vem subindo a cada semana e já alcançou os 40 pontos antes de sua antecessora “Passione”. Apesar da audiência continuar sendo o principal critério para aferir o sucesso de uma novela, a gente só sabe que ela “pegou” pra valer a partir de sua repercussão. E pelo que se constata nas ruas, nas redes sociais e nas discussões em família, a novela pegou pra valer. A partir do capítulo 100, as tramas (até então soltas e sem conexão aparente entre elas) começaram a serem costuradas para dentro, trazendo dinamismo e uma sensação de unidade à história. A alta rotatividade de participações especiais começa a ser compreendida dentro da estrutura geral e fazer todo o sentido perante o público. Dentro desse acerto, destaca-se a personagem Norma, em mais uma atuação arrasadora de Gloria Pires, por quem o público torce desde o início. De vítima a algoz, Norma é capaz de tudo para consumar sua vingança contra Léo (Gabriel Braga Nunes), mesmo que para isso tenha que fazer tanto mal às outras pessoas quanto o mal que sofreu do próprio vilão. Eis o dilema ético da personagem que, para alcançar seus objetivos, precisa usar de meios nada ortodoxos. O mais interessante é o fato da personagem ter sido construída pelos autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares e seus colaboradores, diante do público. Acompanhamos toda a transformação de Norma, uma das personagens mais ricas e complexas dos últimos tempos. Nem heroína, nem vilã, Norma transborda humanidade. A sequência em que ela tenta matar Teodoro (Tarcísio Meira), se arrependendo logo depois, foi fantástica e Glória Pires soube com maestria interpretar toda essa nuance de sentimentos contraditórios. Norma é daqueles personagens que fogem de todos os estereótipos e maniqueísmos, gera discussões e, por isso, mesmo se torna tão interessante de se acompanhar, já que seu desfecho é imprevisível. Esse é o grande barato de “Insensato Coração”: foi uma novela que não trouxe fórmulas prontas e personagens com funções óbvias ou pré-definidas. Talvez isso tenha sido o motivo da estranheza inicial: a trama foi construída aos poucos e não é fácil para o público, já habituado a receber as tramas mastigadas, assimilar personagens mais complexos e ainda embrionários. Os autores assumiram os riscos de sua escolha e agora colhem os bons resultados de sua ousadia.


Ø  MORDE E ASSOPRA: DRAMA VENCENDO O RISO



Nem dinossauros, nem robôs. O grande sucesso de “Morde e assopra”, novela de Walcyr Carrasco, é o bom e velho drama folhetinesco da mãe coragem que se sacrifica em nome do filho ingrato. Cássia Kiss tem roubado todas as atenções com sua comovente e emocionante atuação na pele da sofrida Dulce, mãe abnegada, que trabalhou a vida inteira para que o filho se tornasse médico e, no fim, descobre que ele gastou todo o dinheiro e não se formou. A cena do acerto de contas entre mãe e filho foi de rasgar coração. Cássia, sempre visceral e intensa, explodiu em fúria e emoção, arrancando lágrimas do público. Palmas também para Klebber Toledo, que soube segurar e acompanhar toda a intensidade de Cássia, que prova mais uma vez ser uma atriz de infinitas possibilidades que se entrega pra valer em todos os seus trabalhos. E a julgar pelo destaque da trama de Alice (Marina Ruy Barbosa), que maltrata Lilian (Narjara Turetta, também em ótimo momento) sem saber que, na verdade, ela é sua verdadeira mãe, contata-se um fenômeno interessante: em uma trama eminentemente de humor como é “Morde e Assopra”, o grande destaque, até o momento, tem sido seus entrechos dramáticos.

Ø   MELÃO ADERE À CAMPANHA PELA REPRISE DE "TIETA"



Como todos sabem, sou fã incondicional de Betty Faria e sua presença nas telas é sempre motivo de grande alegria. Por isso, o melão adere à campanha lançada por Anna Paulla Ferreira para que a novela “Tieta” ganhe nova reprise no “Vale a pena ver de novo”. Em tempos de celebração de grandes novelas e aproveitando o centenário do autor Jorge Amado em 2012, uma nova reprise da novela se faz oportuna e benvinda. Anna criou um blog e também uma petição pública, pedindo a reprise da novela. Segue abaixo o link para os dois. Que nossa cabrita favorita volte a fazer “méééé” muito em breve, para alegria geral dos telemaníacos.


Com a palavra, a própria Betty, dando o pontapé inicial da campanha:




Petição pública: Tieta (novela)! Vale a Pena Ver de Novo!

Blog: Tieta (novela)! Vale a Pena Ver de Novo!


Ø  OS ASTROS ESTÃO CHEGANDO...   

Meus queridos, estamos a um mês da grande estreia! Nem preciso dizer o quão ansioso e emocionado estou, já que em meu primeiro trabalho como roteirista na Rede Globo, não poderia fazer parte de projeto mais especial. Com as bênçãos de Santa Janete, “ O astro” vem com tudo. No que depender dos autores do remake, Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro e dos colaboradores, Tarcísio Lara Puiati e eu, será uma obra muito bonita e especial, pois todos os capítulos são construídos artesanalmente, com um carinho e um cuidado imensos, sempre reverenciando  e respeitando os pilares da história criada pela grande dama das telenovelas, mas também imprimindo um estilo próprio e contemporâneo.

Para começar a dar um gostinho, segue o vídeo do belíssimo teaser, que conta com a participação dos astros das duas versões: Francisco Cuoco e Rodrigo Lombardi. Cuoco dará vida a Ferragus, grande mestre que ensinará todos os truques a Herculano. Ver Cuoco novamente de turbante é emocionante para qualquer pessoa que ama teledramaturgia. Imaginem então escrever para ele.

Espero poder contar com a audiência e o apoio de todos vocês a partir de 12 de julho, quando “O astro” voltará para conquistar o Brasil de novo. #será?




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