terça-feira, 26 de outubro de 2010

Reprises, remakes e relançamentos: o passado reinventado.

                                                                                                                                                                   
E alguns motivos para não perder "Vale Tudo"

por Vitor Santos de Oliveira



Um fenômeno casa vez mais recorrente em nossa teledramaturgia atual é a reverência ao passado. E o fenômeno não se mostra isolado. Acontece de várias formas e em vários veículos diferentes, como por exemplo, a criação do Canal Viva que, inicialmente, tinha como público-alvo a crescente audiência feminina da classe C e cada vez mais vai se tornando acima de tudo um oásis para telamaníacos saudosos de grandes obras. Na mesma linha, o SBT tem vasculhado o baú da extinta Rede Manchete e resgatando pérolas como “Pantanal”, “Xica da Silva” e “Ana Raio e Zé Trovão”, que garantem sempre boa audiência para a emissora, senão as mais altas. Lembrando que, tanto as reprises do Viva quanto as do SBT, têm feito mais sucesso do que as reprises do tradicional “Vale a pena ver de novo”, constantemente criticado por exibir tramas muito recentes e  ainda assim, pouco memoráveis em muitos dos casos.

Mas as reprises são apenas um exemplo dessa espécie de “revival”. Os remakes também têm acontecido com frequência cada vez maior, com super destaque para “Ti Ti Ti” que, além de revitalizar a audiência do horário das sete, conseguiu uma proeza ainda mais difícil: ser sucesso de crítica e público, ser popular e sofisticada ao mesmo tempo e, principalmente, reverenciar o passado, mas sem deixar de ser uma obra extremamente contemporânea, cheia de frescor e atualidade.



E pra quem sempre achou que novela fosse um gênero descartável está aí o lançamento em DVD de “Roque Santeiro” para provar exatamente o oposto. Incrível que, 25 anos depois de sua exibição, personagens como Sinhozinho Malta, Viúva Porcina e Dona Pombinha, entre outros, ainda povoam o imaginário popular, tal qual os grandes personagens do cinema.

Para coroar essa onda “cult” nenhuma novela ou minissérie, no entanto, tem causado tanta repercussão como a reprise de “Vale Tudo”. Lançada com pompa e circunstância pelo Canal Viva, que investiu em publicidade digna de uma novela inédita, “Vale Tudo” consegue a proeza de ser mais comentada do que as novelas atuais. Para comprovar esse buxixo, basta entrar no “Twitter” às 0:45 diariamente para ver o frisson que a novela vem causando junto ao público. E as reações são as mais diversas e inusitadas: há o grupo daqueles que já assistiram à novela e se deleitam com cada lembrança revisitada e há o grupo dos novinhos que sempre ouviram muito falar de “Vale Tudo” e que agora estão entendendo o porquê da novela ser tão cultuada. Como representante do primeiro grupo e mesmo possuindo a novela gravada, confesso que nada se compara a assistir à novela pela tevê simultaneamente com milhões de outras pessoas, compartilhando opiniões e me divertindo com as reações. Uma frase do twitteiro @guisalviano traduz perfeitamente esse interessante momento em que vivemos, de junção do melhor do passado com os recursos disponíveis que temos atualmente: “Ver #valetudo é uma oportunidade de estar nos anos 80 com Twitter e chat coletivo. Impagável. Não tem preço”.

Do ponto de vista técnico e estético, a novela envelheceu, claro. O curioso é que isso não depõe contra a reprise. Pelo contrário, acaba sendo um dos seus grandes trunfos, já que é muito divertido constatar como o mundo era tão diferente há tão pouco tempo atrás: cabelos, roupas, gírias e comportamento em geral. Tirando esses fatores, a novela é assustadoramente atual: a temática da corrupção, a violência nas grandes cidades e o “vale tudo” propriamente dito continuam mais do que presente em nossa vida. E o que falar do texto? E o que falar do ritmo, da agilidade? Nesse sentido, “Vale Tudo” é mais moderna do que muita novela atual. Ganchos folhetinescos da melhor qualidade, grandes atuações e elementos do mais tradicional melodrama casam perfeitamente com a naturalidade impressionante de cada diálogo. O trabalho de direção, até hoje, é referência: ágil, objetivo e ao mesmo tempo detalhista, sabendo explorar o melhor de cada ator. Uma novela ousada que une o melhor da tradição, mas que apresenta aquele diferencial, aquele componente que a torna única e inesquecível.

Enfim, é inegável que há uma busca pelas boas coisas já produzidas no passado. Porém, acredito que a nostalgia pela nostalgia não faz muito sentido. Quem sabe a atual teledramaturgia pode buscar justamente no passado bons exemplos e boas inspirações para a tão necessária e constante reinvenção do gênero? Não basta apenas cultuar o que já passou, mas também buscar boas lições e reforçar as bases que possam proporcionar algo novo e surpreendente. Que venham outros remakes tão bons como “Ti Ti Ti” e que o Viva, SBT e Globo Marcas e outros canais e mídias possam nos brindar com o melhor e mais memorável que temos em nossa tão rica teledramaturgia.

A seguir, para quem ainda não conferiu a reprise de “Vale Tudo”, segue um empurrãozinho.


10 motivos que tornam a reprise de “Vale Tudo” imperdível

1)      ATUALIDADE DO TEMA:
Corrupção, relações familiares complicadas, alcoolismo, homossexualidade, crise ética e, sobretudo, solidariedade do povo brasileiro são ingredientes irresistíveis.

2)      A INUSITADA PARCERIA DE GILBERTO BRAGA E AGUINALDO SILVA:


 A saudosa Leonor Bassères, que completa o trio de autores, foi parceira constante de Gilberto Braga. Além dela, temos aqui uma improvável e feliz união de dois grandes mestres, cujas características são tão diferentes, mas que se complementaram perfeitamente. Perguntado pelo melão, qual foi a contribuição de Aguinaldo Silva para o folhetim, Gilberto Braga, humildemente, declarou: “Contribuição total. Ele fazia as escaletas, que são a alma da novela, em termos técnicos. E alguns personagens acabaram sendo mais dele do que meus, como a Raquel (Regina Duarte) e seu grupo. Aguinaldo é um autor mais popular do que eu, por isso, acho, Vale Tudo fez tanto sucesso”. Sem desmerecer um e sem contrariar o outro, penso que o sucesso reside exatamente na junção desses dois universos tão bem explorados pelos dois em cada uma de suas tramas: o requintado e o popular.

3)      REGISTRO DE UMA ÉPOCA:
Inovações tecnológicas estavam surgindo como o “disc-laser”, ter videocassete era um luxo, celular e internet não eram nem sonho e operador de telex era uma das profissões do momento. Além disso, você podia vender sanduíche natural na praia sem ser pego pelo choque de ordem e explorar menores sem se preocupar com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Chuquinha no cabelo, ombreiras e fumar em locais fechados era hábito de gente super transada. Aliás, a palavra “transada” vivia na boca de todos e era usada para finalidades diversas. Figurino e direção de época são um show à parte.

4)      GRANDES PERSONAGENS
Lógico que as vilãs Maria de Fátima e Odete Roitmann são sempre as mais lembradas. E com toda a razão. Mais do que meras vilas estereotipadas, cuja maldade é a única característica, eram, sobretudo, humanas, com fraquezas e sentimentos inerentes a cada um de nós. Que atire a primeira pedra quem nunca vibrou quando alguma armação de Fátima deu certo! Odete, por sua vez, sofria com o problema de alcoolismo da filha e, dentro de sua moral, fazia o que achava certo para o bem de sua família. Além delas, Ivan não era um herói chato e perfeito. Era ambicioso e chegou a colocar seu desejo de ascensão social na frente de seu amor por Raquel, que por sua vez, chegou a desejar vingança contra a filha. Toda essa vasta gama de características dos personagens, que fugiam muitas vezes da polaridade bom/mau, ajudou a criar junto ao público fortes elementos de identificação, até mesmo com as vilãs.

5)      GRANDES CENAS
São tantas e tão marcantes que é impossível enumerar todas, mas quem não se lembra do mambo caliente de Heleninha (Renata Sorrah), da banana de Marco Aurélio (Reginaldo Faria) para o Brasil ou do assassinato de Odete (Beatriz Segall) por Leila (Cassia Kiss)? Confesso que minha favorita é a cena em que Raquel (Regina Duarte), após ser humilhada por Odete, rasga o vestido de noiva de Fátima (Glória Pires) num ataque de fúria num dos muitos acertos de contas entre mãe e filha. A cena em que Fátima vê a mãe vendendo sanduíche na praia também é excelente e uma aula de subtexto pra qualquer roteirista. Outro momento catártico é quando Solange (Lidia Brondi) dá o tão esperado tabefe em Fátima, a jogando no chão. Ainda tem Fátima rolando as escadarias do Teatro Municipal, Afonso (Cassio Gabus Mendes) dando uma surra em César (Carlos Alberto Ricelli), que não transa violência, só pra citar algumas de uma interminável lista de cenas memoráveis.

6)   GRANDES ATUAÇÕES

Os gritos, caras, bocas e gestos da protagonista Raquel são sempre objetos de controvérsia por parte do público, mas convenhamos: se há alguém que pode ser chamada de “a alma da novela” esse alguém é Regina Duarte. Intensa, vigorosa, emotiva, amorosa, Regina nos oferece uma interpretação visceral, quase operística em alguns momentos, mas é impossível imaginar a Raquel sendo vivida por outra atriz. Ninguém possui tanto carisma e tanta identificação junto ao público quanto ela. A atuação de Beatriz Segall ficou tão marcante que a atriz até hoje não conseguiu se livrar do estigma de Odete Roitman. As frases deliciosamente polêmicas, tão bem criadas pelos autores, caíam como uma luva para a interpretação da atriz e garantiu que a vilã figurasse em qualquer lista das maiores de todos os tempos. Glória Pires também entrou para o rol das grandes atrizes, sabendo aproveitar com maestria a riqueza de possibilidades de sua Maria de Fátima. Nathalia Thimberg tinha tudo para ficar apagada como a frágil Celina, mas soube compor uma personagem doce, comovente e extremamente simpática, de grande empatia com o público. E o que dizer de Renata Sorrah (foto) e sua Heleninha? O nível de realismo das cenas dos grandes e homéricos porres da personagem é assustador e imbatível até hoje. O sofrimento era latente e a emoção, sempre à flor da pele. Era muito aflitivo ver tais cenas e sem uma atriz tão boa como Renata Sorrah, que se joga sem rede de proteção, o resultado não seria tão perfeito e irretocável. A galeria de grandes atuações não para por aqui. Todo o elenco esteve inspiradíssimo.

7)      TRILHA SONORA

Sobretudo a nacional. As canções combinavam perfeitamente com as tramas e personagens, com destaque para “Faz parte do meu show”, com Cazuza, tema de Solange e Afonso; Besame, com Jane Duboc, tema de Fátima, “Todo o sentimento”, de Chico Buarque com belíssima interpretação de Verônica Sabino era perfeita para Heleninha; “Tá combinado”, com Maria Bethânia, que envolvia o romance de Ivan e Raquel. O tema internacional dos dois, “Baby, can I hold You”, com Trace Chapman, também era ótimo. Mas três canções em especial se tornaram a cara da novela: “Brasil”, o tema de abertura interpretado com vigor por Gal Costa; “É”, crítica social contundente de Gonzaguinha” e “Isto aqui o que é”, com Caetano Veloso, que nos remete imediatamente ao universo da trama.



8)      DUPLA DINÂMICA
Lília Cabral e Rosane Gofman ficaram mais conhecidas como as deliciosas beatas Amorzinho e Cinira de “Tieta”. Mas o primeiro encontro das duas aqui como as secretárias e vizinhas Aldeíde e Consuelo nos dá a impressão de que as duas juntas poderiam render outros ótimos momentos em muitas outras tramas.

9)      AS FRASES DE EUGÊNIO
Possuir um mordomo é um luxo para poucos. Agora possuir um mordomo cinéfilo que sempre tem uma frase ou citação a algum grande clássico de Hollywood você só encontra em uma novela de Gilberto Braga. De Eve Harrington de “A malvada” a Scarlett O’Hara de “E o vento levou”, ninguém estava livre das referências de Eugênio, vivido deliciosamente por Sergio Mamberti.

10)   LÍDIA BRONDI

 Afastada da TV há quase 20 anos, ver o trabalho da atriz na novela é uma ótima oportunidade para quem apenas ouviu falar dela. Com tantas feras no elenco e com tantos personagens ricos e complexos, Lídia conseguiu transformar sua mocinha Solange Duprat em referência de moda na época e, graças ao seu talento e carisma, não ficou apagada na novela. Pelo contrário: Solange era cheia de personalidade. E o par romântico que formou aqui com Cássio Gabus Mendes esteve longe de ser sem graça. A gente acreditava e torcia de verdade por esse amor. Impossível sair do clichê: que falta faz Lídia Brondi às novelas! Linda e adorável sempre!

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Quem mais está acompanhando a novela? O chat está aberto e a palavra é de vocês!!!
                                                                                                                                                              

12 comentários:

Ivan disse...

Eu adorei esse post!!! Tb tenho a novela em dvd e revi há pouco tempo, então acabo não vendo no VIVA com tanta fidelidade. mas eu concordei muito com tudo q vc disse nesses comentarios. O q mais torço é q os autores atuais saiam do automático! parem de fazer as mesmissimas novelas, com misterios chatos, tramas q nao acontecem nada sempre no mesmo cenario ou lugares exóticos. Voltem a trabalhar em temas brasileiros , com historias onde a gente sabe quem é protagonista e com tramas paralelas boas. é disso q a gente sente falta! Não adianta tanto enfeite, tanta tecnologia e tanto glacê no bolo se o recheio e o sabor do mesmo é ínsipido!

Eddy Fernandes disse...

O texto está muito saboroso, tio! Parabéns!

Eu acho que essa espécie de reverência ao passado que a gente está vivendo é um sintoma. Nos últimos anos, a gente se acostumou a subestimar a inteligência do telespectador médio, oferecendo uma dramaturgia mais ingênua, fácil, mastigada.

OK, tem gente que não está muito disposta a pensar. Mas não podemos encarar isso como uma verdade absoluta. Os ''burros'' são uma minoria. No afã por ibope, eu acho que falta paciência (principalmente por parte das emissoras), até que as mudanças e ousadias sejam assimiladas.

Boa dramaturgia sempre será prestigiada. O negócio é dar tempo ao tempo. E, principalmente, não taxar o público de ''burro''.

Daniel Pepe disse...

Quanto à crítica sobre a renovação do gênero, faço coro ao post e aos comentários! Espero que nos próximos anos possamos ver resultado desses lançamentos, reprises e remakes nas novas produções.

Agora um comentário sobre uma cena que eu gosto muito, e que é spoiler pra quem não viu.

A cena do vestido também é a minha preferida. E bem lembrada a cena em que Fátima esnoba Raquel na praia. Mas eu gosto mais de outra onde ela faz o mesmo com o pai, na frente do Afonso, numa cena em que eu achei que a emoção ficou mais forte. Sobretudo porque Rubinho era um homem mais sensível e frágil do que Raquel. E, principalmente, porque ele morre no dia seguinte, com esse desgosto. Tenso demais!

TH disse...

Fiz um comentário quase profético e o blogspot engoliu...¬¬

Pois bem, vamos novamente: os motivos para a reprise de Vale Tudo ser naquele horário ingrato, pra mim é clara: se fosse noutro, correria o risco de roubar numeros de audiencia da propria Globo, pois a novela de longe é bem melhor que todas as que estão no ar atualmente.
Vale Tudo tem dialogos poderosos, personagens incriveis, nuclos bem divididos e muito mais elementos pra ratificar o marco que se tornou.
Não posso me estender mais - o ótimo texto do Vitor ratifica tudo o que a novela é com louvor...
Parabens por mais essa bela matéria, queridão!

Unknown disse...

Eu sempre falei que os Remakes são a prova de que novelas não são descartáveis. E acho mesmo que sucessos merecem uma "novo fazer". Acho ainda que Remakes poderíam ser alvo de novos autores, claro, sob supervisão dos proprios donos, ou de grandes talentos, no caso dos donos já não estarem mais vivos. Ainda assim, sou fã de Remakes. Acho que existem grandes obras primas da década de 70 que mereciam uma nova versão.

Qto a "Vale Tudo", não é preciso dizer mais nada além desses dez motivos que vc citou aqui, Vitor. Se qualquer pessoas que goste de escrever tiver acesso a pelo menos um capítulo dessa novela, ficará fascinado, em êxtase. Comigo foi assim. Como foi quando pude ler um capítulo de "Força de um desejo", tb do Gilberto.

Enfim... Gostei mto desse post!! Vc sempre arrasa, né, Vitor!!

Fábio Leonardo disse...

Não tenho acesso à TV paga faz cinco anos... mas tive acesso a Vale Tudo em DVD, e, apesar de não paciência para ver novelas gravadas (algum tipo de dislexia minha, sei lá...), foi uma das melhores coisas que assisti!

E Vitor, sempre arrasando nos textos. Parabéns, queridão!

Duh Secco disse...

Os queridões já falaram tudo o que penso a respeito do assunto do post (também acho que os remakes são super válidos, Léo!), mas não poderia deixar de marcar presença aqui, elogiando sempre o ótimo texto do Vitinho. Já virou clichê, mas... Parabéns, queridão!

Unknown disse...

Adorei o texto Vitin. Vou chover no molhado: novelas marcantes como Vale Tudo e Roque Santeiro são "atemporais". Se reprisarem daqui a 50 anos vão continuar sendo atuais. Outro dia estava discutindo com uma amiga que diz não estar gostando de TiTiTi, criticando a atuação de Alexandre Borges e Claudia Raia por achar que eles "assassinaram" Leclair e Jaqueline. Disse a ela que remake não é reprise, se assim o fosse seria bem mais barato reprisar a trama antiga. Tititi na minha opinião está esplendida, tudo o que vc redigiu em seu texto.
Abraços,
Cerqueira.

Lucas Fernando disse...

Essa foi a melhor novela que eu já vi na vida. A trama é fantástica do início ao fim. Amo Odete e Fátima duas das melhores megeras d etodos os tempos. novela sensacional.

RÔ_drigo disse...

To muito feliz com terminar meu dia vendo Vale Tudo=D
Parece um sonho,hehehe.

O Midiático disse...

Texto ótimo! E lembrar que minha monografia do curso de jornalismo foi sobre "Vale Tudo". E lembrar tbm que os dvds que eu tenho da novela foram presenteados pelo grande amigo Melão... rsrsrs
Sem dúvidas, uma das melhores novelas brasileiras. E eu não me incomodo nenhum pouco com o figurino e os cenários datados... O que importa é a maravilhosa história que Gilberto, Aguinaldo e Leonor escreveram.

Earl Zoe Jitz Von Tigron disse...

Excelente, Vitor!

Vou indicar para amigos que não tinham twitter na época (rsrs) mas nos virávamos com telefone ou correndo para a praça no fim do capítulo.

Abraço, bom trabalho!

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