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segunda-feira, 18 de junho de 2012

TEMAS E TRILHAS – MARIA BETHÂNIA





A aniversariante do dia dispensa qualquer apresentação. Há muitas décadas reina absoluta como nossa intérprete mais emocionante e emocionada. Coleciona adjetivos como rainha, diva, poderosa, soberana, deusa e muitos outros sempre superlativos. Desde sempre, minha cantora favorita. Graças à minha mãe, cresci ouvindo Maria Bethânia. Aos 4 anos, pra mim era muito comum ouvir discos como “Álibi”, “Mel” ou “Pássaro da Manhã”, ou seja, a presença de Bethânia em minha vida sempre foi constante, ainda mais pelo fato dela ser uma das recordistas de canções em trilhas sonoras de novelas. São tantas e tão boas que dobramos o eventual TOP 10 e muitas outras ainda ficaram de fora. Mas Bethânia merece e elegi abaixo meus 20 temas de novelas favoritos na voz da cantora:

20) PRECONCEITO (Por amor – 1997)
A sofrida gravação dos anos 60 caiu como uma luva para Márcia (Maria Ceiça), que sofria preconceito racial por parte do próprio marido Wilson (Paulo Cesar Grande), que era completamente apaixonado por ela, mas se recusava a ter um filho com medo que este nascesse negro como a mãe. Como muitos espectadores da novela de Manoel Carlos, morri de raiva de Wilson e fui solidário à dor de Márcia, que acabou perdoando-o no final e, por ironia, tiveram uma filha loira: Ritinha. A cada dramática de Márcia, surgia a voz e a interpretação intensa de Bethânia para embalar o sofrimento da personagem.

19) ALÉM DA ÚLTIMA ESTRELA (Renascer – 1993)
Depois de se decepcionar com Mariana (Adriana Esteves) por quem sentia uma paixão avassaladora, João Pedro (Marcos Palmeira) viveu um romance mais sereno e tranquilo com a delicada Sandra (Luciana Braga). E para embalar esse amor, nada como a voz de Bethânia, aqui doce e suave, combinando perfeitamente com o casal da novela de Benedito Rui Barbosa.

18) ONDE ESTARÁ O MEU AMOR? (A Indomada – 1997)
Uma das interpretações mais belas e emocionantes de Bethânia. A bonita canção de Chico César embalava o amor maduro e clandestino da cafetina Zenilda (Renata Sorrah) e do submisso Pedro Afonso (Claudio Marzo), personagens da trama de Aguinaldo Silva. Sinceramente, nunca achei que a canção, que exala pureza, combinasse muito com o casal, mas só pelo fato de ter Bethânia na trilha, vale a pena ouvir sempre.

17) CHEIRO DE AMOR (Pé na Jaca – 2006)
Foi uma grata surpresa ouvir essa música setentista do célebre álbum “Mel” de volta às paradas em pleno 2006, ainda mais pra embalar o romance da moderninha e temperamental Maria Bo e do descamisado Lance (Marcos Pasquim) da trama de Carlos Lombardi. A interpretação de Bethânia é sensualíssima descrevendo a sensação de “apaixonamento” e a canção mostrou que não envelheceu.

16) DEPOIS DE TER VOCÊ (Desejos de Mulher – 2002)
Nessa mesma linha apaixonada, Bethânia arrebata corações ao interpretar a bela canção de Adriana Calcanhotto, que serviu de trilha para o romance de Andrea Vargas (Regina Duarte) e Diogo (Herson Capri). Confesso que a novela de Euclydes Marinho não me empolgava muito, mas torcia para chegar as cenas de amor do casal só pra ouvir a canção.

15) PRIMAVERA (As Filhas da Mãe – 2001)
Acho essa canção uma das mais lindas de toda a MPB. A composição de Vinícius de Moraes e Carlinhos Lyra é poesia pura. E na voz de Bethânia, a canção atinge um patamar ainda mais poético e triste e embalou o amor maduro de Lulu de Luxemburgo e Artur Brandão (Fernanda Montenegro e Raul Cortez) na divertida trama de Sílvio de Abreu. A novela era anarquia pura e cada vez que o casal aparecia na voz de Bethânia era um respiro poético.

14) A MAIS BONITA (Rainha da Sucata – 1990)

Uma canção pouco conhecida de Chico Buarque e que não teve muita repercussão na época por conta da contagiante trilha sonora da novela, cheia de lambadas, músicas pop e até um revival da jovem guarda na voz de Wanderléia. Mas com o passar do tempo, aprendi a valorizar a canção, sensível, delicada e teatral que combinava muitíssimo bem com a vilã cheia de classe Laurinha Figueiroa, vivida magistralmente por Gloria Menezes na trama de Sílvio de Abreu. Prestem atenção na letra: é uma delícia!



13) FALA BAIXINHO (Mulher – 1998/1999)
Essa canção não era tema de nenhum personagem específico e fez parte, principalmente da primeira temporada da série, e sempre era o tema dramático de algum personagem a cada episódio. Não conhecia a bela canção de Pixinguinha e simplesmente adorei e como não faz parte da discografia da cantora, comprei o CD da trilha só por causa dela. Mais uma interpretação arrebatadora e marcante de Bethânia.

12) LUA BRANCA (Sangue do meu sangue – 1995)
Outra pérola de nosso cancioneiro que foi uma grata surpresa na voz de Bethânia, que gravou ao vivo a canção de Chiquinha Gonzaga em seu álbum de 1995. Infelizmente o SBT não lançou a trilha sonora da novela, que utilizou a canção como tema da bela Pola Renon, interpretada por Bia Seidl. A interpretação emocionante e intensa de Bethânia nessa música é de arrepiar e casava perfeitamente com o clima da novela.

11) CORAÇÃO ATEU (Gabriela – 1975)


Outra canção que não faz parte da discografia da cantora, pois foi gravada especialmente para a novela. Era tema de Sinhazinha e Dr. Osmundo (Maria Fernanda e João Paulo Adour). Confesso que, apesar de adorar a canção, não tenho lembranças dela na novela, já que nem era nascido, mas só de ouví-la nas chamadas do remake que estreia hoje, já a incluo na lista por antecedência, pois amei o fato de voltarem a utilizar a música na trilha.

10) O LADO QUENTE DO SER (Baila Comigo -1981)
Também foi tema da série “Retrato de Mulher” (1993), mas ficou marcada mesmo por fazer parte da trilha da novela de Manoel Carlos. Era o tema da batalhadora Lucia (Natalia do Vale) e seu romance com Quinzinho (Tony Ramos), mas pela letra que sugere que a personagem quis ser bailarina e pelo estilo mais sensual sempre achei que combinava mais com outra personagem, Joana (Betty Faria), a professora da academia da novela.

9) VOCÊ (Pátria Minha – 1994)
A belíssima composição de Roberto e Erasmo Carlos ganhou em emoção e intensidade na interpretação de Bethânia. A canção narra as saudades e a tristeza com o fim de um grande amor e embalou as desventuras amorosas de Alice e Rodrigo (Claudia Abreu e Fabio Assunção) na novela de Gilberto Braga. “Você” dava a dimensão exata do amor e da saudade que os casal sentia um pelo outro e também fez parte da trilha sonora do romance de muita gente.

8) PRECISO APRENDER A SER SÓ (Mulheres Apaixonadas – 2003)
Integrante do songbook de Marcos Valle, essa gravação na voz de Bethânia tem um dos arranjos mais bonitos que conheço e era o tema da protagonista da novela de Manoel Carlos, Helena, vivida por Christiane Torloni, que vivia uma crise em seu casamento com Téo (Tony Ramos), enquanto se envolvia com um amor do passado vivido por José Mayer. Helena refletia sobre a vida ao som dessa canção. Confesso que torcia para que Helena pensasse na vida caminhando pela sala, pois era quase certeza que a música tocaria.

7) VERDADES E MENTIRAS (Fera Radical – 1988)
Um belo arranjo e uma interpretação amorosa e apaixonada de Bethânia, que serviu para embalar o romance da fera radical Claudia (Malu Mader) com o peão Fernando, filho dos inimigos da moça. De nada adiantou os personagens da novela de Walther Negrão lutarem contra esse amor. Eles terminaram juntos e nós ouvimos essa canção muitas vezes durante a trama.

6) EXPLODE CORAÇÃO (Pai Heroi – 1979 e Explode Coração – 1995)
Na novela de Gloria Perez que leva o mesmo nome da música, ela quase não tocou, mesmo sendo o tema da protagonista Dara (Tereza Seiblitz). Apesar de eu lembrar muito mais da canção através da vitrola de casa, vale destacar que era o tema de um dos casais mais marcantes da história da teledramaturgia, André (Tony Ramos) e Carina (Elizabeth Savalla) da novela de Janete Clair. Essa é uma das novelas que tenho mais curiosidade e com esse tema romântico então...

5) TENHA CALMA (Tieta – 1989)


Essa toca fundo em minha memória afetiva: era o tema do amor proibido de Tieta (Betty Faria) e seu sobrinho seminarista Ricardo (Cassio Gabus Mendes). A canção de Djavan na voz de Bethânia carrega esse misto de paixão e angústia que permeava a relação da sensual cabrona com seu cabritinho. E só mesmo uma intérprete à altura de Bethânia para saber combinar sentimentos como paixão e desespero na medida certa. As cenas do casal eram pra lá de calientes e, mesmo a letra não tendo nada a ver com a trama, a canção combinava perfeitamente com o romance.

4) TÁ COMBINADO (Vale Tudo – 1988)
Essa pérola de Caetano que Bethânia interpreta de maneira doce e apaixonada, mas fingindo não estar nem aí, é uma das preferidas dos noveleiros de plantão, afinal embalou o romance de Raquel e Ivan (Regina Duarte e Antonio Fagundes) da aclamada novela, recentemente reprisada pelo Canal Viva. Tocava praticamente em todos os capítulos, fazendo a alegria dos twitteiros que assistiam à novela. Fez sucesso em 88 e voltou a agradar na reprise. Assim como a novela, um clássico!


3) FERA FERIDA (Fera Ferida – 1993)



Há canções que só passamos a sentir o vigor e a força quando ganha uma releitura e foi isso o que aconteceu com “Fera Ferida”, tamanha força, vigor e paixão que Bethânia emprestou à música, que caiu como uma luva para ser tema de abertura da novela do mesmo nome. Confesso que já me identifiquei várias vezes com a letra (quem nunca?) e não canso de cantá-la alto até hoje.

2) SÁBADO EM COPACABANA (Paraíso Tropical – 2007)


Um sobrevôo a uma bela paisagem verde por trás de uma montanha que aos poucos vai revelando a praia de Copacabana, cenário de “Paraíso Tropical”, novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Essa era a abertura: simples, sem efeitos especiais, já que a paisagem do Rio de Janeiro dispensa qualquer artifício e a majestosa voz de Bethânia, deslumbrada com Copacabana e todos os seus encantos. Uma de minhas aberturas favoritas que eu esperava ansiosamente todos os dias.  

1)           GRITO DE ALERTA (Água Viva – 1980)
O primeiro lugar não podia ser outro, já que esse tema uniu minhas duas estrelas favoritas: Maria Bethânia e Betty Faria, que vivia a protagonista Lígia, da novela de Gilberto Braga e tinha a canção como seu tema. Além disso, a própria Bethânia fez uma participação especial na novela como ela mesma cantando a música durante um show. Nesse momento, Lígia vê seu ex-marido Heitor (Carlos Eduardo Dolabella) nos braços da amiga Selma (Tamara Taxman), que vai culminar na famosa cena da surra no banheiro. Mas antes temos essa deliciosa cena em que Lígia curte sua fossa ao som de Bethânia, ao vivo e a cores. Uma pérola!


Melão deseja à rainha Maria Bethânia um feliz aniversário e pergunta aos seus leitores: quais são seus temas de novelas favoritos na voz da cantora?


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Temas e Trilhas: Elis Regina





terça-feira, 8 de maio de 2012

TOP 10 – BETTY FARIA





Aproveitando o aniversário de sua musa-mor nessa terça, dia 8, melão estreia nova sessão, “Top 10”, que vai eleger sempre seus 10 personagens favoritos de um grande ator ou atriz de nossa tevê. Claro que a estreia tinha que ser com ela. Sua carreira no cinema é um caso à parte. Bailarina de formação, Betty é uma das poucas atrizes brasileiras que canta, dança e representa, ou seja, uma estrela completa. Mas como esse espaço é um blog televisivo, vamos nos ater aos personagens da telinha. Intérprete de grandes mulheres de personalidade forte, nossa super BETTY FARIA tem uma verdadeira coleção de personagens antológicos. Como grande fã que sou, foi muito difícil chegar a apenas 10 notáveis mulheres. Em breve vamos matar as saudades de Betty em um dos episódios de "As Brasileiras", mas enquanto ele não vem, vamos relembrar alguns de seus grandes personagens: 

10) ANTÔNIA, de “De Corpo e Alma” (1992)



Logo de cara, uma personagem diferente dos habituais tipos expansivos e extrovertidos que Betty costuma interpretar. Logo depois do furacão Tieta, veio esse grande desafio de viver Antonia, uma mulher introspectiva, tradicional e devotada ao marido Diogo, vivido por Tarcísio Meira na trama de Gloria Perez. Inconformada com o término do casamento, Antonia faz de tudo para impedir que o marido a abandone para iniciar uma nova vida ao lado de Paloma. E dá-lhe cenas de choro, sofrimento e de Antonia escorregando pela parede ao som de “Atrás da Porta”, que exigiu de Betty todo seu talento dramático, que ela desempenhou muitíssimo bem.


9) CARLOTA VALDEZ, de “Suave Veneno” (1999)


Aparentemente, uma pacata dona de casa de meia idade que leva uma vida sem grandes sobressaltos. Mas quando a noite cai, ela sai misteriosamente exalando seu perfume por todo o bairro das Laranjeiras, despertando a curiosidade da vizinhança. O que ninguém sabia é que, na verdade, Carlota era uma dominatriz que deixava os homens loucos com seus acessórios e uma prática sexual chamada “o inominável”, que até hoje ficamos sem saber do que se trata. Na segunda metade da novela, para tentar alavancar a audiência, a personagem entrou na disputa com Lavínia (Gloria Pires) pelo amor de Waldomiro e assim Carlota pôde mostrar sua faceta mais humana. Betty também recebeu uma homenagem do autor Aguinaldo Silva através de uma participação especial da filha Alexandra Marzo, que viveu a bandida Lili Fusilli, em alusão á célebre Lili Carabina, interpretada por Betty nos anos 80.


8) VALKIRIA, de “A idade da Loba” (1995)

Outro trabalho de extrema sensibilidade da atriz. Afastada das novelas globais, Betty brilhou na pele da mulher batalhadora do interior que, após perder o marido, se muda para o Rio em busca de uma vida melhor. Betty protagonizou grandes cenas com Ângela Vieira. A sequência final da novela, com as duas amigas fazendo as pazes diante do Cristo Redentor, é uma das cenas finais de novela mais bonitas que já assisti. É uma pena que este trabalho não seja tão lembrado. Sem dúvida, merecia um destaque maior.



7) JUÍZA MIRANDINHA, de “A indomada”, (1997)



Implacável com os inimigos, severa com o cumprimento do dever, ela não se fazia de rogada e “enquadrava nos rigores da lei” quem quer que fosse, inclusive o prefeito Ipiranga, seu principal adversário. A paladina da justiça de Greenville, mais uma louca cidade criada por Aguinaldo Silva, escondia sua sensualidade por trás de uma figura séria e austera, até cair nos braços do fiel secretário Egídio (Licurgo Spinola), com quem teve um belo romance que causou polêmica na conservadora cidade. Mais uma personagem da galeria de  mulheres fortes interpretadas por Betty.


6) LÍGIA, de “Água Viva” (1980)



“É luta, meu amor, é luta!”. Essa frase dita por Lígia logo no início da novela define bem a personagem: uma típica alpinista social gilbertiana, lutadora, determinada, que não hesita em alcançar seus objetivos. Disposta a tudo por um lugar na sociedade, Lígia acaba se envolvendo com os irmãos Fragonard, vividos por Reginaldo Faria e Raul Cortez. Antes disso, porém, enfrenta uma crise em seu casamento com Heitor (Carlos Eduardo Dolabella), que acaba se envolvendo com Selma (Tamara Taxman), amiga da onça que se hospeda em sua casa. As duas atrizes protagonizaram uma das cenas de briga mais famosas da história das novelas, em que Lígia flagra o ex-marido a e amiga em um show de Maria Bethânia no Canecão e ali mesmo, acerta as contas com Selma, dando-lhe uma tremenda surra jo banheiro da casa de shows. Gilberto Braga repetiu a mesma cena anos depois em “Celebridade”, quando Laura (Claudia Abreu) apanha de Maria Clara (Malu Mader). Além do brilho da personagem, Betty estava lindíssima, no auge da maturidade.




5) LEONOR, de “Labirinto” (1998)



Betty acha que não foi um de seus melhores trabalhos. Ela acha que Leonor deveria ter sido vivida por uma atriz mais jovem. Definitivamente, essa não é a opinião de seus fãs, incluindo este que vos fala que, simplesmente, a-do-ram essa adorável bandida. Leonor, a suspeitíssima viúva, que estava no centro dos mistérios que rondavam o assassinado de seu marido, o milionário Otacílio Martins Fraga (Paulo José), era o charme em pessoa. Inteligente, sarcástica,Betty, na pele de Leonor, teve ótimas e sensuais cenas com Ricardo (Antonio Fagundes) por quem era apaixonada e posteriormente com o investigador vivido por Daniel Dantas, que a via como uma verdadeira femme fatale, com direito a sensual cruzada de pernas a la Sharon Stone em “Instinto Selvagem”. Seus embates cheios de subtextos com Paula (Malu Mader) também eram deliciosos, bem como as engraçadíssimas cenas com Nietinha (Alice Borges) e Yoyô (Isabela Garcia). Pode acreditar, Betty, você brilhou como Leonor!


4) GLORIA, de “Anos Dourados” (1986)



Uma das personagens mais apaixonantes da carreira de Betty, que brilhou na pele da batalhadora mãe do protagonista Marcos (Felipe Camargo), que sofria com preconceito da conservadora sociedade tijucana dos anos 50 pelo fato de ser desquitada. Gloria era avessa a qualquer tipo de preconceito e pouco se importava com convenções sociais. Ganhava a vida como caixa de uma boate de Copacabana, mas acabou se envolvendo com um homem casado, vivido por José de Abreu. A cena em que Gloria acerta as contas com Dona Celeste (Yara Amaral) foi memorável. Betty e Yara deram um verdadeiro show. A relação de Gloria com o filho era muito bonita, o texto de Gilberto Braga era simplesmente genial e o papel foi defendido com muita dignidade por Betty.


3) MARINA SINTRA, de “O salvador da Pátria” (1989)



Outro grande momento de Betty na tevê. O curioso é que, logo após essa novela, Betty emendou a novela seguinte onde faria a mais célebre personagem de sua carreira, Tieta, de personalidade diametralmente oposta à Marina Sintra, que não lembra em nada a esfuziante personagem de Jorge Amado. Líder política da cidade de Tangará e principal oponente do poderoso Severo Blanco (Francisco Cuoco), Marina era séria, centrada e ética. Mal tinha tempo para vida pessoal, mas despertou novamente para o amor nos braços de João (José Wilker). Como todo personagem de Lauro César Muniz, era riquíssima, e contraditória. Marina discutia sobre sexo abertamente com as filhas, mas mal conseguia lidar com sua própria vida sexual. Um prato cheio pra uma atriz de mão cheia.


2) LUCINHA, de “Pecado Capital” (1975)



A Cinderela do subúrbio criada pela mestra Janete Clair é inesquecível até pra quem nunca assistiu à novela. A humilde operária que se transforma em modelo pelas mãos de um homem rico tendo que dominar os ciúmes do namorado machista caiu como uma luva para a brasilidade de Betty. A atriz formou com Francisco Cuoco e Lima Duarte um dos mais célebres triângulos amorosos de todos os tempos.


1) TIETA, de “Tieta” (1989)


O que falta dizer sobre “Tieta” que ainda não foi dito? Uma ode à liberdade, uma força da natureza, um protótipo de feminilidade? Sim, Tieta era poderosa, intensa, fazia as dunas de Mangue Seco se moverem e mexia com a cabeça de todos os homens. Poucas vezes uma personagem foi defendida com tanta gana, intensidade e paixão. Impossível pensar na personagem de Jorge Amado sem pensar em Betty Faria, que fez com que Tieta ficasse marcada em nossos corações e mentes de forma indelével. Viva Tieta! Viva Betty!




MENÇÕES HONROSAS:

Joana Lobato em "Baila Comigo" (1981)

Ø  JOANA LOBATO, de “Baila Comigo” (1981)
Ø  AMÁLIA PETRONI, de “Uma rosa com amor” (2010)
Ø  ROSINHA, de “Incidente em Antares” (1994)
Ø  DJANIRA PIMENTA, de “América” (2005)
Ø  LAURA, de “Pé na Jaca” (2006)
Ø  BÁRBARA, de “Duas Caras” (2007)
Ø  MARIA MARAVILHA, de “Brasil Pandeiro” (1978)

Maria Maravilha: super-heroína tipicamente brasileira

PERSONAGENS CÉLEBRES QUE GOSTARIA DE TER ACOMPANHADO:

Com Tarcísio Meira em "Cavalo de Aço"

Ø  JOANA, de “Cavalo de Aço” (1973)
Ø  LAZINHA CHAVE DE CADEIA, de “O espigão” (1974)
Ø  LILI CARABINA, de “A história de Lili Carabina – Plantão de polícia” (1979)
Ø  JUSSARA, de “Partido Alto” (1984)
Ø  MARLUCE, de “Bandidos da Falange” (1983)
Ø  LEDA MARIA, de “Duas Vidas” (1976)
Ø  IRENE, de “Véu de Noiva” (1969)
Ø  GUIOMAR, de “O bofe” (1972)



Betty, estrela maior de minha constelação pessoal, parabéns e espero que goste de mais essa homenagem. Feliz aniversário! Beijos e Boa Sorte Sempre!

Eu e Betty no niver dela do ano passado.
E vocês, quais são seus personagens favoritos de Betty Faria?


Agradecimento pela colaboração na escolha das imagens: Naira Freitas
__________

Leia também:

Betty Faria: estrela de primeira grandeza - Entrevista mais que especial!






terça-feira, 27 de setembro de 2011

Série Memória Afetiva: 12 trilhas internacionais – por Wesley Vieira


Obrigado a todos que comentaram sobre as trilhas nacionais favoritas do melão. Também aprecio muito as internacionais, mas não poderia perder a oportunidade de publicar mais um texto de nosso editor-chefe da Sucursal Minas, afinal de contas, o rapaz é completamente apaixonado pelas trilhas internacionais e vai saber falar delas melhor do que eu. E como Wesley já é praticamente sócio, o melão dá todo o aval para ser a opinião oficial do blog. Além de uma grande quantidade de informações sobre as trilhas, Wesley deu seu toque pessoal e divide conosco suas lembranças sobre cada uma delas. Mais uma vez, obrigado, queridão! Com vocês, as favoritas de Wesley Vieira. Ah, e não deixem de comentar sobre suas favoritas também!!!

12 – Louco Amor Internacional – 1983

Para muitos, a trilha internacional dessa novela não merecia estar nessa lista. A maioria das músicas não tem cara de novela. Mas por isso mesmo, considero o disco excelente. Tem “Just Can't Get Enough”, o primeiro sucesso da banda Depeche Mode, música que estourou nas rádios e até hoje é um clássico do New Wave, estilo musical que surgiu naquele momento. Outra música super legal e divertida é “Ich Shaun' Deach An (Peep Peep)” da banda Spider Murphy Gang. De acordo com o site Teledramaturgia, a canção serviu pra embalar as gracinhas do casal mais adorável da novela: Gisela (Lady Francisco) e Edgar (José Lewgoy). Após assistir ao último capítulo da novela, descobri que a linda “Shame On The Moon” do Bob Seger & The Silver Bullet Band foi o tema romântico de Lipe (Lauro Corona) e Carlinha (Beth Goulart). Já o casal principal, formado por Fábio Júnior e Glória Pires, ganhou uma versão (digamos, meio peculiar) de “Can´t Help Falling in Love” cantada por um tal de Cameo. Tinha também a recém saída integrante do ABBA, Fridda, cantando “I Know There´s Something Going On”. Porém a marca registrada da novela foi “We've Got Tonight” dueto de Kenny Rogers com Sheena Easton, tema principal do louco amor de Luiz Carlos por Patrícia (Bruna Lombardi). A música foi executada desde o primeiro capítulo da novela (expediente pouco comum naquela época). Dizem que o tema perdeu força ao longo da história por conta da alteração no destino dos personagens que tiveram o romance desfeito por questões que só fomos saber há pouco tempo: Gilberto Braga, o autor, não gostava da interpretação de La Lombardi.

11 -Por Amor Internacional – 1997/98


Manoel Carlos foi excepcional ao criar uma história de pessoas que eram capazes das maiores loucuras “Por Amor”. Para acompanhar essa novela forte e envolvente, nada como um cd recheado de canções românticas que fizeram enorme sucesso. Não me esqueço da cena em que o personagem Nando sobrevoa o mar e joga rosas para a personagem Laura, morta num acidente de helicóptero. A execução de “So Help Me Girl” do então ex-Take That, Gary Barlow, deixou a dramática cena ainda mais bonita. O amor complicado entre Eduarda e Marcelo ganhou contornos mais suaves e bonitos com “How Could An Angel Break My Heart” da cantora Toni Braxton. Gostava de ver Laura incomodando o casal enquanto “Stay With Me” da Jocelyn Enriquez era executada. Também era uma delícia ver as cenas de Milena ao som contagiante de “More Than This” numa versão da banda 10,000 Maniacs. A bossa nova, tão presente no universo manequiano teve sua versão internacional com “Dindi” de El Debarge & Art Port. E tinha os insuperáveis Backstreet Boys com “As Long As You Love Me”. Não foi por acaso que o cd internacional de Por Amor foi um dos recordistas de venda no primeiro semestre de 98. Só sucessos.

10 - O Outro Internacional - 1987




Outra trilha que a gente encontrava na casa de todo mundo. Na capa, Malu Mader mais linda do que nunca com aquelas pernocas de fora. Linda! Lembro que minha tia ganhou o disco de presente e com medo de que os sobrinhos arranhassem, nunca deixou ninguém ouvir. Pura maldade. Um dia, “peguei emprestado” e então pude conferir aquelas maravilhas. As músicas eram de tirar o fôlego. Nem sei qual música é a minha favorita, mas Carly Simon abrindo o disco com a balada “Coming Around Again” é de arrepiar. Em seguida tinha “Don't Dream It's Over” da banda Crowded House. Laura (Natália do Valle) tinha seus dramas ilustrados pela bela “Words Get in The Way” na voz da latina Gloria Estefan. Enquanto Glorinha da Abolição era representada com perfeição pelo sucesso “Don't Get Me Wrong” da banda Pretenders. Não tenho vergonha em dizer que quase paguei mico numa apresentação da escola com “I'll Be Over You” da banda Toto. Sorte que a festa foi cancelada e me livrei da vergonha. Porém, trata-se de uma música que eu gosto muito e na novela tocava para o casal briguento Genésio (José de Abreu) e Edwiges (Claúdia Raia). E tinha “The Miracle of Love” da banda Eurithmics e claro,” Two People” na voz deTina Turner... Por essas e por outras canções, a trilha de O Outro Internacional é considerada figurinha básica em qualquer coleção de discos de novelas.

9 - Coração de Estudante Internacional – 2002




Uma deliciosa novela que falava sobre o universo dos estudantes numa pequena cidade no interior de Minas (o meu adorável estado) não poderia deixar de ter uma trilha internacional. E Coração de Estudante nos brindou com lindas canções como “Wherever You Wil´l Go” da banda The Calling, pontuando as idas e vindas de amor entre o professor Edu (Fábio Assunção) e Clara (Helena Ranaldi). Esta música, certamente, foi uma das responsáveis pelo sucesso do cd. Mas a trilha tinha outras maravilhas também. O espirituoso Pedro Guerra (Bruno Garcia) lutava por Clara ao som de Joe Cocker cantando uma versão arrebatadora de “Never Tear Us Apart”, música da banda INXS que também apareceu na longínqua “Bebê a Bordo”. Já a atrevida Amelinha (Adriana Esteves), a divertida vilã, ficava mais calma com “One Day in Your Life”, música que fechou com alto astral o último capítulo da novela. Já Nélio, o peão e ”bejeto sexual” das mulheres da cidade, também tinha seus momentos românticos com a belíssima “Handy Man” de James Taylor. E talvez, pra ilustrar o espírito estudantil, a intrépida Pink apareceu abrindo a trilha com “Don´t Let me Get You”.

8 - A Gata Comeu Internacional – 1985




Quando uma novela encontra perfeita sintonia entre elenco, história, direção e trilha sonora, o sucesso surge como resultado natural de todos esses fatores. Assim aconteceu com A Gata Comeu, clássica novela das seis que nos brindou com uma trilha internacional maravilhosa. Só sucessos que até hoje fazem sucesso. Difícil é listar apenas algumas músicas, mas também é injusto não se lembrar das loucuras que Jô Penteado (Christiane Torloni) fazia para conquistar o Professor Fábio (Nuno Leal Maia) ao som de “Forever By Your Side” do Manhattans. As suas peripécias também eram acompanhadas por “Just Another Night” de Mick Jagger. Delícia de música com aquele estilo inconfundível dos anos 80. Já a babinha “I Should Have Known Better” (também conhecida como a Melô do bombeiro), do Jim Diamond esteve presente nas cenas entre Lenita (Débora Evelyn) e Édson (José Mayer). Inesquecível é o rabicho da rebelde Babi (Mayara Magri) ao som romântico de Bryan Adams cantando a clássica “Heaven”. Ao longo da novela, Paula (Fátima Freire) se apaixonou pelo ator Tony Duarte (Roberto Pirillo) e ganhou o excelente Paul Young cantando “Every Time You Go Away” como tema. Estas e outras músicas serviram para ilustrar com perfeição o universo charmoso e colorido dessa inesquecível novela exibida em 1985 e reprisada duas vezes.

7 - Água Viva Internacional - 1980

Reza a lenda que o autor Gilberto Braga não queria trilha internacional para essa novela. Anos depois, o próprio autor desmentiu o boato e disse que tudo não passou de marketing: “Era pro disco nacional vender mais”. Lendas a parte, o caso é que Água Viva Internacional nos presenteou com grandes sucessos daquele início dos anos 80. Curiosamente é um disco que vi na coleção de muita gente. Uma das músicas que mais gosto de ouvir é“Babe” da banda Styx -linda e primordial para enfatizar os dramas do complicado casal formado por Edir (Claudio Cavalcanti) e Márcia (Natália do Valle). No último capítulo da novela, há um lindo clipe com alguns casais ao som de Barry Manilow, que parece ter feito sua “Ships” exclusivamente para as cenas da novela. Também no último capítulo, a reconciliação de Ligia (Betty Faria) e Nélson (Reginaldo Faria) ficou mais bonita com a delicada voz de Tony Wilson cantando a linda “Just When I Needed You Most”. Depois que conheci o disco, não canso de ouvir essas e outras canções como “Just Like You Do”, da sempre presente Carly Simon.  Porém, tenho que dizer que a música mais tocante dessa trilha pertence ao casal Marcos e Janete que protagonizaram uma das cenas mais lindas da teledramaturgia brasileira: ao som de “Cruisin” do Smokey Ronbison, Janete é surpreendida com um simples “eu te amo” escrito no espelho do banheiro.  Difícil é não se emocionar.

6 - Guerra dos Sexos Internacional - 1983


Acompanhar as aventuras desse clássico da teledramaturgia brasileira foi um prazer e uma honra, a qual tive o privilégio de assistir, graças aos amigos que puderam compartilhar suas gravações comigo. Só tenho uma coisa a dizer: Guerra dos Sexos é A novela! Não há dúvidas de que o divertido folhetim revolucionou o gênero e até hoje permanece no imaginário popular como uma das melhores novelas já produzidas pela televisão brasileira. Enquanto as mulheres e os homens se engalfinhavam, acompanhávamos uma trilha internacional recheada de sucessos.  Tudo bem que poucas músicas foram executadas como tema dos personagens, mas sempre que a bela Juliana da Maitê Proença surgia, lá vinha Paul Anka cantando “Hold Me Till The Mornin' Comes”. Linda e triste como a própria personagem. Já “True” do Spandau Ballet tocava sempre que um casal dava uns beijinhos. Também adorava ouvir o pop do Naked Eyes com “Always something there to remind me” nas cenas de locação. Já as mulheres da história ganharam a notável “So Many Men So Little Time” de Miquel Brown como tema principal de suas aventuras na disputa pelo controle das lojas Charlô´s. No disco, há outras canções memoráveis como “Baby Jane” do Rod Stwart e “Nobody’s Diary” da banda Yazoo.

5 - Gente Fina Internacional - 1990


Num antigo texto que escrevi para o Melão sobre essa novela, falei sobre a sua pouca repercussão, mas também comentei sobre a trilha internacional recheada de sucessos e preferida de muitos “novelógos” de plantão. Sempre associei os temas aos personagens e nessa novela não seria diferente. Sempre que a romântica Kika (Lizandra Souto) aparecia, lá vinha Michael Bolton cantando a linda “How Am I Supposed to Live Without You”. Assim como Tears for Fears cantando a única música em trilhas de novelas: “Advice For The Young Hearts”, para o personagem Alex (Jaime Periard). Phil Collins abria o disco com a excelente “Another Day In Paradise”, tema do casal principal Guilherme (Hugo Carvana) e Joana (Nívea Maria). Enquanto lutava pelo amor do marido de sua melhor amiga, Janete (a saudosa Sandra Bréa) era embalada por ”Angel” da banda Eurythmics. E também não dá pra esquecer que Jason Donovan cantou “Sealed With a Kiss”, música que na trilha nacional teve Luan e Vanessa cantando uma versão intitulada de “Quatro semanas de amor”. E a trilha tinha um mega sucesso das pistas: “Running” do Information Society. Mas lindinha mesmo era Nikka Costa cantando “Midnight” e as meninas da banda Heart com ”All I Wanna Do Is Make Love To You”. Ah, delicioso início da década de 90.

4 - Araguaia Internacional – 2010/11


Em tempos de trilhas perdidas, onde as musicas raramente são utilizadas como temas, uma agradável surpresa para os noveleiros de plantão foi a seleção musical dessa novela que mesclava o rural e o urbano com muito propriedade. Não posso deixar de mencionar que a surpresa se deve pelo fato desta trilha ter tocado exaustivamente durante a novela como temas dos personagens. Verdadeiros clipes com as músicas eram feitos para ilustrar as cenas. Os mais bonitos eram ao som de “Marry me” da banda Train, uma perfeição inspiradora sobre as cenas do mocinho Solano (Murilo Rosa) e Manuela (Milena Toscano) nas plantações de girassol. A índia Estela (Cléo Pires, na capa) ganhou uma exclusiva regravação de “Happy” com a brasileira Marina Elali.  As cenas de amor entre Fred (Raphael Viana) e a sensual Janaína (Suzana) ficavam mais lindas com a execução de “I Never Told You” da cantora Colbie Caillat. Eu gostava de ver as três belas Jóias do Araguaia ao som da simpática Diane Birch cantando “Valentino”. O palhaço Pimpinela  conseguiu conquistar o coração da linda Nancy (ao som de “Pray For You”, enquanto o amor da madura Amélia  (Júlia Lemmertz) pelo jovem Vitor (Tiago Fragoso) era acentuado ao som do eterno Elvis Presley com “Love me Tender”. No entanto, confesso que a minha preferida é “Tonight”  de Alex Band, que no penúltimo capítulo conseguiu deixar as imagens da região do Jalapão ainda mais belas. Perfeito!


3 - Hipertensão Internacional – 1986/87




Taí outra trilha que vendeu como água  e não é para menos: a seleção musical é perfeita. Em todas as casas que tinham um aparelho de toca-disco, lá estava, o agora apresentador, César Filho e Carla Marins estampados naquela capinha amarela de gosto duvidoso. Óbvio que a trilha dessa novela era recheada de lindas músicas que fizeram grande sucesso naqueles bailinhos tão típicos dos anos 80. Inclusive, esse disco ganhou merecida homenagem em um dos capítulos da recente novela Ti Ti Ti (2010), quando Ari (Murilo Benício) se lembrou de “Right Between The Eyes” do Wax como música que marcou o início de seu romance com Suzana (Malu Mader). Metalinguagem total. A romântica “Lady in Red” do Chris D´burg curiosamente serviu para ilustrar os dramas de Raquel  (Débora Evelyn), a filha crente e feiosa da poderosa Donana (Geórgia Gomide.  Curiosamente, Madonna já era poderosa e tocou na novela com sua contundente “Papa Don´t Preach”. O romance entre a heroína Carina (Maria Zilda) e Sandro (Claúdio Cavalcanti) era acompanhado de perto pela romântica “Gone With The Winner” da banda Century, que um ano antes emplacou “Lover Why” na trilha da primeira versão de Ti Ti Ti. Uma das minhas preferidas é “Human” da banda Human League, música que  abria o disco, enquanto a lenda James Brown fechava com “How Do You Stop”, tema do romance entre a adolescente Carola (Carla Marins, estreando na televisão) e o maduro Raul (José Mayer).


2 - Transas e Caretas Internacional – 1984


Tudo bem, Transas e Caretas pode não ter sido um grande sucesso de público, mas as músicas de sua trilha internacional, estas sim, fizeram um grande sucesso e até hoje podem ser ouvidas em muitas rádios pelo Brasil afora.  Não acompanhei essa novela por questões óbvias (era uma criança de dois anos), mas com a ajuda do Orkut, tive a chance de saber que a linda “Ebony Eyes”, dueto de Rick James e Smokey Rombison, foi tema do complicado romance entre a bela Marilia (Natália do Valle) e Tiago (José Wilker). Também gostei de ouvir o Culture Club com seu vocalista andrógino Boy George com “Victms”, que segundo o site Teledramaturgia, se tornou o tema de Douglas (Claudio Cavalcanti) e Marília. A magnífica Tina Turner abria o disco com a clássica “Let´s Stay Together”.  Um verdadeiro clássico! No entanto, confesso que a curiosa “Souvenir of China” de Jean Michel Jarre é o meu tema favorito. Amigos que assistiram à novela, contam que a música foi perfeita ao ilustrar o casamento de Marilia com um homem que não amava, neste caso, Jordão (Reginaldo Faria), que também ganhou a simpática “Joana” do Kool and the Gang como tema. E o que falar do popzinho dos The Romantics cantarolando “Talking To Your Sleep”? Para completar a lista de sucessos, a trilha contava com Ann Wilson & Mike Reno cantando “Almost Paradise”, música que também foi tema romântico do filme Footloose.


1 - Que Rei Sou Eu? Internacional - 1989




Seria difícil encontrar uma trilha internacional para uma história que se passa num fictício reino no século 19 e se torna uma sátira do Brasil. Seria. Mas não foi. A seleção de canções para a novela poderia ter se limitado a encontrar clássicos que nos remeteriam para aquele período medieval, porém, por incrível que pareça, a trilha de Que Rei Sou Eu? parece ter sido feita exclusivamente para a novela. É de impressionar a escolha dos sucessos internacionais para ilustrar as cenas da divertida história. Como não confundir a voz bufesca da Rainha Valentine com a de Monserrat de Caballe em dueto com Freddy Mercury na clássica “How Can I Go On?”? Eu era pequeno e jurava que aquela rainha louca estava cantando. Os delicados acordes iniciais de “Eternal Flame” das Bangles foram perfeitos e precisos para acentuar ainda mais o romantismo da doce Princesa Juliete (Claúdia Abreu). Também foi perfeita a sintonia entre a sofrida Suzane (Natália do Valle) e seu tema “Someday We´ll be Together” do Santa Fé. ”Let The River Run” da Carly Simon tinha vencido o Oscar de melhor canção como tema do filme “Uma Secretária do Futuro” no mesmo ano. Porém, se traduzirmos a canção, notaremos que caiu como uma luva para as aventuras do herói Jean Pierre (Édson Celulari). Até a introdução com assobio de “Patience” dos Guns N'Roses tinha a cara daquele clima de época. Por essas e outras, essa trilha internacional é a minha preferida pois curiosamente soube combinar as músicas com os personagens e o clima da novela. 








Wesley Vieira é jornalista, roteirista, blogueiro, mocinho da Janete e editor-chefe da Sucursal Minas do “Eu prefiro melão”.




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