“Uma atriz em terceira dimensão” na definição de Paulo José. E lá se vão 20 anos sem Dina Sfat na TV, no teatro, no cinema e em nossas vidas. Dona dos olhos mais expressivos da história da teledramaturgia e de uma beleza incomum, Dina tinha uma presença magnética na tela. Enfeitiçava e chamava para si todas as atenções, independente do tamanho de seu papel. Claro que não assisti á primeira versão de “Selva de Pedra”, mas as cenas de sua personagem Fernanda a que assisti já dão uma mostra do porquê ter entrado para a galeria das grandes vilãs. E são tantas personagens marcantes: Zarolha de “Gabriela”, Paloma de “Os gigantes”, Chica de “Fogo sobre Terra”, Amanda de “O astro”... aliás, as personagens que Janete Clair escrevia pra ela são um caso à parte. Mas minhas lembranças mais marcantes da atriz são de sua última novela “Bebê a Bordo” onde mostrou que também dominava com maestria o texto cômico e anárquico de Carlos Lombardi. Na novela, ela faz uma ótima dobradinha com Ary Fontoura. Outra lembrança viva em minha mente é da minissérie “Rabo de saia”. Ali, no auge da maturidade e sem maiores auxílios da cosmética, Dina era incrivelmente bela, na pele de uma das mulheres de Quequé (Ney Latorraca). Sua beleza vinha de seus olhos, da magia de sua presença e da força de sua interpretação. Talento à toda prova e uma mulher incrivelmente interessante.
Passei uma tarde de sexta-feira bastante agradável no centro do Rio ao visitar a exposição em homenagem à Dina Sfat no Centro Cultural da Justiça Federal, na Cinelândia. A exposição é riquíssima em fotos da carreira da atriz (estão lá a grande maioria de seus trabalhos em cinema, teatro e televisão), revistas e reportagens da época sobre a atriz, figurinos lindíssimos de seus espetáculos e um programa da Globo News rico em imagens, entrevistas e cenas da atriz. Para se conferir sem pressa, saboreando cada momento. Enche nosso coração de saudade e nos dá a perfeita dimensão de como essa atriz faz falta na TV. Dina Sfat partiu tão cedo e poderia ter feito tanta coisa ainda... mas sua trajetória é inesquecível e a marca que ela deixou no planeta é indelével. Viva Dina Sfat!
A exposição é imperdível e só vai até dia 6 de setembro. Cariocas, corram!!!
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4 comentários:
Fico imaginando se ela estivesse viva hoje, com certeza teria nos brindado com grandes papéis e interpretações.
Walter Cerqueira (Grupo Memória da TV)
Isso é muito legal, pois não aguento mais aquela máxima, o país não tem memória....tem e está sendo cultivada....amei essa última foto!
Dina Sfat é uma das eternas atrizes para mim. Muito bom saber que existe essa exposição. Vou visitar fazer uma visita. É uma oportunidade para lembrar dela que foi uma das nossas maiores atrizes. Dos seus trabalhos o que mais gostei foi o seriado "Rabo de saia". Parabéns pelo post, com certeza muito merecido. Abrs
A Hora do Jabá: Dina tricota com Miguel Falabella nos anos 80 - http://www.youtube.com/watch?v=WMp_w2XW28c
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