Por Wesley Vieira
Vitor e Melão. Ou Melão e Vitor? Tanto faz a ordem, afinal ambos se tornaram únicos e especiais. Na verdade, acredito que eles se confundem. E tudo começou há exatamente um ano, no dia 16 de julho de 2009, quando entrava no ciberespaço o “Eu Prefiro Melão”, mais um blog sobre televisão. Ops... mais um blog não! Trata-se de “O” blog, que em menos de um ano já coleciona vários admiradores, fãs, seguidores e muito, mas muito prestígio. Além da escrita primorosa, os leitores do Melão sentem o amor pela teledramaturgia que Vitor passa em seus textos. Em tudo há dedicação e muita cumplicidade. A razão disso tudo é simples: Vitor ama o que faz e só por isso tudo, podemos dizer que o Melão “bomba” por conta do talento desse incrível amigo. Quem conhece Vitor sabe o que estou falando. Muito trabalho, correria e perseverança, afinal quem acredita sempre alcança e ele alcançou! (Mistério!) “É muita luta, meu amô” – brinca ele fazendo alusão à Lígia (Betty Faria) na novela Água Viva (1980). Outro fator importante foi a credibilidade que o blog conseguiu desde a entrevista do nosso querido padrinho Alcides Nogueira, o Tide. Depois disso, o “ibope” foi às alturas e todos agora preferem Melão: Renatinha, Vivian, Duca, Thelma, Aguinaldo e mais alguns que vêm por aí... Pensando em homenagear o aniversário do blog, eu, Wesley, juntei alguns amigos QUERIDÕES (Daniel Pepe, Duh, Dog, Thiago, Walter Cerqueira e seu xará Azevedo, Eddy, Alladin, Ivan, Carlos e a participação especial de Tide) e elaboramos uma entrevista com o intuito de conhecer a alma do criador do Melão. Como colaborador do blog, tomei a liberdade de fazer essa homenagem e convido todos a viajarem por esse universo maravilhoso que é o Melão. Ou seria o universo do Vitor? Ah, tanto faz, afinal ambos se confundem... Divirtam-se!
Como começou o seu sonho de ser autor de novelas? (Ivan)
Ivan, meu amigo, acho que você é um dos que acompanham mais de perto esse sonho, mas ele vem de looonge. Acho que esse sonho existe desde que me conheço por gente. Sou telespectador precoce e as novelas sempre me fascinaram. Minha criação foi diante da TV e desde que aprendi a ler e escrever, criava histórias. Minhas primas sempre dizem que eu acabava com todos os cadernos da casa. Sempre escrevi o que chamava de novelas retratando o universo familiar, escolar, do bairro em que morava. Todos viravam personagens de minhas histórias. Dava nomes artísticos para eles com seus respectivos personagens. Loucura total! Depois todos liam e até encenavam às vezes... rs! Tenho vários desses cadernos guardados. Morro de vergonha, mas também tenho um carinho muito grande por eles, pois são verdadeiros diários, documentos de acontecimentos da minha vida. Muito tempo mais tarde, quando comecei a ler a respeito e a fazer cursos, percebi que o que eu escrevia e chamava de novelas com mais de 100 capítulos era muito parecido com o que chamamos de escaleta, que é a descrição das cenas sem os diálogos. Logicamente que procurei somar técnica a essa minha vocação natural com os diversos cursos que fiz.
Vítor, o que efetivamente te levou a criar o blog "Eu prefiro Melão", e, claro, o porque desse excêntrico e irreverente nome? (Walter Cerqueira e Duh) Sou blogueiro de longa data. Tinha com o Carlos um blog de conteúdo geral chamado “Aqueles dois” e tenho até hoje um blog de cinema chamado “Cinema, etc – O Vitor viu...” Daí percebi que não tinha um veículo para falar sobre meu assunto favorito e sentia necessidade de falar para um número maior de pessoas do que há nas listas de discussões e comunidades das quais fazemos parte. Daí a ideia do blog. O nome é uma homenagem ao Cassiano Gabus Mendes. Faço uma alusão à famosa fala de Dom Lázaro Venturini (Lima Duarte) em “Meu bem meu mal”, que após sofrer um derrame e ficar meses sem falar, ao ser perguntado pela enfermeira se preferia mamão ou melão dá essa resposta para surpresa dela e do público. Acho que muita gente que viu essa cena já imitou o Dom Lázaro com boca torta e tudo dizendo “eu prefiro melão”... rs!
De que forma pessoas como você, que tem nato a arte de escrever e escreve desde pequeno, pode se preparar para entrar nesse almejado, mas tão difícil, mundo de roteirista? (Carlos) Principalmente definir um foco, um objetivo e segui-lo até o fim, pois a arte de escrever é um conceito muito amplo. Alguns têm aptidão para escrever romances, contos, crônicas, mas não tem o interesse, nem o talento para serem roteiristas. Outros dominam como ninguém o texto acadêmico e almejam enveredar por essa área. Outros possuem todas essas aptidões e mais algumas... rs! Como ingressei na carreira acadêmica e tenho um mestrado para concluir, felizmente consegui juntar o útil ao agradável: minha paixão por novelas e minha carreira acadêmica. Além de roteirista, também sou professor e gosto muito dessa profissão. Com o título de mestre em Linguistica Aplicada com projeto sobre teledramaturgia, acredito que estarei habilitado também a ministrar cursos na área de roteiro, algo que também me interessa bastante. Para a carreira de roteirista especificamente falando, acho que a preparação é estar sempre ligado em tudo: ler, assistir a muitas novelas, filmes, séries, sempre se reciclar, estar de olho nas oportunidades e, principalmente, tentar criar um “network”, pois contatos com pessoas nessa área são fundamentais. Até do “Video Game” da Angélica eu já participei... kkkkk!
Você foi um dos primeiros a participar – com louvor, diga-se de passagem – do Vídeo Game, nesse novo formato com anônimos. Qual as suas impressões do jogo? E como você, fã de dramaturgia, avalia o baixo nível entre os últimos concorrentes, visto que a coisa anda meio nivelada por baixo, nas últimas jogadas? (Eddy Fernandes) Obrigado, Eddy! Eu adorei ter participado e como o nosso dia de gravação foi o primeiro tudo era ainda meio desconhecido. Sou muito tímido e pensei que fosse ficar nervoso na hora, mas que nada! Apesar de super rápido, foi uma experiência deliciosa. Sempre quis participar de um programa de perguntas e respostas, ainda mais num programa sobre televisão. Enfim, amei tudo: amei ter vencido, amei ser elogiado pela Angélica e pela equipe, amei os prêmios, os quais faço bom uso até hoje, diga-se de passagem e amei ter feito parte de uma atração da TV Globo. Com tanta coisa boa, até sublimei os micos...rs! Uma coisa muito legal também é que fiz muitos amigos. Os ex-participantes criaram uma comunidade no Orkut e já promoveram vários encontros, todos muito animados. Nós nos auto-denominamos Ex-VGB’s (Video Gamers Brasil...kkkk). Quanto à baixa qualidade dos atuais participantes, é normal, pois como são seis participantes por semana, fica cada vez mais difícil encontrar novos telemaníacos, mas conheço alguns queridões que ainda não participaram e que, com certeza, iriam arrasar, inclusive você!
No decorrer deste último ano, o “Melão” se tornou referência para os interessados em dramaturgia e um link entre grandes autores e seu público. Em algum momento, você imaginou que o “Melão” tomaria essa proporção? (Duh) Sinceramente, não esperava mesmo. Achava que ele fosse ficar restrito ao nosso círculo de amigos e acho que até agora não caiu a ficha. Quando se tem um blog, a gente mede muito a repercussão pelo número de comentários, mas eles não reproduzem a verdade dos fatos. Muito mais gente entra sem comentar. Só quando instalei um contador de visitas tive essa noção. O melão é acessado diariamente de todos os continentes (!!!). Fora isso, ele ganhou um prestígio muito grande pra quem gosta do assunto. Já cheguei a ser reconhecido em Sâo Paulo durante um evento por várias pessoas. No lançamento do livro da Gloria Pires também vieram falar comigo. Sou praticamente uma sub-celebridade... kkkkkk! Mas sério: sei que devo muito a vocês, meus grandes amigos, companheiros de listas e comunidades e leitores fieis, pela participação, pela divulgação e principalmente por tanta força e por tanto carinho que me deram durante esse 1 ano de existência do melão.
Como o sucesso do Melão pode influenciar e incentivar a formação de novos autores? Como você se sente em relação a esse papel? (Walter de Azevedo) Nunca pensei sobre isso e nem sei se o Melão tem esse papel. Acho que não só o meu blog, como o de muita gente, é a prova de que se tivermos algo bom a dizer, vamos encontrar público para isso. Nesse sentido, o ciberespaço é bastante democrático e permite que qualquer pessoa possa ter um canal de comunicação sem depender de nenhum contexto institucional. Se meu humilde blog porventura possa servir de inspiração para alguém, fico felicíssimo.
Equilíbrio no mundo das telenovelas é tudo. Uma história com boas dosagens de humor, drama, ação e bons diálogos é tida como muito boa. Mas, recentemente, tivemos um belo exemplo de desequilíbrio: às sete tivemos "Caras e Bocas", de Walcyr Carrasco, que nos brindou com muita agilidade mas pecou pelo texto precário e insistência no humor pastelão. E às oito, tivemos "Viver a Vida", trama de Manoel Carlos com uma excelente premissa alcançada (superação), ótimos diálogos mas que se arrastou pela falta de folhetim declarada. Na falta de um consenso entre os elementos que funcionam na telenovela, o que você prefere? Uma trama cheia de acontecimentos, ágil, mas sem texto, ou uma novela com diálogos muito bem trabalhados, mas sem tanto "conflito'? Responda como roteirista e como telespectador! (Thiago Henrique) Acho que tanto como roteirista ou como espectador a resposta é a mesma. Gosto de novelas em que os personagens conduzem a trama e não o contrário. Gosto de personagens ricos, densos, humanizados. Sempre me incomoda quando um personagem muda de comportamento para atender aos interesses da trama. Por isso, tenho uma queda por bons diálogos.
Vitor quais os autores que você mais se identifica? (Ivan) Acho que Gilberto Braga é o mestre de todos nós. Me identifico totalmente com seu texto ágil, com a humanidade de seus personagens, com a temática do alpinismo social, com os barracos deliciosos, com o novelão chique, enfim, pra mim o pior de Gilberto ainda vai ser melhor do que o melhor de muita gente...rs! Mas amo o texto do Maneco, a comédia do Sílvio, o requinte do Alcides, gosto do Aguinaldo que escreve pensando nos atores. Entre os falecidos, gostaria muito de ter assistido a uma novela de Janete Clair, que é o Machado de Assis da teledramaturgia. Até hoje ela é modelar pra muita gente em atividade. Felizmente pude conferir obras deliciosas de Ivani, Dias e Cassiano.
Qual tema ainda não explorado em novelas você acharia interessante que fosse abordado? (Daniel Pepe) Difícil dizer com precisão, afinal nossas novelas têm falado sobre quase tudo, mas confesso que como espectador sinto falta de ver na tela algum personagem gay que fugisse do estereótipo afeminado ou que não ficasse aprisionado no rótulo “melhor amigo gente boa”. Gostaria que fosse mostrada uma relação gay como qualquer outra,com qualidades, defeitos, traições, todo o tipo de atitudes e sentimentos inerentes a qualquer ser humano. Nem clown, nem santo, nem vilão. Um que gostei muito foi o Beni, de “Queridos amigos”, vivido magistralmente por Guilherme Weber. Apesar de exalar cinismo, o personagem mostrou uma humanidade muito grande.
Quando você escreve seus personagens você vai imaginando os atores em cena? Ou simplesmente escreve? Ou só depois de já escrito você imagina alguém? (Rodrigo Dog) Normalmente eu escrevo pensando em pessoas reais que conheço, mas já aconteceu de eu escrever algumas vezes pensando em algum ator ou atriz. Como a Betty Faria é minha atriz favorita, sempre que escrevo alguma coisa tento criar uma personagem especialmente pra ela. Quem sabe um dia esse sonho não se transforma em realidade? Rs...
Nos últimos tempos, a televisão brasileira vem se imbecilizando, devido à guerra de audiência e as absurdas normas do MP. Você sempre se mostrou inconformado com esta situação. Acha que os profissionais da nossa televisão andam preguiçosos, distante dos gênios dos anos 70 que burlavam a ditadura e ainda ironizavam com ela, ou o público é que se tornou menos exigente com o passar do tempo? (Duh)
Acho que é um conjunto das duas coisas. Falei um pouco sobre isso em um artigo que escrevi para o site da Associação dos Roteiristas. Falta ousadia. As emissoras não estão dispostas a comprar a briga e mesmo os novos autores que surgem são obrigados a seguirem uma espécie de receitinha do “politicamente correto”. Isso é muito nocivo à criação. Também há o fato de que o público ficou muito menos exigente. Tudo que exige uma dose de reflexão um pouco maior afugenta o espectador médio. Não tenho dados para declarar isso, mas tenho a impressão de que grande parte do público reflexivo migrou para os canais por assinatura. Acho que é preciso uma nova quebra de paradigmas, algo que sacuda a ordem estabelecida.
Vitor Querido. O que você acha desses remakes que as emissoras insistem em produzir? Será que apostar em velhas histórias não é um retrocesso na teledramaturgia e impede que se mostre ao público novos autores e novas idéias? (Aladin)
Aladim, querido, acho que remake não é exclusividade das emissoras de TV. Volta e meia algum filme ganha uma refilmagem ou alguma peça ganha remontagem. Acho que isso vem da vontade de reviver algo bem sucedido e que traz boas lembranças. De fato, acho alguns remakes bastante desnecessários e redundantes. Mas há outros importantíssimos como os de Ivani, que deu a oportunidade a um público jovem assistir a grandes novelas a que ele nunca teria acesso. Gostei muito do remake que Maria Adelaide Amaral fez de “Anjo Mau” e boto muita fé em “Ti-Ti-Ti”, pois a autora se mantém fiel ao estilo de Cassiano, mas consegue atualizar muito bem as tramas. Não fica parecendo um Copy+Paste. Como tudo na vida, há os bons e os maus.
Televisão é apenas um veículo onde se pode trabalhar a dramaturgia. Você pensa em teatro, cinema, etc? E por que? (Carlos) Teledramaturgia é minha grande paixão, mas também adoro cinema e teatro. Sim, tive uma pequena incursão no cinema com o curta “Corra biba Corra”, que partiu de uma ideia totalmente despretensiosa, uma simples brincadeira entre amigos, que rendeu participações em alguns festivais e relativo sucesso na internet. Tenho alguns curtas escritos e registrados e gostaria muito de poder filmá-los um dia. Teatro também me interessa bastante. Há dois anos criei um esquete em parceria com Carlos Carvalho e Fellipe Carauta chamada “O que terá acontecido a Nayara Glória?” que foi selecionado para um festival de humor aqui no Rio e foi muito gratificante toda a experiência, inclusive os ensaios e o contato com as atrizes, já que também dirigimos amadoristicamente o esquete. Tenho uma peça escrita chamada “Mãe” e, assim que a correria do Mestrado permitir, vou tentar uma leitura dramatizada. Acho fundamentais essas leituras para autores inexperientes como eu antes da montagem. É muito importante ouvir opiniões de quem está há mais tempo no ramo e mais familiarizado com o veículo.
Se fosse pra escolher uma obra literária qual você adaptaria? (Rodrigo Dog) Não tenho muito essa vontade de adaptar obras literárias, mas o universo clariciano me fascina bastante. Adaptaria alguns contos dela como “Felicidade clandestina” ou “O primeiro beijo”, que são puro lirismo.
Como é seu método de trabalho? Você tem o hábito de fazer as escaletas ou tudo vem por conta de sua inspiração e sem tanto planejamento? Ou então, uma mistura de todos? (Daniel Pepe) Engraçado responder a essa pergunta e também perigoso, pois não quero parecer nem pretensioso, nem arrogante, uma vez que ainda não sou um autor consagrado com vasta experiência e inúmeras novelas no currículo.Estou há léguas disso ainda....rs! Mas claro que até os principiantes possuem um método de trabalho, nem que seja para seus próprios exercícios. Normalmente até quando escrevo sozinho gosto de fazer escaleta porque me ajuda a ter uma visão geral do capítulo. Já tive a oportunidade de escrever o início de uma novela em conjunto e nesse caso então a escaleta é fundamental, já que é ela quem vai guiar e apontar como os diálogos devem ser escritos. Mas antes mesmo da escaleta, gosto de fazer uma espécie de trilha, que seria a trajetória dos personagens durante um determinado número de capítulos. Se for uma série, é preciso essa trilha para definir o arco da temporada, ou seja, de que forma os personagens começam e de que forma eles irão terminar. Isso me auxilia a ter uma visão global da história.
Tive acesso a alguns trabalhos teus. Adorei "Balada da Indelicadeza" e "Corra, Biba, Corra". Você se sente mais à vontade no drama ou no humor? (Thiago Henrique) Uau. Gostou mesmo, Thiago? Que honra... rs! “Balada da indelicadeza” é um conto que escrevi na faculdade altamente auto-biográfico que depois em parceria com Patricia Mess virou um roteiro de curta chamado “Hoje eu quero sair só” e é super dramático. Já “Corra Biba Corra” considero uma grande bobagem coletiva, cuja autoria não pode ser creditada somente a mim. Sinto-me à vontade nos dois gêneros, mas acho que tenho uma quedinha pelo drama.
De tudo o que você já acompanhou na televisão brasileira, o que lhe desperta saudades e o que você adoraria ver esquecido nos arquivos para todo sempre? (Duh)Saudades do humor do Cassiano, que unia ótimo texto com situações engraçadas. Saudades da anarquia politicamente incorreta de programas como TV Pirata e Armação Ilimitada. Gostaria que todos os programas de auditório sensacionalistas e apelativos fossem esquecidos e banidos para todo o sempre.
A Melhor Peça de Teatro. A Melhor Novela. O Melhor Filme. Não sua opinião. (Rodrigo Dog) Nossa, dificílimo isso... rs! Tem algumas peças de teatro que me emocionaram: “Eu sou minha própria mulher”, com o Edwin Luisi, “Ópera do Malandro”, “Gota d´água”, “Toda nudez será castigada”, "Shirley Valentine" com Betty Faria me comoveu muitíssimo... Lógico que estou esquecendo muitas... rs! Agora, há um texto teatral que li, que me arrebatou e me emocionou muitíssimo que foi “Lua de Cetim”, do Alcides Nogueira. Espero um dia poder assistir a alguma montagem dessa peça. Não sei se é a melhor novela, mas “Tieta”, de Aguinaldo Silva, foi a que mais gostei até hoje. Ainda na linha afetiva, também gosto muito de “Bambolê”, do Daniel Más, pois além de me remeter a uma época feliz da minha vida, tenho um fascínio especial pelos anos 50. Mas “Roque Santeiro” e “Vale Tudo” não podem ficar de fora de qualquer lista que se preze. Com relação a filmes, a coisa se complica ainda mais, pois amo milhares, desde os Almodovars e Allens da vida até Grease, por exemplo. Mas pra ficar com um, escolho “O baile” (Le bal) de Ettore Scola. Assisto a esse filme desde pequeno e não perco o encantamento por ele. A ação se passa completamente num salão de baile de Paris e são retratados vários bailes durante várias décadas contando a história recente da França do século XX. E o mais genial: o filme não possui uma fala sequer. Fico sempre fascinado. E o filme foi inspirado numa peça, que teve uma linda montagem no Brasil contando nossa história. Simplesmente genial.
Qual a matéria que você sentiu mais prazer em fazer pro Melão nesse um ano de existência? (Thiago Henrique) Todas me deram muita satisfação, mas acho que a entrevista com o Alcides Nogueira é o meu xodó por inúmeros motivos. Primeiro, por ter sido a primeira entrevista que fiz na vida. Acho que ela proporcionou ao melão uma espécie de selo de qualidade, tenho a impressão que a partir dela o blog começou a ser encarado como maior seriedade e comprometimento com o universo televisivo. Além disso, acho que a qualidade da entrevista se deve muito à enorme generosidade e carinho do Tide, que respondeu lindamente a todas as perguntas. Se eu já era fã do autor, fiquei mais fã ainda do ser humano. Acho que, além das histórias deliciosas e da apaixonante trajetória de vida do entrevistado, ficou claro pra todo mundo que em cada passagem continha um afeto, uma cumplicidade e principalmente uma confiança muito grande entre nós. Tide deu muito mais do que eu pedi e o resultado ficou fantástico e me enche de orgulho. A entrevista também foi uma maneira que encontrei para agradecer a ele por todo o carinho que ele sempre manifesta. Tide é raro! Um verdadeiro rei. Quando crescer quero ser que nem ele! E graças a essa entrevista, foi possível realizar tantas outras ótimas entrevistas como a da Vivian, do Aguinaldo, da Renatinha, da Duca e da Thelma e espero que outros autores depositem no melão a confiança que estes depositaram. Mais um motivo: ainda é recorde absoluto de visitas e comentários. Minha gratidão eterna a Alcides Nogueira.
Que cena gostaria de ter escrito? (Rodrigo Dog)
A chegada de Tieta a Santana do Agreste, of course...
Teria coragem de fazer uma nova versão de Tieta? Que outros remakes gostaria de fazer? (Rodrigo Dog) Não teria coragem, nem vontade. Como considero Tieta uma novela perfeita, dificilmente saberia fazer algo diferente. Pra praticamente repetir o que já está feito é melhor não fazer nada. Impossível pra mim, conceber Tieta, Perpétua e Carmô que não fossem Betty Faria, Joana Fomm e Arlete Salles.
Como telespectador privilegiado (afinal, você conhece muitíssimo bem a história e os mecanismos das novelas, tem uma memória prodigiosa, e ESCREVE!!!) quais são, na sua opinião, os novos caminhos da teledramaturgia? O velho e bom folhetim continuará sendo a base sólida das boas tramas? (Alcides Nogueira) Tide, querido, não sei se sou merecedor de tantos predicados, mas vamos lá. Penso que sim. Mesmo que o telespectador de hoje não seja o mesmo espectador ingênuo dos tempos de Janete Clair e Ivani Ribeiro, e por mais que a sociedade se transforme, se modifique e anseie por novas temáticas, o bom e velho folhetim vai continuar reinando em nossas novelas, porque ele é a base de tudo. Note que até as séries americanas, que antes construíam histórias independentes a cada episódio, também estão adotando a estrutura folhetinesca, como “Desperate Housewives”, “Grey’s anatomy” e “Brothers and sisters”, que são verdadeiros novelões e sempre deixam ganchos para o episódio seguinte. Às vezes os ganchos sobrevivem até para as próximas temporadas. Por isso, acho que essa estrutura folhetinesca é a forma mais eficiente de prender o espectador, sobretudo nos dias de hoje em que tudo é tão variado e disperso. Assim como Sherezade sobrevivia ao sultão deixando sempre pra contar uma parte da história depois, a novela vai sempre usar desse expediente para sobreviver à audiência cada vez mais competitiva. Quanto aos novos caminhos da teledramaturgia, acho que pra continuar reinando absoluta na preferência popular, deve buscar uma linguagem mais ágil, fugir de clichês e fórmulas surradas e abordar assuntos do cotidiano das pessoas. As palavras-chave são ousadia e inovação. Um maior exemplo disso é “A favorita”, que foi a novela mais inovadora dos últimos tempos e a que mais mobilizou o espectador. Mas repare que ela inovou na narrativa ao não revelar de cara quem era a mocinha e quem era a vilã e manteve o suspense até certo ponto, mas não inovou na estrutura, que continuou folhetinesca, com ganchos eletrizantes, cenas pra lá de catárticas e abusando da emoção. Não sei se respondi bem, mas sinto esse fenômeno contraditório: a novela precisa inovar, mas ao mesmo tempo manter-se folhetinesca pra sobreviver.
Como começou o seu sonho de ser autor de novelas? (Ivan)
Ivan, meu amigo, acho que você é um dos que acompanham mais de perto esse sonho, mas ele vem de looonge. Acho que esse sonho existe desde que me conheço por gente. Sou telespectador precoce e as novelas sempre me fascinaram. Minha criação foi diante da TV e desde que aprendi a ler e escrever, criava histórias. Minhas primas sempre dizem que eu acabava com todos os cadernos da casa. Sempre escrevi o que chamava de novelas retratando o universo familiar, escolar, do bairro em que morava. Todos viravam personagens de minhas histórias. Dava nomes artísticos para eles com seus respectivos personagens. Loucura total! Depois todos liam e até encenavam às vezes... rs! Tenho vários desses cadernos guardados. Morro de vergonha, mas também tenho um carinho muito grande por eles, pois são verdadeiros diários, documentos de acontecimentos da minha vida. Muito tempo mais tarde, quando comecei a ler a respeito e a fazer cursos, percebi que o que eu escrevia e chamava de novelas com mais de 100 capítulos era muito parecido com o que chamamos de escaleta, que é a descrição das cenas sem os diálogos. Logicamente que procurei somar técnica a essa minha vocação natural com os diversos cursos que fiz.
Vítor, o que efetivamente te levou a criar o blog "Eu prefiro Melão", e, claro, o porque desse excêntrico e irreverente nome? (Walter Cerqueira e Duh) Sou blogueiro de longa data. Tinha com o Carlos um blog de conteúdo geral chamado “Aqueles dois” e tenho até hoje um blog de cinema chamado “Cinema, etc – O Vitor viu...” Daí percebi que não tinha um veículo para falar sobre meu assunto favorito e sentia necessidade de falar para um número maior de pessoas do que há nas listas de discussões e comunidades das quais fazemos parte. Daí a ideia do blog. O nome é uma homenagem ao Cassiano Gabus Mendes. Faço uma alusão à famosa fala de Dom Lázaro Venturini (Lima Duarte) em “Meu bem meu mal”, que após sofrer um derrame e ficar meses sem falar, ao ser perguntado pela enfermeira se preferia mamão ou melão dá essa resposta para surpresa dela e do público. Acho que muita gente que viu essa cena já imitou o Dom Lázaro com boca torta e tudo dizendo “eu prefiro melão”... rs!
De que forma pessoas como você, que tem nato a arte de escrever e escreve desde pequeno, pode se preparar para entrar nesse almejado, mas tão difícil, mundo de roteirista? (Carlos) Principalmente definir um foco, um objetivo e segui-lo até o fim, pois a arte de escrever é um conceito muito amplo. Alguns têm aptidão para escrever romances, contos, crônicas, mas não tem o interesse, nem o talento para serem roteiristas. Outros dominam como ninguém o texto acadêmico e almejam enveredar por essa área. Outros possuem todas essas aptidões e mais algumas... rs! Como ingressei na carreira acadêmica e tenho um mestrado para concluir, felizmente consegui juntar o útil ao agradável: minha paixão por novelas e minha carreira acadêmica. Além de roteirista, também sou professor e gosto muito dessa profissão. Com o título de mestre em Linguistica Aplicada com projeto sobre teledramaturgia, acredito que estarei habilitado também a ministrar cursos na área de roteiro, algo que também me interessa bastante. Para a carreira de roteirista especificamente falando, acho que a preparação é estar sempre ligado em tudo: ler, assistir a muitas novelas, filmes, séries, sempre se reciclar, estar de olho nas oportunidades e, principalmente, tentar criar um “network”, pois contatos com pessoas nessa área são fundamentais. Até do “Video Game” da Angélica eu já participei... kkkkk!
Você foi um dos primeiros a participar – com louvor, diga-se de passagem – do Vídeo Game, nesse novo formato com anônimos. Qual as suas impressões do jogo? E como você, fã de dramaturgia, avalia o baixo nível entre os últimos concorrentes, visto que a coisa anda meio nivelada por baixo, nas últimas jogadas? (Eddy Fernandes) Obrigado, Eddy! Eu adorei ter participado e como o nosso dia de gravação foi o primeiro tudo era ainda meio desconhecido. Sou muito tímido e pensei que fosse ficar nervoso na hora, mas que nada! Apesar de super rápido, foi uma experiência deliciosa. Sempre quis participar de um programa de perguntas e respostas, ainda mais num programa sobre televisão. Enfim, amei tudo: amei ter vencido, amei ser elogiado pela Angélica e pela equipe, amei os prêmios, os quais faço bom uso até hoje, diga-se de passagem e amei ter feito parte de uma atração da TV Globo. Com tanta coisa boa, até sublimei os micos...rs! Uma coisa muito legal também é que fiz muitos amigos. Os ex-participantes criaram uma comunidade no Orkut e já promoveram vários encontros, todos muito animados. Nós nos auto-denominamos Ex-VGB’s (Video Gamers Brasil...kkkk). Quanto à baixa qualidade dos atuais participantes, é normal, pois como são seis participantes por semana, fica cada vez mais difícil encontrar novos telemaníacos, mas conheço alguns queridões que ainda não participaram e que, com certeza, iriam arrasar, inclusive você!
No decorrer deste último ano, o “Melão” se tornou referência para os interessados em dramaturgia e um link entre grandes autores e seu público. Em algum momento, você imaginou que o “Melão” tomaria essa proporção? (Duh) Sinceramente, não esperava mesmo. Achava que ele fosse ficar restrito ao nosso círculo de amigos e acho que até agora não caiu a ficha. Quando se tem um blog, a gente mede muito a repercussão pelo número de comentários, mas eles não reproduzem a verdade dos fatos. Muito mais gente entra sem comentar. Só quando instalei um contador de visitas tive essa noção. O melão é acessado diariamente de todos os continentes (!!!). Fora isso, ele ganhou um prestígio muito grande pra quem gosta do assunto. Já cheguei a ser reconhecido em Sâo Paulo durante um evento por várias pessoas. No lançamento do livro da Gloria Pires também vieram falar comigo. Sou praticamente uma sub-celebridade... kkkkkk! Mas sério: sei que devo muito a vocês, meus grandes amigos, companheiros de listas e comunidades e leitores fieis, pela participação, pela divulgação e principalmente por tanta força e por tanto carinho que me deram durante esse 1 ano de existência do melão.
Como o sucesso do Melão pode influenciar e incentivar a formação de novos autores? Como você se sente em relação a esse papel? (Walter de Azevedo) Nunca pensei sobre isso e nem sei se o Melão tem esse papel. Acho que não só o meu blog, como o de muita gente, é a prova de que se tivermos algo bom a dizer, vamos encontrar público para isso. Nesse sentido, o ciberespaço é bastante democrático e permite que qualquer pessoa possa ter um canal de comunicação sem depender de nenhum contexto institucional. Se meu humilde blog porventura possa servir de inspiração para alguém, fico felicíssimo.
Equilíbrio no mundo das telenovelas é tudo. Uma história com boas dosagens de humor, drama, ação e bons diálogos é tida como muito boa. Mas, recentemente, tivemos um belo exemplo de desequilíbrio: às sete tivemos "Caras e Bocas", de Walcyr Carrasco, que nos brindou com muita agilidade mas pecou pelo texto precário e insistência no humor pastelão. E às oito, tivemos "Viver a Vida", trama de Manoel Carlos com uma excelente premissa alcançada (superação), ótimos diálogos mas que se arrastou pela falta de folhetim declarada. Na falta de um consenso entre os elementos que funcionam na telenovela, o que você prefere? Uma trama cheia de acontecimentos, ágil, mas sem texto, ou uma novela com diálogos muito bem trabalhados, mas sem tanto "conflito'? Responda como roteirista e como telespectador! (Thiago Henrique) Acho que tanto como roteirista ou como espectador a resposta é a mesma. Gosto de novelas em que os personagens conduzem a trama e não o contrário. Gosto de personagens ricos, densos, humanizados. Sempre me incomoda quando um personagem muda de comportamento para atender aos interesses da trama. Por isso, tenho uma queda por bons diálogos.
Vitor quais os autores que você mais se identifica? (Ivan) Acho que Gilberto Braga é o mestre de todos nós. Me identifico totalmente com seu texto ágil, com a humanidade de seus personagens, com a temática do alpinismo social, com os barracos deliciosos, com o novelão chique, enfim, pra mim o pior de Gilberto ainda vai ser melhor do que o melhor de muita gente...rs! Mas amo o texto do Maneco, a comédia do Sílvio, o requinte do Alcides, gosto do Aguinaldo que escreve pensando nos atores. Entre os falecidos, gostaria muito de ter assistido a uma novela de Janete Clair, que é o Machado de Assis da teledramaturgia. Até hoje ela é modelar pra muita gente em atividade. Felizmente pude conferir obras deliciosas de Ivani, Dias e Cassiano.
Qual tema ainda não explorado em novelas você acharia interessante que fosse abordado? (Daniel Pepe) Difícil dizer com precisão, afinal nossas novelas têm falado sobre quase tudo, mas confesso que como espectador sinto falta de ver na tela algum personagem gay que fugisse do estereótipo afeminado ou que não ficasse aprisionado no rótulo “melhor amigo gente boa”. Gostaria que fosse mostrada uma relação gay como qualquer outra,com qualidades, defeitos, traições, todo o tipo de atitudes e sentimentos inerentes a qualquer ser humano. Nem clown, nem santo, nem vilão. Um que gostei muito foi o Beni, de “Queridos amigos”, vivido magistralmente por Guilherme Weber. Apesar de exalar cinismo, o personagem mostrou uma humanidade muito grande.
Quando você escreve seus personagens você vai imaginando os atores em cena? Ou simplesmente escreve? Ou só depois de já escrito você imagina alguém? (Rodrigo Dog) Normalmente eu escrevo pensando em pessoas reais que conheço, mas já aconteceu de eu escrever algumas vezes pensando em algum ator ou atriz. Como a Betty Faria é minha atriz favorita, sempre que escrevo alguma coisa tento criar uma personagem especialmente pra ela. Quem sabe um dia esse sonho não se transforma em realidade? Rs...
Nos últimos tempos, a televisão brasileira vem se imbecilizando, devido à guerra de audiência e as absurdas normas do MP. Você sempre se mostrou inconformado com esta situação. Acha que os profissionais da nossa televisão andam preguiçosos, distante dos gênios dos anos 70 que burlavam a ditadura e ainda ironizavam com ela, ou o público é que se tornou menos exigente com o passar do tempo? (Duh)
Acho que é um conjunto das duas coisas. Falei um pouco sobre isso em um artigo que escrevi para o site da Associação dos Roteiristas. Falta ousadia. As emissoras não estão dispostas a comprar a briga e mesmo os novos autores que surgem são obrigados a seguirem uma espécie de receitinha do “politicamente correto”. Isso é muito nocivo à criação. Também há o fato de que o público ficou muito menos exigente. Tudo que exige uma dose de reflexão um pouco maior afugenta o espectador médio. Não tenho dados para declarar isso, mas tenho a impressão de que grande parte do público reflexivo migrou para os canais por assinatura. Acho que é preciso uma nova quebra de paradigmas, algo que sacuda a ordem estabelecida.
Vitor Querido. O que você acha desses remakes que as emissoras insistem em produzir? Será que apostar em velhas histórias não é um retrocesso na teledramaturgia e impede que se mostre ao público novos autores e novas idéias? (Aladin)
Aladim, querido, acho que remake não é exclusividade das emissoras de TV. Volta e meia algum filme ganha uma refilmagem ou alguma peça ganha remontagem. Acho que isso vem da vontade de reviver algo bem sucedido e que traz boas lembranças. De fato, acho alguns remakes bastante desnecessários e redundantes. Mas há outros importantíssimos como os de Ivani, que deu a oportunidade a um público jovem assistir a grandes novelas a que ele nunca teria acesso. Gostei muito do remake que Maria Adelaide Amaral fez de “Anjo Mau” e boto muita fé em “Ti-Ti-Ti”, pois a autora se mantém fiel ao estilo de Cassiano, mas consegue atualizar muito bem as tramas. Não fica parecendo um Copy+Paste. Como tudo na vida, há os bons e os maus.
Televisão é apenas um veículo onde se pode trabalhar a dramaturgia. Você pensa em teatro, cinema, etc? E por que? (Carlos) Teledramaturgia é minha grande paixão, mas também adoro cinema e teatro. Sim, tive uma pequena incursão no cinema com o curta “Corra biba Corra”, que partiu de uma ideia totalmente despretensiosa, uma simples brincadeira entre amigos, que rendeu participações em alguns festivais e relativo sucesso na internet. Tenho alguns curtas escritos e registrados e gostaria muito de poder filmá-los um dia. Teatro também me interessa bastante. Há dois anos criei um esquete em parceria com Carlos Carvalho e Fellipe Carauta chamada “O que terá acontecido a Nayara Glória?” que foi selecionado para um festival de humor aqui no Rio e foi muito gratificante toda a experiência, inclusive os ensaios e o contato com as atrizes, já que também dirigimos amadoristicamente o esquete. Tenho uma peça escrita chamada “Mãe” e, assim que a correria do Mestrado permitir, vou tentar uma leitura dramatizada. Acho fundamentais essas leituras para autores inexperientes como eu antes da montagem. É muito importante ouvir opiniões de quem está há mais tempo no ramo e mais familiarizado com o veículo.
Se fosse pra escolher uma obra literária qual você adaptaria? (Rodrigo Dog) Não tenho muito essa vontade de adaptar obras literárias, mas o universo clariciano me fascina bastante. Adaptaria alguns contos dela como “Felicidade clandestina” ou “O primeiro beijo”, que são puro lirismo.
Como é seu método de trabalho? Você tem o hábito de fazer as escaletas ou tudo vem por conta de sua inspiração e sem tanto planejamento? Ou então, uma mistura de todos? (Daniel Pepe) Engraçado responder a essa pergunta e também perigoso, pois não quero parecer nem pretensioso, nem arrogante, uma vez que ainda não sou um autor consagrado com vasta experiência e inúmeras novelas no currículo.Estou há léguas disso ainda....rs! Mas claro que até os principiantes possuem um método de trabalho, nem que seja para seus próprios exercícios. Normalmente até quando escrevo sozinho gosto de fazer escaleta porque me ajuda a ter uma visão geral do capítulo. Já tive a oportunidade de escrever o início de uma novela em conjunto e nesse caso então a escaleta é fundamental, já que é ela quem vai guiar e apontar como os diálogos devem ser escritos. Mas antes mesmo da escaleta, gosto de fazer uma espécie de trilha, que seria a trajetória dos personagens durante um determinado número de capítulos. Se for uma série, é preciso essa trilha para definir o arco da temporada, ou seja, de que forma os personagens começam e de que forma eles irão terminar. Isso me auxilia a ter uma visão global da história.
Tive acesso a alguns trabalhos teus. Adorei "Balada da Indelicadeza" e "Corra, Biba, Corra". Você se sente mais à vontade no drama ou no humor? (Thiago Henrique) Uau. Gostou mesmo, Thiago? Que honra... rs! “Balada da indelicadeza” é um conto que escrevi na faculdade altamente auto-biográfico que depois em parceria com Patricia Mess virou um roteiro de curta chamado “Hoje eu quero sair só” e é super dramático. Já “Corra Biba Corra” considero uma grande bobagem coletiva, cuja autoria não pode ser creditada somente a mim. Sinto-me à vontade nos dois gêneros, mas acho que tenho uma quedinha pelo drama.
De tudo o que você já acompanhou na televisão brasileira, o que lhe desperta saudades e o que você adoraria ver esquecido nos arquivos para todo sempre? (Duh)Saudades do humor do Cassiano, que unia ótimo texto com situações engraçadas. Saudades da anarquia politicamente incorreta de programas como TV Pirata e Armação Ilimitada. Gostaria que todos os programas de auditório sensacionalistas e apelativos fossem esquecidos e banidos para todo o sempre.
A Melhor Peça de Teatro. A Melhor Novela. O Melhor Filme. Não sua opinião. (Rodrigo Dog) Nossa, dificílimo isso... rs! Tem algumas peças de teatro que me emocionaram: “Eu sou minha própria mulher”, com o Edwin Luisi, “Ópera do Malandro”, “Gota d´água”, “Toda nudez será castigada”, "Shirley Valentine" com Betty Faria me comoveu muitíssimo... Lógico que estou esquecendo muitas... rs! Agora, há um texto teatral que li, que me arrebatou e me emocionou muitíssimo que foi “Lua de Cetim”, do Alcides Nogueira. Espero um dia poder assistir a alguma montagem dessa peça. Não sei se é a melhor novela, mas “Tieta”, de Aguinaldo Silva, foi a que mais gostei até hoje. Ainda na linha afetiva, também gosto muito de “Bambolê”, do Daniel Más, pois além de me remeter a uma época feliz da minha vida, tenho um fascínio especial pelos anos 50. Mas “Roque Santeiro” e “Vale Tudo” não podem ficar de fora de qualquer lista que se preze. Com relação a filmes, a coisa se complica ainda mais, pois amo milhares, desde os Almodovars e Allens da vida até Grease, por exemplo. Mas pra ficar com um, escolho “O baile” (Le bal) de Ettore Scola. Assisto a esse filme desde pequeno e não perco o encantamento por ele. A ação se passa completamente num salão de baile de Paris e são retratados vários bailes durante várias décadas contando a história recente da França do século XX. E o mais genial: o filme não possui uma fala sequer. Fico sempre fascinado. E o filme foi inspirado numa peça, que teve uma linda montagem no Brasil contando nossa história. Simplesmente genial.
Qual a matéria que você sentiu mais prazer em fazer pro Melão nesse um ano de existência? (Thiago Henrique) Todas me deram muita satisfação, mas acho que a entrevista com o Alcides Nogueira é o meu xodó por inúmeros motivos. Primeiro, por ter sido a primeira entrevista que fiz na vida. Acho que ela proporcionou ao melão uma espécie de selo de qualidade, tenho a impressão que a partir dela o blog começou a ser encarado como maior seriedade e comprometimento com o universo televisivo. Além disso, acho que a qualidade da entrevista se deve muito à enorme generosidade e carinho do Tide, que respondeu lindamente a todas as perguntas. Se eu já era fã do autor, fiquei mais fã ainda do ser humano. Acho que, além das histórias deliciosas e da apaixonante trajetória de vida do entrevistado, ficou claro pra todo mundo que em cada passagem continha um afeto, uma cumplicidade e principalmente uma confiança muito grande entre nós. Tide deu muito mais do que eu pedi e o resultado ficou fantástico e me enche de orgulho. A entrevista também foi uma maneira que encontrei para agradecer a ele por todo o carinho que ele sempre manifesta. Tide é raro! Um verdadeiro rei. Quando crescer quero ser que nem ele! E graças a essa entrevista, foi possível realizar tantas outras ótimas entrevistas como a da Vivian, do Aguinaldo, da Renatinha, da Duca e da Thelma e espero que outros autores depositem no melão a confiança que estes depositaram. Mais um motivo: ainda é recorde absoluto de visitas e comentários. Minha gratidão eterna a Alcides Nogueira.
Que cena gostaria de ter escrito? (Rodrigo Dog)
A chegada de Tieta a Santana do Agreste, of course...
Teria coragem de fazer uma nova versão de Tieta? Que outros remakes gostaria de fazer? (Rodrigo Dog) Não teria coragem, nem vontade. Como considero Tieta uma novela perfeita, dificilmente saberia fazer algo diferente. Pra praticamente repetir o que já está feito é melhor não fazer nada. Impossível pra mim, conceber Tieta, Perpétua e Carmô que não fossem Betty Faria, Joana Fomm e Arlete Salles.
Como telespectador privilegiado (afinal, você conhece muitíssimo bem a história e os mecanismos das novelas, tem uma memória prodigiosa, e ESCREVE!!!) quais são, na sua opinião, os novos caminhos da teledramaturgia? O velho e bom folhetim continuará sendo a base sólida das boas tramas? (Alcides Nogueira) Tide, querido, não sei se sou merecedor de tantos predicados, mas vamos lá. Penso que sim. Mesmo que o telespectador de hoje não seja o mesmo espectador ingênuo dos tempos de Janete Clair e Ivani Ribeiro, e por mais que a sociedade se transforme, se modifique e anseie por novas temáticas, o bom e velho folhetim vai continuar reinando em nossas novelas, porque ele é a base de tudo. Note que até as séries americanas, que antes construíam histórias independentes a cada episódio, também estão adotando a estrutura folhetinesca, como “Desperate Housewives”, “Grey’s anatomy” e “Brothers and sisters”, que são verdadeiros novelões e sempre deixam ganchos para o episódio seguinte. Às vezes os ganchos sobrevivem até para as próximas temporadas. Por isso, acho que essa estrutura folhetinesca é a forma mais eficiente de prender o espectador, sobretudo nos dias de hoje em que tudo é tão variado e disperso. Assim como Sherezade sobrevivia ao sultão deixando sempre pra contar uma parte da história depois, a novela vai sempre usar desse expediente para sobreviver à audiência cada vez mais competitiva. Quanto aos novos caminhos da teledramaturgia, acho que pra continuar reinando absoluta na preferência popular, deve buscar uma linguagem mais ágil, fugir de clichês e fórmulas surradas e abordar assuntos do cotidiano das pessoas. As palavras-chave são ousadia e inovação. Um maior exemplo disso é “A favorita”, que foi a novela mais inovadora dos últimos tempos e a que mais mobilizou o espectador. Mas repare que ela inovou na narrativa ao não revelar de cara quem era a mocinha e quem era a vilã e manteve o suspense até certo ponto, mas não inovou na estrutura, que continuou folhetinesca, com ganchos eletrizantes, cenas pra lá de catárticas e abusando da emoção. Não sei se respondi bem, mas sinto esse fenômeno contraditório: a novela precisa inovar, mas ao mesmo tempo manter-se folhetinesca pra sobreviver.
Falar de si mesmo é algo complicado e chato, mas como é o Vitor pelo Vitor? (Wesley) Difícil mesmo...rs! Acho que sou uma pessoa comum cheia de qualidades e defeitos, mas que procura aprender sempre com as falhas. Sou impaciente, meio estúpido e infantil ás vezes, mas sei que sou uma pessoa amiga, que sempre veste a camisa e que ainda acredita na transformação. Como bom capricorniano, procuro ser focado, objetivo e determinado. Se tenho uma meta, não sossego até alcançá-la. Procuro sempre ser leal, ético e respeitar as diferenças, o que tão difícil às vezes...rs! Enfim, sou um alguém que acredita muito no sonho. São eles que nos movem para frente.
Querido Vitor, parabéns pelo aniversário do blog. Que ele seja cada vez mais acessado, interagindo com tanta gente maravilhosa. O Melão já é uma referência para os internautas que amam a teledramaturgia (e, ainda bem, é muita gente). Você pensa em continuar escrevendo um blog ou vai partir para um site, depois desse sucesso todo? (Alcides Nogueira) Tide, querido, obrigado. Você foi um dos responsáveis por isso, já que foi depois de sua entrevista que o melão “turbinou” pra valer...rs! Por enquanto, penso em continuar com o blog, que serve aos meus propósitos, mas novas ideias são sempre bem-vindas. Confesso que sou “analfabyte” de carteirinha e caso fizesse um site precisaria de toda ajuda possível. Desde o início conto com a luxuosa e indispensável colaboração de pessoas queridas para essas questões técnicas. Aproveito pra agradecer ao Rafael Pinto (o diretor de “Corra biba corra”...rs!) por ter criado o primeiro layout do melão, à minha querida “noiva” Juliana Santos, por ter me dado de presente um banner intermediário e, finalmente, ao Felipe Ribeiro, responsável pelo layout recente e por todos os banners que são trocados quase que mensalmente. Como nunca ganhei 1 centavo pelo blog, tudo é feito na base do 0800. Também tem isso. O blog tem esse espírito mambembe que dá um certo charme, penso eu. Se fosse partir para o site, precisaria de mais parceiros, tanto para mais criação de conteúdo, afinal teria mais colunas e colaboradores fixos e também do ponto de vista comercial também para tornar a coisa profissional. E claro, alguém para construir o site, já que esse talento não passa nem perto de mim...rs!Quem sabe um dia isso não acontece... por enquanto sigo “meloniando” dentro das atuais capacidades do blog.
Quais as futuras pretensões do Melão que em 1 ano já realizou várias entrevistas, posts memoráveis e se tornou referência no mundo televisivo? (Wesley) Obrigado, Wesley. Grande parte dessas conquistas não posso deixar de dividir com você, que é o colaborador mais constante, sempre generoso e cheio de talento. Bem, pretendo continuar oferecendo conteúdo próprio, de qualidade, bolar sempre coisas novas e contar cada vez mais com a ajuda de colaboradores. Quero que ele seja cada vez mais um espaço respeitado, de referência e um grande fórum onde todos que têm algo a dizer possam contribuir. O melão é nosso!!! rs...
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Querido Vitor, parabéns pelo aniversário do blog. Que ele seja cada vez mais acessado, interagindo com tanta gente maravilhosa. O Melão já é uma referência para os internautas que amam a teledramaturgia (e, ainda bem, é muita gente). Você pensa em continuar escrevendo um blog ou vai partir para um site, depois desse sucesso todo? (Alcides Nogueira) Tide, querido, obrigado. Você foi um dos responsáveis por isso, já que foi depois de sua entrevista que o melão “turbinou” pra valer...rs! Por enquanto, penso em continuar com o blog, que serve aos meus propósitos, mas novas ideias são sempre bem-vindas. Confesso que sou “analfabyte” de carteirinha e caso fizesse um site precisaria de toda ajuda possível. Desde o início conto com a luxuosa e indispensável colaboração de pessoas queridas para essas questões técnicas. Aproveito pra agradecer ao Rafael Pinto (o diretor de “Corra biba corra”...rs!) por ter criado o primeiro layout do melão, à minha querida “noiva” Juliana Santos, por ter me dado de presente um banner intermediário e, finalmente, ao Felipe Ribeiro, responsável pelo layout recente e por todos os banners que são trocados quase que mensalmente. Como nunca ganhei 1 centavo pelo blog, tudo é feito na base do 0800. Também tem isso. O blog tem esse espírito mambembe que dá um certo charme, penso eu. Se fosse partir para o site, precisaria de mais parceiros, tanto para mais criação de conteúdo, afinal teria mais colunas e colaboradores fixos e também do ponto de vista comercial também para tornar a coisa profissional. E claro, alguém para construir o site, já que esse talento não passa nem perto de mim...rs!Quem sabe um dia isso não acontece... por enquanto sigo “meloniando” dentro das atuais capacidades do blog.
Quais as futuras pretensões do Melão que em 1 ano já realizou várias entrevistas, posts memoráveis e se tornou referência no mundo televisivo? (Wesley) Obrigado, Wesley. Grande parte dessas conquistas não posso deixar de dividir com você, que é o colaborador mais constante, sempre generoso e cheio de talento. Bem, pretendo continuar oferecendo conteúdo próprio, de qualidade, bolar sempre coisas novas e contar cada vez mais com a ajuda de colaboradores. Quero que ele seja cada vez mais um espaço respeitado, de referência e um grande fórum onde todos que têm algo a dizer possam contribuir. O melão é nosso!!! rs...
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29 comentários:
UFA! com todas as respostas - não apenas às minhas perguntas, mas a de todos os demais queridões, a gente consegue entender o pq de merecer toda admiração. Além do talento e inteligencia q são notórios, vc tem algo ímpar: acessibilidade.
Admiro-te muito, rapaz...
Sucesso e que venham muito mais anos pro Melão
Finalmente entrou no ar seu presente de seus "seguidores" do melão he he he... Mas valeu, todas respostas seguras e sinceras como você! Abração
Adorei a entrevista... Fui convidado pra fazer perguntas tb, mas, na verdade, acho que prefiro fazer as perguntas diretamente e ao vivo ao meu querido amigo. Enfim... Sucesso no blog, na vida e em tudo mais! ;)
Vitinho, essa entrevista só confirma a pessoa especial que você é. Sou teu fã de verdade, meu amigo. Muito sucesso na sua vida. Você merece!
Desvendamos Vitor Santos, o mito. hahahahahaha
Sou teu fã! xD
Ótima entrevista...Adorei saber um pouco mais sobre o criador do “Melão”....
Vitor é uma pessoa especial. Era alguém que me despertava admiração, por conta de suas opiniões, sempre bem fundamentadas, nos muitos fóruns sobre teledramaturgia do Orkut. Passou a ser uma despretensiosa companhia nos fins de noite, pelo MSN afora. Em seguida, um mestre, que me passava tudo o que sabia sobre roteiros. Logo depois, um anjo da guarda, que me acolheu no Rio, assim como o Cacá, para que eu pudesse (ao lado do Ivan e do Rapha, outros dois queridões) viver um dos momentos mais felizes de minha vida. É (e espero eu que seja sempre), um grande amigo, um irmão, uma ótima companhia e um colega de trabalho.
Parabéns ao Melão e a você, por este primeiro ano de muito sucesso. Outros virão, tenha certeza.
Meu amigo querido e talentoso, parabéns pelo 1 ano de "Prefiro Melão" , pelo o seu dedicado e apaixonado trabalho de valorização dos profissionais da teledramartugia. Te desejo sempre cada vez mais sucesso! E espero ter vc como parceiro profissional sempre! Sou sua fã!
Parabéns, 'Tio Vitinho'. Tb queremos mais e mais melão!
Entrevistaça hein querido??
Mereciderrrrrrrima!!!!!!!
Você senhor Melão, ou seria Vitor Santos é um daqueles que tenho orgulho de chamar de AMIGO!!
Confesso que não esperava por essa! Para quem, como eu, ainda não teve o prazer de conhecer pessoalmente o Mr. Melão, eu diria que foi um verdadeiro desnudar!Ousaria dizer até que dentre as entrevistas que tive a oportunidade de ler aqui no blog, foi aquela em que o entrevistado mais se revelou. E revelou uma pessoa incrível e extremamente simpática e acessível. Isso sem falar na fluência de cada resposta! Além de escrever como poucos ainda possui o dom da clareza e da organização de pensamento... O que estão esperando pra contratar esse talento, gente?!
Vcs pensam q eu não venho aqui??
Tou sempre lendo as novidades do melão...É q as vezes não comento.
Vítor sabe da minha torcida de todo coração para q ele seja um grande autor de novelas ainda. Mas quero ser convidado para o coquetel de sua estréia! Isso já ta decretado há anos,né Vitinho? rsrs
SUCESSO!!!!!!!!!!
Do Zé Komilão...rs
Vitor, parabéns pelo aniversário do Melão e para essa entrevista tão maravilhosa e reveladora. Realmente você se mostrou todo, e eu que te conheço muito, posso dizer que: esse é o meu garoto!!
A vida nos leva por caminhos que ,muitas vezes, não entendemos e só depois percebemos o presente que ganhamos. Ela me deu você que vou presenvar e guardar com todo carinho. Voce sabe que pode contar comigo, SEMPRE. O sucesso que se aproxima (já tá aí!) é fruto do seu talento, do seu esforço e basicamente do sua perseverança em buscar e alcançar o que realmente quer.
Mais uma vez parabéns e o meu pensamento para você é: sucesso, sucesso, sucesso...
Você não para de me surpreender. E quanto mais te conheço, mais te gosto. Parabéns pelo 1o. ano do blog. Muitos outros aniversários deste sucesso virão.
A entrevista ficou ótima! Parabéns a todos que perguntaram e ao Vitor pelas respostas sempre completas. Eu fiquei satisfeito com as minhas!
Vitinho, não tem como não me emocionar com o sucesso desse blog, lembro qdo vc mencionou em cria-lo despretenciosamente num dos nossos deliciosos papos, regados a muita piada, palhaçada, desabafos, apoios mútuos, ombros-amigo... Que lindo ver até onde chegou! qta gente comentando, qta entrevista com gente q tem algo a dizerm até uma singela participação minha no texto de GUERRA DOS SEXOS. Enfim vc sabe mais do que ninguém o qto torço por cada momento de alegria e conquista sua! q bom q dá p usar o mundo virtual pro bem como aconteceu com a gente! uma amizade verdadeira e sólida! Parabéns ao queridíssimo Wesley pela iniciativa e a todos os amigos q participaram! Ta todo mundo preferindo melão e querendo sempre repetir a dose!
Ivan
Ivan
Eu sei o que é lutar por um sonho. Por mais dificil q pareça ser, é sempre prazeroso, sempre contagiante cada passo novo dado.
Parabéns!!!
E obrigado pelo carinho, lendo meus textos lá no Literatura Exposta, sempre q comenta, sendo extremamente bondoso nas palavras.
Vitor, meus parabéns pelo aniversário do blog, e parabéns pela entrevista também. Passar de entrevistador a entrevistado é de um glamour gigante! hahah
Beijos, e vida longa ao blog!
Que homenagem mais bela essa entrevista, amigo,
em qualquer situação a gente
aprende um pouco COM vc
e ainda mais SOBRE vc como foi
esse momento.
Parabéns, adorei e também
acabei descobrindo que já
fíz escaletas, rs.
Sucessos, amigo,
sempre seu amigo e leitor,
Dougie, :)
Adorei!!!
É sempre muito bom conhecer mais o Vitor, assim a gente percebe o quanto é interessante e importante o trabalho que ele faz!!!
Parabéns pela iniciativa!!!!
Olá Vitor, tudo bom?
Parabéns pelo sucesso do seu maravilhoso blog, e muitos anos de vida pro "Eu Prefiro Melão".
Um grande abraço,
Jéfferson Balbino
www.nomundodosfamosos.zip.net
Queridos, obrigado por todas as palavras de carinho e de incentivo. Como é bom saber que somos queridos e admirados e que todo nosso esforço está sendo reconhecido. Vocês são demais!!! E com certeza, devi muito a vocês pelo sucesso do blog. Quem se habilita a publicar um artigo como blogueiro convidado? rs...
Abração e vamo que vamo!!!
Oi Vitin,
Parabéns pelo primeiro dos muuuuuuuuiiiitos anos do "Melão". Que bom que você gostou do nosso "mimo", rsrsrs.
Abração!!
Cerqueira W
Bacana conhecer um pouco mais do criador do melão, rs.
Parabéns pela página.
Abraços
www.memorialgloriapires.blogspot.com
Prezado Vitor, gostaria de parabenizá-lo pelo sucesso do primeiro ano do seu site. Que venham muitos mais. Fui apresentado ao Melão pelo amigo e conterrâneo, Wesley. Para mim que mora fora do Brasil, a visita ao site me faz sentir mais "perto" da pátria amada. Valeu mesmo! Muito sucesso, sempre.
Abraços,
Joffre
Vitor, um dos queridões com quem (infelizmente) tenho menos contato. Merece, com certeza, essa ótima entrevista!
Parabéns a você, e parabéns a todos os queridões que participaram (inclusive, claro, Alcides Nogueira). Tenho prazer de compartilhar com vocês as conversas e opiniões sobre dramaturgia.
Ah! Nem fiquei sabendo da entrevista! Tinha tantas perguntas... Adorei conhecer você melhor, Vitor. E como sempre, parabéns pelo Melão!
Adorei a entrevista, estava mesmo curioso para saber mais da mente por trás do Melão, rs. O blog faz com que o universo da teledramaturgia fique mais próximo de quem aprecia, fazendo até que pessoas que sonham, e às vezes sem imaginar de que maneira, atingir esse objetivo de quem sabe, escrever uma novela, como eu, rs. Adoraria ler algum texto seu, Vítor, como eu já li alguns do Walter, que escreve maravilhosamente bem e me deixou encantado. No mais, parabéns pelas entrevistas, pela credibilidade e pela humildade. Abração!
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